Pela primeira vez na história das seleções brasileiras de vôlei, duas mulheres vão integrar comissões técnicas como treinadoras. Em iniciativa da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) para estimular a presença feminina nas equipes de comando, Karina de Souza será auxiliar da seleção feminina sub-20 e Mirtes Benko, da sub-18 feminina. A dupla tem mais de 20 anos de experiência no voleibol.
“A Mirtes e a Karina são duas treinadoras qualificadas e com vasta experiência no voleibol. A escolha delas foi baseada na capacitação e na qualidade profissional. Queremos que as duas se tornem referências no voleibol, e que sirvam de exemplo para que surjam cada vez mais treinadoras”, explica Júlia Silva, gerente de seleções da CBV.
A catarinense Karina de Souza trabalha como treinadora de voleibol há mais de 25 anos. Formada em Educação Física e com uma carreira marcada pela formação de talentos do voleibol brasileiro, como as atacantes Natália e Rosamaria, Karina foi treinadora da seleção catarinense de voleibol nas categorias infanto-juvenil e juvenil. Participou de projetos formadores tradicionais em Nova Trento (SC) e Joaçaba (SC) e treinou equipes na Taça da Prata e na Liga Nacional.
“Esse convite da CBV foi o reconhecimento de um trabalho realizado com muita dedicação. Espero que cada vez mais mulheres cheguem nesse lugar. A preocupação da CBV com uma maior participação de treinadoras é algo muito importante. Existem muitas técnicas talentosas no vôlei, mas ainda faltam oportunidades”, diz Karina Souza.
Treinadora das categorias de base do Corinthians, em São Paulo, desde 1994, Mirtes Benko trabalha com voleibol há quase 30 anos. Com formação em Educação Física, foi treinadora da seleção paulista universitária, comandou São Paulo no Campeonato Brasileiro de Seleções (CBS) e é professora de Educação Física.
“A gestão da CBV teve coragem de mudar, está investindo e valorizando o trabalho das mulheres. Foi difícil chegar nesse lugar depois de 28 anos trabalhando com o voleibol. Agora começo uma nova história e espero que isso sirva de referência para outras mulheres”, afirma Mirtes Benko.
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