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Polina Rahimova, a gringa pontuadora do Sesi Vôlei Bauru

Entrevista da Semana

8 de janeiro de 2020

Polina Rahimova, oposta do Sesi Vôlei Bauru

(Divulgação/Sesi Vôlei Bauru)

Um dos reforços do Sesi Vôlei Bauru (SP) para a Superliga Feminina 2019/2020 é a oposta azeri Polina Rahimova. A atleta, de 29 anos, já foi a recordista mundial em pontuação em uma única partida, em 2015, quando ela marcou 58 pontos, no Japão. Hoje ela lidera a estatística como maior pontuadora da temporada – já marcou 234 pontos até este dia 08 de janeiro – e é um dos destaques do time paulista na competição.

Em entrevista exclusiva ao site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) Rahimova conta sobre a adaptação ao Brasil, sobre as atividades nas horas vagas e o impacto do recorde de pontos na carreira.

Você já jogou em grandes ligas europeias e asiáticas, e em pouco tempo já se destaca nas estatísticas da Superliga. Como tem sido essa adaptação?

Eu joguei em outros continentes e vejo que tem algumas diferenças aqui no Brasil, e tem sido uma experiência muito interessante para mim. Estou me adaptando de forma rápida. Cheguei perto da estreia, e comecei logo a jogar. Servi a seleção do Azerbaijão, e voltei para jogar novamente. A adaptação tem sido tranquila, já que tenho alcançado bons resultados em quadra.

Vir para o Brasil foi um desafio? O que te chamou mais a atenção por aqui, e o que você tem feito nas horas livres?

Eu tive uma outra oferta para vir jogar aqui no Brasil há três anos, mas eu acabei não vindo. Desta vez aceitei o convite do Sesi Bauru, queria ter essa experiência de jogar a Superliga, é algo novo, que me parecei muito interessante. Tem a questão das diferenças no clima, esta época na minha terra é inverno, e aqui é verão, e isso é um desafio a mais para o meu corpo. No meu tempo livre eu gosto de ler, assistir vídeos no YouTube, gosto de passear, ser uma pouco turista e conhecer melhor os lugares que passamos. Quero conhecer Foz do Iguaçu, ver as Cataratas. Também gosto de cozinhar.

Como o estilo brasileiro de jogar voleibol pode influenciar no seu jeito de jogar?

Acredito que cada jogo é um desafio novo, e sempre podemos aprender algo das pessoas ao nosso redor. Para mim o estilo brasileiro é mais tranquilo nos treinos, mas a energia nos jogos é diferente, intenso. Tenho aprendido muito, principalmente a ser mais paciente em quadra.

O recorde de pontos em uma partida foi seu por um bom tempo. Ainda hoje isso tem impacto quando você chega para jogar em algum time?

Eu estou acostumada a estar entre as maiores pontuadoras pelos times que passo. Isso me traz muita responsabilidade, ter a missão de liderar o time em quadra não é fácil. É algo que encaro com naturalidade. Em outros lugares que passei tive este papel. Mas sou uma parte do time, e preciso das minhas companheiras em quadra para conseguir fazer os pontos.

O Azerbaijão vai em busca de uma vaga olímpica em janeiro. Como está a expectativa para essa disputa?

Eu não tenho tantas expectativas. Estamos sem muito tempo para treinar antes da competição. Temos que entrar em quadra para dar o nosso melhor. Serão oito times disputando uma única vaga, e acredito que a Holanda, a Polônia e Turquia são as favoritas. Vamos ver como estaremos na época.

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