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Estreantes revelam sonhos e desafios em primeira participação

Debutantes

20 de março de 2017

Alisson Silva, de Pernambuco, durante jogos do CBS

(Márcio Rodrigues/CBV)

Rodrigo Zelmanowicz, em Saquarema (RJ) – 20.03.2017

O Campeonato Brasileiro de Seleções (CBS) reúne jovens de 11 estados. Para participar, os jogadores devem estar dispostos a viver uma semana longe de casa, da família e de suas cidades. É uma oportunidade única para o início de uma carreira em construção.

Foi em busca do sonho de se tornar jogador que Alisson Silva saiu de Abreu e Lima, em Pernambuco, para encarar o nervosismo da primeira viagem de avião e vir jogar na sede da CBV em Saquarema, no Rio de Janeiro. Exceção em uma equipe com jogadores que já participaram de diversos torneios fora do estado, o jovem de 1,83m diz que não esperava encontrar tamanha estrutura para um campeonato de vôlei. Desde o final de 2014 jogando pelo Sport Clube de Recife, Alisson acabou cortado ano passado, mas esse ano finalmente foi convocado para a seleção Pernambucana.
“Eu quero aproveitar. Estamos confiantes e se Deus quiser a gente vai ser campeão”.

Apesar de já terem viajado de avião, Jullyanne Simões, 17, e Eduarda Santana, 15, são as estreantes da Seleção Sergipana. Fã de Giba, Eduarda diz que foi influenciada pela família a jogar vôlei e que só tinha participado de campeonatos escolares antes. Ela está impressionada com a estrutura da competição.

“É uma oportunidade muito boa estar aqui, o complexo é muito grande e é ótimo fazer novos amigos e conhecer pessoas de outros lugares.

Jullyanne diz que se espelha em Jaque Silva. Ela concilia os estudos noturnos com o esporte e acha que teve seu esforço recompensado.

“Eu estudo a noite e hoje consegui viajar para fora do meu estado com o vôlei”

Outro jogador que faz sua estreia na CBS é Ayalla de Souza. Com 17 anos, ele deixou sua orgulhosa família em Belém, no interior da Paraíba. Apesar da saudade por causa da distância e do tempo fora de casa, o jovem diz que está muito satisfeito com a oportunidade de jogar em quadras onde pisaram jogadores como Lucarelli, que tem como ídolo.

“Era um sonho para mim jogar aqui e representar a seleção do meu estado. Eu só ficava imaginando como seriam as quadras. Esse lugar é de outro mundo e eu batalhei muito para chegar até aqui”.

A unanimidade entre os estreantes é o friozinho na barriga antes dos jogos. Mas o entrosamento é rápido no centro de treinamento. Os mais experientes acolhem os novatos com o objetivo de conseguir bons resultados no Campeonato Brasileiro de Seleções. E assim nascem as novas revelações do nosso voleibol.