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Alison/Bruno Schmidt reencontra Ricardo na decisão

Revanche

2 de maio de 2015

Alison/Bruno Schmidt chegam à final do SuperPraia pela segunda vez

(Paulo Frank/CBV)

Assim como aconteceu em 2014 em Salvador (BA), Alison/Bruno Schmidt (ES/DF) chegam à final da Superpraia. Eles defenderão o título, desta vez em Maceió (AL), contra Ricardo, que também esteve na decisão na capital baiana, e Emanuel (BA/PR), único dos envolvidos que estreará em uma disputa pelo ouro do torneio.

A final programada para às 9h da manhã deste domingo (03.05) contará com a transmissão do SporTV e do site oficial da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV): http://cbbvp.cbv.com.br/index.php/aovivo.

Para chegar a mais uma final de Superpraia Alison e Bruno Schmidt superaram Pedro Solberg/Evandro (RJ) por 2×0 (21/18 e 21/16). A dupla campeã do ano passado contou com a recuperação de Alison e do talento de Bruno Schmidt eleito o melhor jogador da temporada.

Alison inaugurou o placar com uma pancada pela entrada de rede. Eleito o melhor saque da temporada, Evandro apresentou as credenciais com dois aces que deram a ele e Pedro a liderança no marcador, 3/2. A força do ataque da dupla carioca os ajudou a conservar a liderança no placar. Pedro Solberg explorou o bloqueio de Alison e fez 14/12. Os defensores do título de 2014 reagiram, com o protagonismo do bloqueio de Alison e no erro de ataque de Pedro, fecharam o set em 21/18.

Pedro e Evandro fizeram o ponto inicial da segunda parcial, mas logo em seguida Alison e Bruno reverteram a situação. Com o ponto de saque de Bruno, abriram 4/1. A regularidade na virada de bola de Alison/Bruno deu segurança para a dupla aumentar a vantagem. Com um forte ataque do capixaba pela diagonal o placar marcava 12/7. A reação dos cariocas veio com a melhora do sistema de saque e bloqueio. Pedro parou Bruno Schmidt e diminuiu 15/11. Mesmo assim, o bloqueio de Alison e as defesas de Bruno fizeram a diferença e, sob pressão, Evandro errou o saque e deu o ponto do set e do jogo para os oponentes, 21/16.

“Esse foi nosso quarto jogo no torneio, somando os outros quatro que joguei na última etapa do Circuito Brasileiro são oito jogos este ano, o que é muito pouco, enquanto a galera toda está num giro muito forte, correndo atrás do Circuito Mundial. Estou muito feliz, pois as coisas estão acontecendo, temos muita calma. Não adianta que não conseguirei agora fazer tudo que fazia antes depois de tanto tempo parado. Estou amadurecendo muito isso, o Bruno tem me dado muita força, ele é muito importante neste momento”,  contou o bloqueador capixaba, que perdeu a maior parte da temporada em razão a uma cirurgia no joelho.

“O jogo foi muito bonito, Pedro e Evandro são um time muito forte, tenho o maior respeito por eles como atletas e como equipe. O Circuito Brasileiro é muito forte. Quando garantimos a classificação para a semifinal, fiquei muito feliz por ter a oportunidade de jogar mais duas partidas e poder evoluir, nesse momento isso é muito importante para mim e para o time”, completou Alison que ainda passou por outra operação para a retirada do apêndice, o que atrasou o retorno às quadras.

A outra semifinal foi marcada pelo duelo de gerações. Melhor para a dupla mais experiente, Emanuel e Ricardo que bateram Vítor Felipe/Álvaro Filho (PB) por 2×1. Os campeões do Circuito Brasileiro precisaram suar muito para vencer os jovens paraibanos que fizeram um jogo parelho e com muito volume defensivo.

Vitor Felipe e Álvaro abriram o placar. Na sequência do set, os campeões do circuito brasileiro utilizaram a experiência e administraram as primeiras ações. Com o ataque pela saída de Emanuel o placar mostrava 13/10. Os paraibanos recuperam o jogo e conseguiram a virada na reta final do set, 17/16. Após a breve liderança da jovem dupla da Paraíba, Ricardo e Emanuel emplacaram uma sequência de três pontos e reverteram a situação. O ataque de Ricardo deu números finais à parcial, 21/19.

Ricardo começou o segundo set da mesma forma que encerrou o anterior: com potência no ataque. O volume de jogo das duas duplas equilibrou a disputa, com pequena vantagem para os paraibanos que fizeram 9/7 depois do erro de saque de Ricardo. Vitor Felipe e Álvaro Filho conseguiram administrar a vantagem e jogaram a pressão para cima dos oponentes. Com o erro de passe de Emanuel os representantes da Paraíba fizeram 19/17. E no erro de saque de Ricardo, fim de set, 21/17.

O tiebreak começou com equilíbrio, Emanuel voou para fazer 3/2. Com um bloqueio de Ricardo, a vantagem a favor da dupla mais experiente aumentou 5/2. Vitor e Álvaro buscaram o jogo e reagiram. Com um contra-ataque de Álvaro Filho os paraibanos igualaram o marcador, 8/8. O jogo seguiu parelho até os últimos pontos quando os campeões olímpicos conseguiram abrir pequena vantagem e, com o ataque de Emanuel, fecharam em 15/13.

‘Álvaro e Vitor são um grande time, estão numa crescente, com toda energia e juventude. Mas acredito que nós também estamos evoluindo, a cada torneio estamos conseguindo apresentar novas armas, novos detalhes na nossa estratégia. Começamos bem, mas tivemos uma caída no segundo set. A experiência foi importante no tie-break, conseguimos controlar a situação, voltamos a ter volume no contra-ataque e agora teremos uma final muito dura, contra outro time muito forte e que respeitamos. Mas quero conquistar esse título que escapou ano passado’, disse Ricardo ao fim do confronto. O baiano também avaliou o desempenho da retomada com Emanuel.

‘Desde as últimas três etapas eu sinto uma melhora na nossa equipe, sinto que nossa parte técnica, tática e física está melhorando e que o planejamento está sendo bem feito. Era importante crescermos no atual momento da temporada. Estamos pensando passo a passo, primeiro em terminarmos a competição da melhor forma aqui, depois no Circuito Mundial. Estamos tranquilos e confiantes no trabalho duro do dia a dia’, finalizou.

O SuperPraia foi criado em 2014 para reunir as duplas que mais se destacaram ao longo da temporada do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. O torneio A é disputado pelos seis melhores times do ranking, além de duas equipes convidadas. Na sequência do ranking, os outros oito times se enfrentam no SuperPraia B. Na primeira edição, em Salvador (BA), Alison e Bruno Schmidt (ES/DF) e a antiga parceria formada por Talita/Taiana (AL/CE) ficaram com o ouro.

Além do título, a premiação também é um dos grandes atrativos do torneio de encerramento da temporada. Os times campeões do SuperPraia A recebem R$ 79.950, valor superior, por exemplo, ao oferecido aos vencedores de uma etapa Open do Circuito Mundial (U$ 11 mil). Já os campeões do SuperPraia B recebem R$ 20.347. No total, os dois torneios distribuem pouco mais de R$ 800 mil em premiações às duplas.

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