Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 15.07.2019
O próximo desafio das duplas brasileiras no Circuito Mundial de vôlei de praia 2019 acontece já nesta semana, de terça-feira (16.07) a domingo (21.07), em Portugal. Poucos dias depois de subir três vezes ao pódio do Major Series de Gstaad (Suíça) – prata e bronze no feminino, e bronze no masculino – os times do país encaram agora a etapa quatro estrelas de Espinho, que conta pontos à corrida olímpica brasileira.
O Brasil pode ser representado por até nove duplas em Espinho, somando os dois gêneros. No naipe feminino já estão garantidas Ágatha/Duda (PR/SE), Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) e Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ), mais bem colocadas no ranking de entradas, partindo da fase de grupos, que começa na quinta-feira (18.07).
Já Carol Solberg/Maria Elisa (RJ) e Talita/Taiana (AL/CE) disputam entre si o country quota nesta terça-feira (16.07). Quem vencer terá o direito de disputar no dia seguinte o classificatório (qualification) jogando uma rodada eliminatória para conquistar as vagas. Carol Solberg, que no último domingo conquistou a prata no Major Series de Gstaad, evento cinco estrelas, comentou a mudança de foco já pensando na disputa do country quota.
“Ficamos felizes com a prata, é importante voltar ao pódio, sentir que podemos alcançar os objetivos traçados, mas temos a disputa do country quota em dois dias, já nesta terça-feira. É fundamental mantermos nossa mente forte. Não temos tempo para comemorar muito, já temos que nos concentrar novamente no próximo passo, estarmos preparadas para os desafios em Espinho”, disse.
No naipe masculino, Alison/Álvaro Filho (ES/PB), André Stein/George (ES/PB), Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF) e Pedro Solberg/Vitor Felipe (RJ/PB) partem da fase de grupos, a partir de sexta-feira (19.07), enquanto Guto e Saymon (RJ/MS), disputam o classificatório na quinta-feira (18.07) em busca de uma vaga na fase de grupos.
O carioca Guto relembrou a prata conquistada na etapa de Espinho em 2018, quando disputou o torneio ao lado do campeão olímpico Ricardo. Agora, junto do parceiro Saymon, ele espera manter a evolução da dupla após um quinto lugar no Major Series de Gstaad, retomando a presença no tour internacional.
“É sempre muito empolgante voltar aos lugares onde tivemos excelentes resultados. Lembrar do pódio que fiz aqui ano passado e sentir o quanto sou querido, com certeza traz uma energia extra para levar para dentro de quadra. Estamos embalados pelo bom resultado que fizemos em Gstaad, e dentro dos nossos objetivos, foi só o primeiro passo. Passamos por um período de teste intenso para nossas cabeças, com resultados aquém do esperado e do que sabíamos que éramos capazes. Não abaixamos a cabeça, continuamos trabalhando e conseguimos conquistar mais confiança na última etapa. Estamos muito focados para alcançarmos mais um pódio aqui e comemorar muito com os brasileiros, portugueses e todos os fãs ao redor do mundo que sempre nos enviam energia positiva”, declarou.
A fase de grupos é composta por 32 times em cada naipe, divididos em oito chaves com quatro. Após a primeira fase, os primeiros colocados vão direto às oitavas de final, enquanto segundos e terceiros de cada grupo disputam uma rodada eliminatória anterior, da repescagem (Round 1). O torneio segue em formato eliminatório com oitavas, quartas, semifinais e disputas de bronze e ouro.
A competição em Espinho rende cerca de R$ 75 mil para os campeões dos naipes masculino e feminino. Ao todo, o torneio distribui cerca de R$ 1,1 milhão em premiação aos atletas, além de oferecer pontuação alta para o ranking internacional – 800 para os times vencedores (mesmo número para a corrida olímpica brasileira). Espinho recebe uma etapa pela 16ª vez no torneio masculino, e pela 11ª no torneio feminino.
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente, divulgado no início da temporada. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro