A edição de 2016 do Vôlei Master, décima terceira da história, atingiu o maior número de inscritos desde a primeira temporada. O Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), receberá entre os dias 12 e 19 de novembro pouco mais de 3.000 atletas divididos em 165 times na quadra e 336 duplas e quartetos na praia. Mas para chegar a números tão impressionantes, o embrião da ideia data de anos antes quando um grupo de brasileiros descobriu o US Open Volleyball, festival da modalidade realizado pela Federação Norte-Americana e que em 2016 chegou ao 87º ano consecutivo.
Um dos pioneiros nesta empreitada é hoje o maior entusiasta da versão brasileira e está entre os organizadores do evento no CDV. Sérgio Faria, presidente da Federação de Vôlei do Distrito Federal, e com experiência de quase 50 anos como dirigente esportivo, estava no grupo de brasileiros que em 1995 foi aos EUA para a disputa do US Open Volleyball, e, desde então, cultivou o sonho de reproduzir os moldes da competição no Brasil.
“Descobrimos este campeonato e ficamos encantados com a estrutura. Nos empolgamos e passamos a ir frequentemente. Em uma edição levamos o Ary (Graça – ex-presidente da CBV) e sugerimos que fizéssemos um evento máster no Brasil”, relembra Sérgio.
A inauguração do CDV em agosto de 2003 foi o estopim para a realização do primeiro Vôlei Master. A edição inaugural contou com 30 equipes e durou apenas um fim de semana, mas foi o suficiente para que os apaixonados pelo voleibol não deixassem mais a ideia de lado. Desde então a competição continuou a crescer, o vôlei de praia foi incluído seis anos depois e impulsionou os números de participantes.
“A competição nos Estados Unidos é gigantesca, lá sempre acontece em centros de convenções, áreas enormes, mas isso porque não se trata apenas de competição máster. Há torneios de várias categorias, e as equipes máster são apenas uma parte disso. O nosso evento aqui, comparado aos torneios máster do US Open, já é maior”, comenta Sérgio Farias.
A edição de 2016 do evento nos EUA aconteceu entre 27 de maio e 1 de junho em Orlando, com a participação 191 equipes, dessas 70 eram estrangeiras de sete países diferentes (a competição contempla apenas o voleibol de quadra). A gerente de competições de quadra da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Cilda D’Angelis, esteve presente como observadora. Ela, que também está à frente da organização técnica do Vôlei Master ficou impressionada com o que viu e trouxe ideias para a versão brasileira.
“Fui muito bem recebida e vi que eles têm cuidado com tudo. Muitos brasileiros participam, o Brasil é o país estrangeiro com o maior número de equipes. Apesar da grandiosidade do evento nos EUA, temos aspectos que valorizam o nosso evento, como o fato de termos como sede o Centro de Treinamento da seleção brasileira. Os participantes do Vôlei Master valorizam muito esta experiência. Aqui também disponibilizamos água, gelo e alguns serviços médicos incluídos na inscrição, enquanto no US Open tudo é pago à parte”, comentou Cilda.
A ilha de resultados, onde os participantes podem acompanhar o desempenho das equipes em plataformas virtuais é um dos adventos da edição 2016 do Vôlei Master que foi implementada inspirada no modelo do US Open Volleyball. A criação de áreas de convivência ampliadas e praça de alimentação também foram executadas após a observação do torneio internacional. Essas facilidades e toda a estrutura do CDV dá ao evento organizado pela CBV o status de um dos maiores do mundo, e, além disso, faz parte do calendário municipal de Saquarema (RJ), movimentando a economia local como a rede hoteleira e gastronômica.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro