pATROCINADOR OFICIAL

Recuperado e de volta ao alto nível, Lucarelli ajuda EMS Taubaté Funvic a buscar vaga na final

Entrevista da Semana

11 de abril de 2019

Lucarelli, um dos destaques na campanha do EMS Taubaté Funvic

(Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

Reinventar é a palavra da moda. Está sendo bastante usada atualmente, mas ninguém que seja citado neste contexto se encaixa melhor do que Ricardo Lucarelli. Com uma carreira que já começou com muitas glórias, o ponteiro representa o país na seleção principal desde os 20 anos, foi campeão olímpico aos 24, e aos 26 viu seu futuro ameaçado com uma grave lesão no tendão de Aquiles. Ficou fora da seleção durante o ano de 2018, 10 meses sem jogar, e, com muito trabalho, dedicação, paciência e esperança, voltou às quadras na Superliga Cimed 2018/2019 para ajudar o EMS Taubaté Funvic a chegar à semifinal.

Aos 27 anos, maduro e consciente de tudo que viveu, Lucarelli ajudar seu time a buscar uma vaga na grande decisão. Nesta semifinal, foi escolhido, por votação popular, o melhor jogador nas duas primeiras partidas. No jogo de abertura da série melhor de cinco contra o Sada Cruzeiro (MG), seu time venceu, na casa do adversário, por 3 sets a 1, e na noite de terça-feira (09.04), no ginásio Abaeté, em Taubaté (SP), venceu o segundo por 3 a 2. Nas duas ocasiões, Lucarelli brilhou. Na primeira partida foi responsável por 21 pontos, e na segunda, 13.

E não foram só os pontos. A presença de Lucarelli em quadra é motivo de comemoração e não só para os torcedores do EMS Taubaté Funvic, como para todos que gostam de voleibol e admiram suas atuações de gala. Em entrevista exclusiva ao site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), o ponteiro falou sobre o período em que esteve longe das quadras, como é estar de volta, sobre a campanha do seu time e, claro, sobre algumas ideias pessoais.

– O que mais te motivava quando você estava sem poder jogar?

Assistir os jogos, os treinos e sentir aquela vontade de entrar em quadra. Isso me movia a me dedicar cada vez mais na recuperação. Jogar vôlei é o que eu mais gosto de fazer. Além de ser a minha profissão é o que eu amo. Vejo jogo de vôlei o tempo inteiro. Não estar dentro de quadra e assistir os jogos me dava uma vontade enorme de voltar a fazer o que eu amo.

– Qual foi o maior prazer em estar de volta as quadras?

Justamente voltar a fazer o que eu gosto e sei fazer, que é jogar vôlei. A convivência de vestiário e viagens são coisas muito legais também, e isso é algo que, no esporte, é um valor muito grande. Sempre acabamos fazendo muitas amizades e senti muita falta desse convício diário. Com certeza voltar a viver tudo isso foi um dos maiores prazeres que senti.

– O que tem sido fundamental para o seu time conseguir essas duas vitórias na semifinal?

Acredito que nesses dois jogos o time jogou com uma agressividade muito grade, principalmente no primeiro, em Contagem, que era um jogo mais difícil, o primeiro de uma semifinal, fora de casa e a agressividade foi muito alta. No segundo, foi uma partida mais equilibrada, eles passaram muito perto de sair com a vitória e nós conseguimos, no quarto set, de uma maneira muito bacana reverter a situação. Acho que a equipe como um todo tem jogado muito bem, todos que entram têm ajudado bastante e a força do grupo realmente tem sido a tônica dessa série semifinal.

– Você é admirado pelos torcedores, companheiros de equipe e pelos adversários. O que faz de você um jogador espetacular e uma pessoa tão querida?

Não sei muito bem responder isso. (risos) Pelos torcedores, sempre tento retribuir o carinho que eles têm por mim, então acho que acaba acontecendo essa intimidade, essa troca muito grande. E quanto aos jogadores, deve ser porque eu sou um cara muito tranquilo, gosto muito de conversar, dificilmente eles me veem nervoso ou perto disso. Por tudo isso, acabo tendo um relacionamento muito sadio com pessoas que jogam comigo e que jogam contra.