Ricardo Lucarelli disputou o Campeonato Mundial pela primeira vez em 2014. Começava a despontar como um dos novos talentos do vôlei nacional e, com 22 anos, foi um dos destaques da campanha que terminou com a medalha de prata. Quatro anos depois, uma lesão no tendão de Aquiles da perna direita deixou o ponteiro fora da edição de 2018 da competição. Agora, aos 30 anos, Lucarelli está de volta. E é referência na equipe de Renan Dal Zotto que enfrenta o Catar nesta terça-feira (30.08), às 6h (de Brasília), pela última rodada da fase classificatória. O Brasil entra em quadra já classificado para as oitavas de final, após vitórias sobre Cuba e Japão.
“Hoje eu me sinto mais seguro, mais experiente. Foram oito anos desde o meu primeiro Mundial. Mas ainda lembro muito bem como foi em 2014. O grupo era formado por atletas com grande experiência. Em vários momentos de pressão durante os jogos, fui bem acolhido. Agora, mais velho, me sinto pronto para exercer essa função de apoiar os mais jovens. Temos aqui jovens talentos com cabeça e ouvidos bem abertos. É uma troca muito boa”, diz Lucarelli, campeão olímpico nos Jogos Rio 2016.
Para Lucarelli, a ausência em 2018 e o fato de não ter o título do Mundial no currículo são combustível extra para a competição. “O Mundial só fica atrás dos Jogos Olímpicos em importância. Não participei em 2018 por conta da lesão. Fiquei triste, mas não guardo mágoas. O que quero é ajudar a equipe a seguir adiante”, diz Lucarelli.
Catar antes das oitavas
O assistente técnico Carlos Schwanke conhece bem o último adversário do Brasil na primeira fase do Mundial. Nas últimas seis temporadas, ele trabalhou no voleibol do país asiático. “Fiquei seis anos na Liga do Catar em um total de 10 no Oriente Médio. O Catar é um país emergente no voleibol, tem conquistado resultados importantes na região da Ásia, o que o qualificou para a disputa deste Mundial. Eles lutam por cada ponto de cada set. Temos que entrar firmes e o saque precisa funcionar bem. Eles têm alguns jogadores mais velhos e a questão física pode pesar um pouco neste terceiro jogo na competição”, avalia Schwanke.
Renan Dal Zotto quer o time com a mesma postura das partidas anteriores. “Estamos preparando o nosso jogo contra o Catar do mesmo modo que nos preparamos para os confrontos contra Cuba e Japão. Avaliamos bastante as características de cada jogador adversário, os pontos fortes e fracos. É uma equipe menos conhecida, mas o Schwanke conhece bem todos os jogadores que estão lá. A experiência dessa passagem dele pelo voleibol do Catar vai nos ajudar muito. Temos que entrar com a mesma disposição das partidas anteriores. Cada set será importante para a classificação geral”, diz o técnico brasileiro.
Para a disputa do Campeonato Mundial, o técnico Renan convocou os levantadores Bruninho e Fernando Cachopa; os opostos Darlan, Felipe Roque e Wallace; os centrais Flávio, Leandro Aracaju e Lucão; os ponteiros Adriano, Leal, Lucarelli e Rodriguinho; e os líberos Maique e Thales.
CAMPEONATO MUNDIAL – PRIMEIRA FASE
26.08 – BRASIL 3 x 2 Cuba (31/33, 21/25, 25/16, 25/17 e 18/16)
28.08 – BRASIL 3 x 0 Japão (25/21, 25/18 e 25/16)
30.08 – BRASIL x Catar, às 6h – sportv 2
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