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Com mescla entre juventude e experiência, Botafogo conquista vaga na elite

Tradição alvinegra

8 de abril de 2019

Lorena liderou a equipe botafoguense em quadra

(Vitor Silva/SS Press/BFR)

Na última sexta-feira (05.04) o Botafogo (RJ) venceu o Lavras por 3 sets a 0, encerrando a série melhor de três da fase semifinal da Superliga B masculina de voleibol 2019. O resultado classificou o time carioca para a decisão do campeonato. Mas o fato mais comemorado pela torcida, atletas e comissão técnica foi o acesso à elite nacional da modalidade, que veio junto com a vaga na final.

O histórico do voleibol no Botafogo, vem de longa data. A equipe conquistou o título brasileiro em quatro edições na década de 1970 (71/72/75/76), mas na era da Superliga, o alvinegro ainda não tinha nenhuma participação na primeira divisão. Foram quatro participações na Superliga B desde 2016, e em todas elas o clube carioca chegou entre os quatro primeiros, mas sem conseguir lograr o objetivo principal: o acesso.

Presente na comissão técnica em três das quatro temporadas do Botafogo na segunda divisão, o técnico Walner Santos foi um dos responsáveis pelo acesso à Superliga 19/20. O treinador está há quase uma década no voleibol botafoguense e levou esta experiência para o time profissional.

“Nas quatro temporadas do Botafogo na Superliga B eu estive presente em duas como auxiliar técnico, acompanhando tudo de perto, trabalhamos demais, mas não conseguimos atingir o que a gente queria. Estou no clube há pelo menos nove anos, então passei por todo o processo no infanto, juvenil, sempre com muitas conquistas. O treinador que vem da base, subir ao adulto e conseguir chegar nesse nível, é muito gratificante”, contou Walner.

A campanha do Botafogo até aqui na Superliga B masculina 2019 é de 11 vitórias em 12 jogos. O único resultado negativo foi na primeira partida da semifinal contra Lavras. E o fator casa foi fundamental para a classificação, nos sete jogos que disputou no Oscar Zelaya, o alvinegro venceu todas e perdeu apenas dois sets.

Um dos nomes mais importantes na temporada botafoguense foi oposto Lorena, de 40 anos. Com muita experiência em grandes competições, o jogador foi um dos responsáveis em levar o time à final, seja na virada de bola, seja na liderança em quadra.

“O acesso era merecido. O Botafogo tem uma história muito bonita no voleibol. Muitos jogadores vão passar por aqui, e nós deixamos um legado. Eu trabalhei muito para cumprir a minha promessa, eu queria muito. Quando eu cheguei aqui o pessoal ficou meio assustado porque eu falei para a diretoria que eu iria subir este time. Eu sempre fui um guerreiro, nunca desisti, nunca tive medo e a molecada comprou esse espírito, e conseguimos o objetivo”, disse Lorena.

Walner Santos faz coro com Lorena ao destacar a participação de jovens vindos da base botafoguense. Para o treinador, o modelo adotado pelo Minas Tênis Clube serviu de exemplo para a união entre experiência e juventude no elenco.

“Conseguimos fazer uma mescla muito interessante com alguns atletas experientes e outros mais novos da base. Eu sempre faço um paralelo com o trabalho feito pelo Minas Tênis Clube, e comento com os garotos daqui, se os meninos de lá conseguem chegar em um bom nível na Superliga, serve de estímulo para os nossos alcançarem este objetivo também. Eu sempre sabia que eles teriam capacidade para tal, e mostraram isso nesta temporada”, comentou o treinador.

Agora, com o primeiro objetivo alcançado, o Botafogo ainda tem a decisão do campeonato pela frente. O jogo que definirá o grande campeão da Superliga B masculina 2019 será no próximo domingo (14.04), no Oscar Zelaya, no Rio de Janeiro (RJ), às 19h, com transmissão ao vivo dos canais SporTV.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro