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SESC-RJ aproveita o fator casa e conquista o título

é campeão

15 de abril de 2017

Equipe do SESC-RJ é a campeã da Superliga B masculina 2017

(Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Dono de melhor campanha da Superliga B masculina 2017, o SESC-RJ coroou a boa temporada com o título da competição, e, com isso, a vaga na elite do voleibol brasileiro. O time carioca bateu na decisão o Jaó/Universo (GO) por 3 sets a 0 (25/15, 25/20 e 25/23), em 1h27 de confronto no ginásio do Hebraica, no Rio de Janeiro (RJ), na tarde deste sábado (15.04). Montado em outubro de 2016, esta foi a primeira participação da equipe que culminou com o troféu após 12 vitórias em 13 jogos.

Até o momento da final o Jaó/Universo era o único time que havia derrotado o SESC-RJ. Apesar do histórico favorável, a equipe goiana sofreu com a potência dos saques adversários e encontrou muita dificuldade no passe e na virada de bola. Já os donos da casa tiveram bom volume defensivo e aproveitaram os contra-ataques para dominar a maior parte do jogo. O oposto Paulo Victor, destaque do SESC-RJ na temporada e que já tem três títulos da Superliga no currículo, comemorou bastante a conquista.

“A vitória foi merecida. Treinamos pesado ao longo de muitos meses, antes mesmo de começarmos a temporada. E nessa última semana o nosso pensamento estava todo voltado para esta decisão. Estamos muito felizes por esse resultado. Eu sou um atleta profissional, estamos aqui para fazer o nosso melhor, então a felicidade de ser campeão é a mesma sendo a Superliga B, a C ou o campeonato do bairro. Para mim, é uma grande vitória, é uma felicidade imensa ter conquistado mais um título na minha carreira”, disse Paulo Victor.

Outro acostumado a títulos importantes é Giovane Gávio, treinador do SESC-RJ, que é bi-campeão olímpico e campeão mundial como jogador, além de ter conquistado a Superliga como atleta e como treinador. Para Giovane a satisfação de conseguir chegar no lugar mais alto do pódio na Superliga B não é diferente das demais façanhas da carreira.

“Tínhamos uma tensão pois um resultado diferente do que tivemos aqui seria considerado um fracasso. Mas construímos esta vitória, não veio fácil. Fizemos um trabalho com muita dedicação. É sempre bom ganhar. Mesmo tendo passado por tantos momentos gloriosos na carreira, quando a gente consegue sucesso em um projeto a sensação de recompensa é sempre muito boa”, disse Giovane.

A vitória do time carioca na decisão foi acompanhada por aproximadamente mil pessoas que lotaram as arquibancadas do ginásio do clube Hebraica. A torcida empurrou o time da casa em todos os momentos e foi recompensada no final. O capitão do SESC-RJ, o experiente levantador Everaldo agradeceu o empenho do time na competição.

“Foi uma grande honra ter participado deste projeto. Nos dedicamos muito, queríamos jogar o nosso melhor. A equipe sabia dessa responsabilidade e conseguimos o objetivo. O SESC-RJ ainda tem muita coisa boa para mostrar pela frente”, comentou Everaldo.

Do outro lado, o técnico vice-campeão Hítalo Machado viu a participação do Jaó/Universo como um sucesso do projeto que tem menos de um ano. O treinador acredita que a temporada foi apenas o início de um projeto que tem a crescer, principalmente com o bom retorno conseguido na Superliga B.

“Este é apenas o início do nosso projeto em Goiânia. Sabemos que precisamos melhorar ainda a nossa estrutura, temos muito o que crescer. Mas temos a certeza que vamos continuar o trabalho. O voleibol tem uma grande visibilidade. Então temos certeza que vamos crescer. Temos agora que nos voltar para a Taça Ouro, mas temos que seguir firmes”, disse Hítalo.

No jogo decisivo deste sábado a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) testou um sistema de comunicação via rádio entre os árbitros e juízes de linha. O objetivo era facilitar a troca de informações entre os envolvidos na partida para agilizar o veredito a cada lance. Ivan Cardoso, primeiro árbitro da decisão entre SESC-RJ e Jaó/Universo aprovou.

“É uma boa iniciativa. Como aqui estávamos em fase de testes precisei fazer alguns ajustes durante os intervalos, pois o barulho da torcida atrapalha um pouco na hora de ouvir, mas acredito que seja um bom apoio para nós durante os jogos”, disse Ivan. A intenção da entidade é pôr em prática o uso deste sistema nas finais feminina e masculina da Superliga 2016/2017.  

O JOGO

Os donos da casa começaram forçando o saque e atrapalhando o passe dos adversários, que também tiveram dificuldades na virada de bola. Com o erro de ataque de Renan, o SESC-RJ abriu 10/4. A linha de passe do Jaó continuou errando muito e com uma bola de graça, Tiago Barth fez 15/7 para o time carioca. O panorama não mudou na continuação do set, e, em mais um erro de ataque do Jaó, o SESC-RJ fechou em 25/15.

Na segunda parcial o time goiano voltou mais concentrado e abriu uma pequena vantagem que não durou muito. Com um bloqueio de Tiago Barth o SESC-RJ tomou a dianteira do placar 5/4. O Jaó Universo recuperou a concentração, impôs o ritmo e retomou o controle das ações no set, e abriu 13/15 com Ramon. Embalada pela torcida, a equipe do SESC-RJ reverteu a situação desfavorável, principalmente com jogadas de meio. Com o central Victor Hugo os donos da casa fizeram 18/16. O set terminou com ponto de saque do oposto Paulo Victor, 25/20 para o SESC-RJ.

O terceiro set também começou equilibrado com os dois times mantendo um bom volume defensivo. O Jaó assumiu a liderança no contra-ataque de Ramon, 6/7. Com o bloqueio de Tiago Barth, o SESC-RJ passou a frente, 13/12. O time visitante não se deixou abater e melhorou o saque e a virada de bola. Com o contra-ataque de Alan o Jaó fez 16/19. O oposto PV foi para o saque e dificultou a vida do adversário, e, no bloqueio de Tiago Barth, os donos da casa empataram em 21/21. E com o próprio Paulo Victor veio a virada, 22/21. O ponto final veio com Tiago Barth pelo meio, 25/23 no set e 3×0 no jogo.

EQUILÍBRIO ENTRE AS EQUIPES DEU O TOM DESTE EDIÇÃO

A decisão entre SESC-RJ e Jaó/Universo, equipes com as duas melhores campanhas da competição, e ainda os semifinalistas Botafogo (RJ), quarto colocado na fase classificatória, e APAN/Barão/Blumenau (SC), que foi o sétimo, são provas de que a sexta edição da Superliga B masculina foi uma das mais equilibradas. Tanto dentro como fora de quadra estiveram representantes de alto nível do voleibol brasileiro.

O campeão SESC-RJ, por exemplo, tem o bicampeão olímpico Giovane Gávio como treinador. Giovane conquistou a Superliga B pela primeira vez, mas já contava no currículo o título da Superliga 10/11, com o SESI-SP. O oposto Paulo Vítor também já teve a oportunidade de subir no lugar mais alto do pódio da elite por três vezes. Eles são apenas dois exemplos em meio a tantos outros que contam com títulos importantes e passagens pela seleção brasileira, e que foram responsáveis por aumentar o nível técnico do campeonato.

O superintendente da Superliga, Renato D’Ávila enalteceu o trabalho feito pelos clubes que ajudam a consolidar a Superliga B no calendário nacional, e que a cada ano ganha mais importância.

A Superliga B masculina teve um aumento na qualidade em razão do calibre dos projetos que participaram nesta edição. A equipe do Jaó, por exemplo, que vem de uma região que não tem muita tradição no voleibol. E é muito legal que tenham alcançado a final. O Botafogo, que é um clube importante, e esteve entre os melhores nas duas temporadas que disputou, isso motiva outras equipes a virem para a disputa”, comentou o dirigente.

O técnico Giovane Gávio, campeão com o SESC-RJ, também acredita que o nível da competição ganhou qualidade na temporada recém-encerrada.

“As equipes da Superliga B aos poucos estão mostrando que estão ficando prontas para disputar a Superliga A. O Jaó, Botafogo, Araucária, Upis, Blumenau, estão todos “doidos” para subir. Isso é muito bacana, é muito bom para o voleibol brasileiro”, disse Giovane.

TEMPORADA RECHEADA DE TRANSMISSÕES

Assim como no campeonato feminino, que terminou na última segunda-feira (10.04) com o título do Hinode Barueri (SP), do técnico José Roberto Guimarães, a edição 2017 da Superliga B masculina contou com a inovação das transmissões ao vivo pela página oficial da CBV, no Facebook. Ao todo foram quatro partidas disponibilizadas por esta plataforma, o que alcançou uma média de 150 mil internautas.

Além destas, outras duas partidas foram televisionadas. O segundo confronto semifinal entre SESC-RJ e Botafogo (RJ) foi ao ar pela RedeTV, enquanto a decisão deste sábado tornou-se um marco na competição com duas emissoras transmitindo simultaneamente: SporTV e a própria RedeTV.

E não foi só por meio da via internet e televisão que a audiência foi boa. O público também compareceu aos ginásios. As 50 partidas, realizadas em sete cidades de sete estados espalhados pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, que gerou uma audiência acumulada presente nas arquibancadas de pouco mais de 20 mil pessoas.

A sexta edição da Superliga B masculina contou com a participação de nove equipes de sete estados diferentes: os finalistas SESC-RJ e Jaó/Universo, e ainda o Botafogo, o APAN/Barão/Blumenau (SC), o Alfa/Monte Cristo/Teuto, o Uberlândia Gabarito, o ASPMA/Araucária/Berneck (PR), o UPIS (DF) e o Rádio Clube/AVP (MS).

A competição, que dá ao campeão uma vaga na divisão principal do voleibol brasileiro foi criada em 2012, quando o Vôlei Canoas (RS) ficou com o título. Em 2013 o Alfa/Monte Cristo (GO) ficou com o troféu. No ano seguinte, em 2014, foi a vez do São José Vôlei (SP) ser o campeão. O Sada Cruzeiro Unifemm (MG) venceu em 2015 (mas em razão do regulamento foi o Bento Vôlei, segundo colocado, que ficou com a vaga). Na edição de 2016 o Caramuru Castro (PR) foi o vencedor.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro