O oposto Wallace conquistou quase tudo com a camisa da seleção masculina de vôlei. Foi campeão olímpico e da Liga das Nações. Depois de uma ausência de um ano, ele está de volta à equipe exatamente para buscar o troféu que falta em sua galeria: o do Campeonato Mundial, que começa nesta sexta-feira (26.08). A equipe do técnico Renan dal Zotto estreia contra Cuba, às 6h (de Brasília), com transmissão do Sportv 2.
“Entro motivado em qualquer campeonato que dispute com a seleção. No caso do Mundial, essa vontade é ainda maior, pois bati na trave nos dois que disputei (foi prata em 2014 e 2018). Buscar esse ouro é uma motivação grande, mas temos que pensar um passo por vez. Não vai faltar vontade de vencer”, diz Wallace, de 35 anos, que deu um tempo na aposentadoria da seleção ao receber um chamado do técnico Renan, que perdeu Alan, lesionado, durante a Liga das Nações. “O que me fez aceitar o convite para disputar este Mundial foi a necessidade de um pouco mais de experiência para a posição. Não poderia dar as costas para a seleção neste momento. Foi essa a conversa que tive com o Renan, Me coloquei à disposição caso fosse necessário”.
Para a mesma posição de Wallace, o Brasil conta com Felipe Roque, de 25 anos, e Darlan, de 20. “Eu olho para eles e vejo o Wallace que chegou na seleção anos atrás. Tenho uma noção do que eles estão passando, porque também passei por isso quando comecei. Tento passar tranquilidade, deixá-los confortáveis e aliviar o peso da responsabilidade em quadra. Quero que eles joguem soltos, que é o que os mais jovens precisam para atuar no mesmo nível que têm nos clubes”, diz Wallace.
A experiência de 12 anos vestindo a camisa do Brasil permite a calma e o foco, mas Wallace admite que não perde o frio na barriga antes de cada estreia. “Claro que há aquele nervosismo normal que antecede qualquer estreia, mas sinto o time preparado e é isso que vale. Cada ponto conquistado será importante na busca pela melhor classificação na primeira fase. Vamos tentar explorar as falhas do time cubano, especialmente o passe, para tentar facilitar a nossa vida”, explica Wallace, que é companheiro de clube de um dos principais jogadores cubanos, o ponteiro Miguel López. “Conheço bem o López, mas será uma situação diferente, inédita. Estou acostumado a jogar ao lado dele no clube, mas estar no lado oposto da quadra é algo que ainda não vivi. Cada jogador tem sua característica marcada, e ele não vai fugir muito do que vem fazendo nos últimos anos”.
Para Renan Dal Zotto, o novo formato de disputa do Mundial exige entrega total desde o primeiro jogo. “A expectativa é fazer um bom Campeonato Mundial. Estamos felizes, com o grupo completo. Neste primeiro jogo contra Cuba, precisamos entrar com entrega total, já que a ordem de classificação da primeira fase conta muito e determina o caminho nas fases eliminatórias. É importante começarmos focados”, avalia Renan.
Para a disputa do Campeonato Mundial, o técnico Renan convocou os levantadores Bruninho e Fernando Cachopa; os opostos Darlan, Felipe Roque e Wallace; os centrais Flávio, Leandro Aracaju e Lucão; os ponteiros Adriano, Leal, Lucarelli e Rodriguinho; e os líberos Maique e Thales.
CAMPEONATO MUNDIAL – PRIMEIRA FASE
Grupo B – Brasil, Cuba, Japão e Catar – As duas melhores equipes de cada grupo e os quatro melhores terceiros da primeira fase avançam para as oitavas de final.
26.08 – BRASIL x Cuba, às 6h – Sportv 2
28.08 – BRASIL x Japão, às 9h – Sportv 2
30.08 – BRASIL x Catar, às 6h – Sportv 2
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