Palestra aborda a influências da genética do vôlei de praia

Academia do voleibol

30 de setembro de 2020

Professor Rossini abordou a influência de aspectos genéticos nos atletas de vôlei de praia

(Divulgação)

A difusão de conhecimento por meio virtual já virou rotina na comunidade do vôlei nacional com as palestras semanais da Academia do Voleibol. Na noite desta terça-feira (29.09) foi a vez da genética ser o tema em destaque com o trabalho apresentado pelo professor Rossini Freire, da Universidade Federal da Paraíba, e que integrou a comissão técnica campeã olímpica em Atenas 2004 com Ricardo e Emanuel. A explanação foi feita de forma gratuita pelo Canal Vôlei Brasil.

Rossini, que tem longa história no voleibol de praia do Brasil, apresentou estudo feito por ele e outros colaboradores sobre o polimorfismo da região 577 do gene ACTN3 e a incidência de lesões em praticantes de vôlei de praia. A pesquisa buscou entender como as variações do gene têm influência no desempenho de atleta de alto rendimento da modalidade. Antes de iniciar os trabalhos da noite o professor fez questão de elogiar a retomada das competições do vôlei de praia brasileiro, em eventos realizados nas duas últimas semanas em Saquarema (RJ).

“Eu gostaria de começar a noite parabenizando a todos da CBV pelo evento de alto nível que trouxe a volta do vôlei de praia neste mês. A gente que milita no vôlei de praia há tanto tempo fica até emocionado vendo um evento deste porte. Mas nosso papo aqui hoje é sobre genética no voleibol de praia, sobre a pesquisa que participei sobre alguns aspectos genéticos que auxiliam no sucesso de um atleta desta modalidade. Neste trabalho realizamos o estudo da relação do polimorfismo R577X da proteína ACTN3 em atletas brasileiros de vôlei de praia de alto rendimento, e a sua caracterização à incidência de lesões”, contou Rossini.

Ao longo da palestra Rossini trouxe exemplos de atletas brasileiros com as diferentes características genéticas e suas relações com o desempenho (RX, XX e RR). E, pelos dados levantados, os do tipo XX apresentaram maior tendência às lesões, enquanto os do tipo RR tiveram menor incidência. No entanto, no universo pesquisado – 41 atletas, os tipos RR e RX são predominantes.

Após a participação de Rossini foi a vez de Alexandre Medeiros, da Universidade Federal do Ceará, finalizar a palestra da última terça-feira (22.09) sobre a análise estatística aplicada ao vôlei de praia. O profissional mostrou estudo sobre a utilização dos dados levantados por meio das análises dos jogos, e características temporais das partidas e especialização funcional dos jogadores. Entre as informações levantadas, destaque para a eficiência de saque em razão das categorias de base e adulta.

Esse foi o 44° encontro da Academia do Voleibol, que realiza reuniões virtuais com temas variados sobre vôlei de praia, vôlei de quadra e Conat (Comissão Nacional de Treinadores). O conteúdo fica disponibilizado no Canal Vôlei Brasil (http://canalvoleibrasil.cbv.com.br).

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro