Gerações diferentes de treinadores usam o Master para crescimento profissional

Ao mestre com carinho

12 de novembro de 2018

Paulo Maurício Gomes da Cruz, de 56 anos, tem um pupilo no Vôlei Master 2018

(Thiago Paes)

Em meio a tantos jogos, equipes e atletas, uma dupla chama a atenção no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), no Vôlei Master 2018. Unidos pelas três cores das Laranjeiras (bairro do Rio de Janeiro), mestre, Paulo Maurício Gomes da Cruz, e aprendiz, Felipe Quintella Bezerra, usam a competição organizada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) para somar ainda mais conhecimento.

O mestre é conhecido no meio do voleibol nacional pelos resultados que obtém nas categorias iniciais. O aprendiz quer um dia chegar próximo do reconhecimento do seu tutor. As categorias de base masculinas do Fluminense aproximaram Paulo Maurício, 56 anos, e Felipe, de 22. O mais experiente, conhecido carinhosamente como Girino, é responsável pelas categorias de base masculinas no clube, e, na categoria Master, é técnico no feminino.

Para Girino, que tem 25 anos de Fluminense, há uma diferença imensa no planejamento do técnico para os treinamentos na base e no máster: “É uma coisa muito louca. É tão diferente em alguns aspectos, mas muito parecido com o mirim. Nossos atletas vão envelhecendo e vão virando criança. Esquecem dos movimentos básicos e temos que treinar tudo todos os dias.”

A experiência do técnico tricolor vem da referência de uma das suas revelações no voleibol: Ana Richa. A sua pupila disputou os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, e também Seul, 1988. Desde esta época o técnico tem no currículo outros tantos atletas na formação de base carioca.

Um deste atletas virou aprendiz. Felipe Quintella Bezerra começou a jogar vôlei no rival Flamengo. Na categoria juvenil migrou para as Laranjeiras e foi treinar com o ‘mito’ Girino, ingressou na faculdade de educação física e há dois anos integra as comissões técnicas do Fluminense.

“É a segunda vez que venho a Saquarema. É bem diferente esta categoria que conta com atletas experientes. Elas jogam vôlei há muito tempo, têm muito mas vivência no esporte e na vida. Na verdade, eu é que aprendo com elas,” destaca o ainda tímido treinador.

Felipe comanda muitas atletas que possuem idade para ser sua mãe. Ele diz que é difícil cobrar mais empenho delas, principalmente quando erram: “A gente conversa muito fora das quadras, tem um convívio bacana, de muito respeito. Aí na hora de gritar na quadra é difícil, mas elas entendem.

O aprendiz aproveita a oportunidade em Saquarema para o crescimento como treinador: “É uma experiência diferente para qualquer profissional. Porque até nos treinos nosso ritmo é outro. Nós como técnicos temos o mesmo papel tanto no mirim quanto no máster, mas é preciso dosar as ações para cada idade.”

Já o experiente Girino diz que o Vôlei Master é uma experiência incrível, tanto para os atletas, como também para os técnicos: “Só em ver essas atletas permanecerem jogando voleibol, cuidando da saúde, mantendo amizades, curtindo a vida, é um exemplo bacana demais. Aqui todo mundo quer ganhar, mas lá fora de quadra todo mundo dá risada, se abraça. Isso faz qualquer pessoa crescer.”

O Vôlei Master vai até o próximo sábado (17.11). Nesta terça-feira (13.11), acontecem as finais das categorias 35+, 45+ e 55+.

A competição movimenta a economia da cidade de Saquarema, na Região dos Lagos no litoral fluminense, que considera a competição como principal evento do calendário municipal. Uma equipe de aproximadamente 100 profissionais entre árbitros, delegados, prestadores de serviços e colaboradores da CBV trabalham para o sucesso do Vôlei Master 2018.

VEJA OS RESULTADOS DO VÔLEI DE PRAIA (DUPLAS)
http://www.aplicativoscbv.com.br/masterpd2/tabelad.asp

VEJA OS RESULTADOS DO VÔLEI DE PRAIA (QUARTETOS)
http://www.aplicativoscbv.com.br/masterpq2/tabelaq.asp

VEJA OS RESULTADOS DO VÔLEI DE QUADRA
http://www.aplicativoscbv.com.br/masternew/prgT5p.asp

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro