A partir da próxima segunda-feira (02.11) o Rio de Janeiro será sede, pela primeira vez em 20 anos, do Curso para Candidatos a Arbitro Internacional de Vôlei de Praia, com chancela da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) e organizado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Com duração de sete dias, o curso será na Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca. O curso reunirá 20 candidatos de sete países. Brasil, sede do evento contará com seis participantes, enquanto Argentina, Colômbia, México, Venezuela, Peru e Espanha também serão representados. O presidente da Comissão Brasileira de Arbitragem de Voleibol (Cobrav), Carlos Rios, explicou que este é primeiro passo para que o árbitro alcance o patamar mais alto da carreira, e que, por isso, a escolha dos indicados é bastante rigorosa. “Os participantes são indicados pelas confederações nacionais, eles não se candidatam. No caso da CBV, nós avaliamos e escolhemos aqueles que têm condição técnica, talento para isso. Como são poucas as vagas é preciso que a CBV indique o participante. Além de boa técnica, o candidato tem que ter menos de 41 anos, pois a carreira de árbitro encerra ao 55. Então buscamos novos talentos avaliados em nossas competições nacionais, como o Circuito Brasileiro, um dos melhores do mundo, e outro requisito é ter domínio do inglês”, explicou Carlos Rios. Segundo as normas da FIVB o curso terá sete dias de duração com 45 horas de aula teórica. Ao término, os participantes ainda precisam atuar em pelo menos seis jogos oficiais (três como arbitro, além de uma partida como juiz de linha, uma como apontador e uma como apontador assistente). As sessões práticas acontecerão na 4ª Etapa do Circuito Banco do Brasil Nacional, que também terá a EsEFEx como sede. A diretora do curso será Maria Amélia Villas-Bôas, ex-árbitra internacional, e que atualmente coordena a arbitragem nas etapas do Circuito Brasileiro. As aulas serão ministradas pelo escocês Alexander Steel e o português José Casanova. O Curso para Candidatos a Árbitro Internacional acontece de acordo com a demanda de cada continente. Cada país tem uma cota de árbitros internacional que varia de acordo com alguns critérios como o quadro de arbitragem disponível, a performance e a representatividade que cada país tem no desenvolvimento do voleibol. Na América do Sul, o Brasil é o pais que abarca mais vagas deste quantitativo, são 10 no vôlei de praia e 20 na quadra. Hoje quatro das dez vagas brasileiras do vôlei de praia estão disponíveis, o que aumenta a importância da realização do curso no país. Os seis candidatos do Brasil são Rodrigo Paiva de Araújo (RN), Priscila Jochem (SC), Esdras Figueiredo Souza de Oliveira (PB), Marcelo Correia de Araújo (DF), Luciene Ferreira (RJ) e Murilo Bastos Junqueira (RJ).