Festa no voleibol brasileiro. Em uma verdadeira comunhão entre times e torcidas, cerca de 17.500 pessoas prestigiaram as semifinais da Superliga de vôlei 2016/2017 e as finais da Superliga B na última semana. A programação começou na segunda-feira (10.04), quando o Hinode/Barueri (SP) foi campeão da Superliga B feminina diante de cinco mil pessoas. Na quinta (13.04), o Vôlei Brasil Kirin (SP) recebeu 2.600 pessoas, na sexta (14.04), o Rexona-Sesc (RJ) venceu diante de 4.409 torcedores, e, no sábado (15.04), o Sesc-RJ conquistou o título da Superliga B masculina com cerca de mil pessoas no ginásio, e, mais tarde, o Sesi-SP contou com 4.386 pessoas na torcida.
O Hinode/Barueri abriu a semana com uma linda festa no ginásio José Correa, em Barueri (SP). Diante de cinco mil torcedores, a equipe comandada pelo tricampeão olímpico, José Roberto Guimarães, levou a melhor sobre o BRH-Suflex/Clube Curitibano (PR) por 3 sets a 0 (25/10, 25/11 e 25/20) e conquistou o título da Superliga B feminina, assegurando, assim, a vaga na Superliga 17/18. O treinador demonstrou toda sua gratidão a torcida local.
“Tenho que agradecer ao público que compareceu e deu uma força incrível na final e durante toda a temporada. O desafio foi muito grande, mas a cidade nos abraçou. Onde tenho passado as pessoas me cumprimentam. Meu sonho é que Barueri vire um centro de voleibol como existem outros no Brasil e os torcedores são fundamentais para isso. Só tenho agradecimentos a toda cidade”, disse Zé Roberto Guimarães.
Na quinta-feira, o Brasil Kirin não venceu, mas deu alegrias a seus fiéis torcedores. Acostumados a lotar o ginásio Taquaral, em Campinas (SP), os 2.600 fãs do time campineiro viram o atual campeão da Superliga, Sada Cruzeiro (MG) vencer, mas depois de bastante equilíbrio, por 3 sets a 1 (21/25, 19/25, 25/21 e 22/25).
O Rexona-Sesc precisava da vitória para seguir adiante na disputa pelo título e a torcida fez a sua parte. Cerca de 4.400 torcedores encheram a Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro (RJ), e ajudaram a equipe dirigida pelo técnico Bernardinho a vencer e conquistar a vitória por 3 a 1 (25/15, 26/24, 21/25 e 25/20) e a vaga na final. O treinador da equipe carioca destacou o valor de ter casa cheia e pessoas entusiasmadas com o vôlei.
“Às vezes, dá a impressão que as pessoas estão tão carentes de coisas legais que os torcedores se entusiasmam, acabam se encontrando ali, em ver um espetáculo tão bacana, as jogadoras lutando, correndo atrás, dos dois lados. Sexta-feira foi de novo um daqueles jogos onde o envolvimento, o calor e a energia da torcida foram sensacionais. Bacana ver isso, que o voleibol continua sendo um espetáculo que atrai pessoas e que traz essa energia legal. Fazer parte disso é uma emoção muito especial”, disse Bernardinho.
No sábado, dois jogos. À tarde, na Superliga B, o Sesc-RJ levou a melhor sobre o Jaó/Universo (GO) por 3 sets a 0 (25/15, 25/20 e 25/23), conquistando o título da competição e a vaga na Superliga 17/18. “Ao longo da Superliga B, fizemos um trabalho de divulgação para trazer mais público, tentamos adequar melhor o horário do jogo, em função da praia, e aos poucos foi acontecendo. Na fase final, tivemos um bom público e foi bem bacana contar com essa torcida ao nosso lado”, disse o técnico da equipe carioca, Giovane Gávio.
E, à noite, foi a vez do Sesi-SP jogar em casa, porém em um ginásio diferente. Diante da capacidade mínima exigida nesta fase da Superliga, a equipe se transferiu da Vila Leopoldina para São Caetano do Sul (SP) e a torcida acompanhou. Quase 4.400 pessoas estiveram no ginásio Lauro Gomes e fizeram uma festa mesmo ao final, quando o Sesi-SP foi superado por 3 sets a 2 (23/25, 25/21, 25/18, 19/25 e 13/15).
É verdade que, deste total de torcedores, uma parte era do Funvic Taubaté. Muitas pessoas saíram da cidade do Vale do Paraíba e cerca de 250 torcedores estiveram no Lauro Gomes para torcer pelo time visitante. Independentemente da cor da torcida, o técnico do time vitorioso, Cezar Douglas, fez questão de enaltecer a participação de todo o público presente.
“Foi um grande espetáculo, os torcedores dos dois times contribuíram muito para um jogo competitivo, emocionante e com muita vibração dos dois lados. A nossa torcida é fundamental para o time. Nos acompanha em jogos fora de casa desde o início da temporada e em todos os campeonatos, sem contar que, em Taubaté, a energia e vibração acabam dando o ritmo para o time”, concluiu o treinador do Funvic Taubaté, Cezar Douglas.
Com o fim da edição 2017 da Superliga B, as atenções se voltam para a terceira rodada das semifinais da Superliga masculina e feminina de vôlei 2016/2017. A próxima partida será na sexta-feira (21.04), entre Funvic Taubaté e Sesi-SP, e, no dia seguinte, será a vez de Sada Cruzeiro x Vôlei Brasil Kirin.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do vôlei brasileiro