Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 15.06.2019
O time brasileiro Evandro e Bruno Schmidt (RJ/DF) superou neste sábado (15.06) adversários pelas oitavas e quartas de final da etapa quatro estrelas de Varsóvia (Polônia), no Circuito Mundial de vôlei de praia 2019. Com isso, a dupla garantiu presença na disputa da semifinal do torneio, o último antes da Copa do Mundo de vôlei de praia, que ocorre no final deste mês. Evandro e Bruno lideram a corrida olímpica brasileira rumo aos Jogos de Tóquio-2020.
A semifinal acontece neste domingo (16.06), às 6h15 (de Brasília), contra os russos Semenov e Leshukov. Os times já se enfrentaram uma vez na história, com vitória dos brasileiros, em etapa realizada no início do mês, na República Tcheca. Na outra semifinal, os noruegueses Mol e Sorum encaram os russos Krasilnikov/Stoyanovskiy por um lugar na final, que também acontece no domingo, em horário que ainda será divulgado.
Evandro comentou a vitória contra dois times fortes no caminho até a semifinal e a importância para que a dupla ganhe um padrão de jogo cada vez maior.
“Estamos buscando sempre fazer o torneio ser o mais longo possível, estender ao máximo nossa participação, pois nossa dupla está em construção, estamos adquirindo um formato tático. Vencer jogos contra grandes duplas, como os letões e os russos, é muito importante neste processo, mas sabemos que já ficou para trás. Esta bastante quente, temos que descansar e nos hidratar. Vamos manter a concentração, humildade, estudar o time russo e buscar apresentar nosso melhor”, declarou.
A dupla superou nas quartas de final os russos Liamin/Myskiv em uma verdadeira batalha em três sets, com parciais de 24/26, 26/24, 15/7, em 1h09, na partida mais longo do torneio até agora. Horas antes pelas oitavas de final, Evandro e Bruno superaram os letões Samoilovs e Smedins, bicampeões do Circuito Mundial em 2013 e 2014, também no tie-break, com parciais de 18/21, 21/18, 15/12, em 56 minutos de duração.
Evandro e Bruno Schmidt estão invictos até aqui em Varsóvia, com quatro vitórias em quatro jogos. A dupla já subiu ao pódio do Circuito Mundial em 2019, ficando com a prata na etapa quatro estrelas de Jinjiang, na China. Eles lideram a corrida olímpica brasileira, que define os dois times em cada gênero escolhidos para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos.
Outros dois times do país deram adeus ao torneio neste sábado. Alison e Álvaro Filho (ES/PB) começaram o dia superando os chilenos Esteban e Marco Grimalt nas oitavas de final, por 2 sets a 1 (19/21, 21/19, 15/12), em 51 minutos. Horas depois, acabaram caindo para os russos Krasilnikov/Stoyanovskiy por 2 sets a 0 (21/14, 21/16), em 38 minutos. O quinto lugar rende 480 pontos no ranking e uma premiação de cerca de R$ 24 mil ao time.
Pedro Solberg e Vitor Felipe (RJ/PB) foram superados uma rodada antes, nas oitavas de final do torneio em Varsóvia. Eles foram vencidos pelos noruegueses Anders Mol e Christian Sorum por 2 sets a 0 (21/15, 25/23), em 40 minutos, somando 400 pontos no ranking pela nona colocação e recebendo um prêmio de cerca de R$ 16 mil.
Varsóvia já recebeu três torneios no naipe feminino e um no naipe masculino pelo Circuito Mundial, o último deles em 2018. O Brasil conquistou cinco medalhas em Varsóvia, sendo uma de ouro, duas de prata e duas de bronze. As duplas campeãs em Varsóvia recebem 800 pontos no ranking do Circuito Mundial e uma premiação de cerca de R$ 80 mil.
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
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