Depois de 15 anos, São Paulo e Paraná saem do grupo de risco para a final do CBS

Grupo da Sorte

11 de março de 2016

De Saquarema, (10.03)
Se no inicio do Campeonato Brasileiro de Seleções Infantojuvenil Masculino – Divisão Especial havia um grupo chamado da ‘morte’, nesta quinta-feira (10.03) os integrantes daquela Chave A fizeram virar o ‘grupo da sorte’. Nos jogos decisivos nos confrontos semifinais e também nos que definiam o rebaixamento, as quatro equipes da Chave A venceram: São Paulo e Paraná decidem o título e Minas Gerais e Santa Catarina se livraram da 1ª Divisão.
São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina protagonizaram os melhores jogos na fase classificatória. Nas três rodadas, sempre dois jogos de altíssimo nível técnico e a definição do grupo apenas no último jogo entre Paraná e Santa Catarina. Tradicionais escolas do voleibol brasileiro, as quatro seleções enfrentariam oponentes da Chave B, como previa o regulamento. Jogos de semifinais, com as duas melhores campanhas, e jogos do descenso, com as duas piores campanhas.

SEMIFINAIS
São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul só haviam estado entre os semifinalistas uma única vez nas últimas 21 edições de Campeonatos Brasileiros de Seleções, na categoria Infantojuvenil masculino. E justamente na mais antiga edição deste período, em 1995, o Rio Grande do Sul conquistou o título, com o Rio de Janeiro em segundo lugar. O resultado de 2016 se opôs à história. Alijados da final em 1995, São Paulo e Paraná decidem o título neste ano.
São Paulo conquistou a vaga em um jogo mais tranquilo. Os paulistas aproveitaram a estatura da equipe para vencer o Rio Grande do Sul por 3 sets a 0 (25/22, 25/23 e 25/21). Apesar do jogo terminar em 1h34, as parciais próximas demonstraram que o equilíbrio dos sets.
Paraná e Rio de Janeiro protagonizaram o melhor jogo do Campeonato. Um duelo com grande rivalidade, que há muitos anos só fora comemorado pelos cariocas. Decididos a mudar o fim da história, no primeiro set o Paraná foi logo abrindo vantagem (10/5). Aproveitando a regularidade do levantador Rhendrick, os paranaense foram para o tempo técnico na frente (16/11). A diferença de cinco pontos foi pouco a pouco diminuindo com bela atuação do oposto Pedro. Os cariocas só empataram o jogo em 22/22, salvaram dois sets points do Paraná, mas não impediram a vitória dos paranaense por 26/24.
Mordidos pela derrota no set anterior, os cariocas vieram focados a vencer o segundo set. Abriram logo 4/1, e aos poucos foram aumentando a vantagem (17/12), mas permitiram o Paraná diminuir para 17/15. Com placar de 20/18 o técnico carioca Walner Santos pediu tempo e orientou a equipe. Surtiu efeito. O Rio de Janeiro fez uma sequência de pontos e fechou em 25/18.
O terceiro set foi equilibrado do início ao fim. O Paraná até abriu 10/7, mas logo o Rio virou para 11/10. O Paraná novamente abriu três pontos (22/19), e a igualdade técnica das equipes logo ficava evidente com o empate em 22/22. O Paraná chegou primeiro aos 24 pontos e teve a chance de fechar o set (24/23), depois com 25/24. O Rio virou para 26/25, mas levou dois pontos seguidos e deu a chance ao Paraná com 27/26. Um set que parecia ter um roteiro, o Rio de Janeiro virou para 28/27, o Paraná virou para 29/28, manteve a chance de fechar com 30/29, e depois de 40 minutos, fechou o set em 32 a 30, fazendo 2 sets a 1 no jogo.
A maratona de rallys com adrenalina alta não cessou. No quarto set, o Rio de Janeiro abriu 11/8, o Paraná buscou o empate em 13/13, e as seleções caminhavam para a parte final do set semelhante ao set anterior. O Paraná liderava o placar com 19/18, mas o Rio de Janeiro tomou a dianteira com 20/19, depois abriu 23/20, teve a chance de fechar em 24/21, mas só encerrou o set em 25/22, levando a decisão para o tie-break.
A essa altura mais de 2h20 de partida, mas o voleibol apresentado pelas equipes foi ainda melhor no quinto set. Nenhuma equipe abriu vantagem maior que a mínima, mas o Rio de Janeiro liderava, e trocou de quadra na frente 8/7 e abriu 9/7 que, no set, era a diferença necessária para vencer. Encaixando três bolas com o ponteiro Gustavo, o Paraná virou para 10/9, mas tinha o Rio de Janeiro no encalço, levando o jogo empatado até 12/12. O Paraná abriu 14/12, teve duas chances de fechar o jogo mas desperdiçou com o ponteiro Alan. O fantasma carioca voltou a assombrar os paranaenses. A seleção do Rio de Janeiro buscou o placar, empatou em 14/14 e mostrou porque é uma das maiores forças do voleibol brasileiro. Em mais um show de distribuição do levantador Rhendrick o Paraná abriu 15/14 e fechou o jogo em 16/14, vencendo por 3 sets a 2, em mais de 2h40 de partida.
Ao final da partida o técnico da seleção do Paraná, Ronei Cucio, destacou a superação da equipes no campeonato: ‘Se puder resumir a trajetória da equipe até aqui em uma palavra, certamente seria superação. Saímos de um grupo difícil, passamos hoje por uma verdadeira batalha contra o Rio de Janeiro. Se o passado é superação, o futuro, o jogo final é resumido como desafio. Se esses meninos vencerem amanhã, certamente será um feito para ser comemorado e lembrado por muito tempo’, destacou o paranaense.
São Paulo e Paraná reeditam a final entre as duas seleções de 2001, vencida pelos paulistas, na única final entre as duas equipes. Os paulistas são os maiores vencedores deste período. São 10 títulos conquistados em 12 finais disputadas (96, 97, 00, 01, 03, 04, 10, 11, 14 e 15). Nos dois últimos anos São Paulo foi o campeão vencendo o Rio de Janeiro na final. A seleção do Paraná possui apenas um título, conquistado em 2008, e esteve em apenas quatro finais.
A final entre São Paulo e Paraná acontece às 14h30 e tem transmissão ao vivo pela CBVTV. Antes, às 12h30 tem a decisão do terceiro lugar entre Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

DECISÃO DE 5º A 8º
Nos jogos que decidiam a permanência na elite do voleibol brasileiro, os componentes da ‘chave da morte’ venceram os chamados ‘jogos da morte’. Santa Catarina e Minas Gerais tiveram dificuldades, mas superaram Distrito Federal e Mato Grosso, respectivamente.
Santa Catarina jogam às 13h00. Minas Gerais venceu Mato Grosso por 3 sets a 2 (25/17, 15/25, 16/25, 25/19 e 15/4) em 2h10. Santa Catarina manteve a trajetória de sempre vencer o primeiro set e perder o segundo. Mas desta vez venceu o jogo por 3 sets a 1 contra o Distrito Federal (25/22, 14/25, 25/19 e 25/23) em 2h04.
Santa Catarina e Minas Gerais asseguraram também vaga na Taça Sami Melinski, na categoria infantil, que será realizada no segundo semestre de 2016, além de se manterem na Divisão Especial em 2017. Distrito Federal e Mato Grosso, vão disputar a 1ª Divisão do CBS em 2017, dando lugar à Pará e Mato Grosso do Sul, que ascenderam nesta quinta-feira (10.03)
Nesta sexta-feira (11.03), Santa Catarina e Minas Gerais decidem o quinto lugar às 10h00, mesmo horário da decisão do sétimo lugar entre Distrito Federal e Mato Grosso.

 

FORMATO DE DISPUTA
Na Divisão Especial oito seleções participantes formam duas chaves e jogam entre si, as duas melhores campanhas avançam para as semifinais, as demais disputam de 5º a 8º lugar. As duas piores campanhas caem para a 1ª Divisão em 2017. As seis melhores campanhas, além da manutenção na elite, garantem vaga para a Taça Sami Melinski na categoria infantil, que será realizada no segundo semestre.

CHAVES
Chave A:. São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina
Chave B: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso.

TABELA
PRIMEIRA RODADA (segunda-feira – 07.03)
Jogo 01 – São Paulo 3×1 Santa Catarina, (19/25, 25/15, 25/23 e 25/19) em 2h04
Jogo 02 – Minas Gerais 2×3 Paraná, (19/25, 22/25, 25/19, 23/25 e 11/15) em 2h27
Jogo 03 – Rio de Janeiro 3×0 Mato Grosso, (25/20, 25/13 e 25/18) em 1h24
Jogo 04 – Rio Grande do Sul 3×1 Distrito Federal, (25/22, 23/25, 25/19 e 25/22) em 2h06

SEGUNDA RODADA (terça-feira – 08.03)
Jogo 05 – São Paulo 3×1 Paraná, (25/22, 19/25, 25/19 e 25/20) em 1h51
Jogo 06 – Minas Gerais 3×2 Santa Catarina, (26/28, 25/16, 26/28, 25/22 e 17/15) em 2h46
Jogo 07 – Rio de Janeiro 3×0 Distrito Federal, (27/25, 25/19 e 25/17) em 1h34
Jogo 08 – Rio Grande do Sul 1×3 Mato Grosso, (25/20, 23/25, 20/25 e 22/25) em 2h05

TERCEIRA RODADA (quarta-feira – 09.03)
Jogo 09 – São Paulo 3×2 Minas Gerais, (33/31, 21/25, 20/25, 25/13 e 15/13) em 2h20
Jogo 10 – Paraná 3×1 Santa Catarina, (22/25, 25/13, 25/19 e 25/20) em 1h49
Jogo 11 – Rio de Janeiro 3×2 Rio Grande do Sul, (25/22, 25/23, 20/25, 23/25 e 15/13) em 2h26
Jogo 12 – Distrito Federal 3×1 Mato Grosso, (25/19, 26/24, 17/25 e 25/15) em 1h44

QUARTA RODADA (quinta-feira – 10.03)
DISPUTA DE 5º A 8º LUGAR
Jogo 13 – Distrito Federal 1×3 Santa Catarina, (22/25, 25/14, 19/25 e 23/25) em 2h04
Jogo 14 – Minas Gerais 3×2 Mato Grosso, (25/17, 15/25, 16/25, 25/19 e 15/4) em 2h10
SEMIFINAIS
Jogo 15 – São Paulo 3×0 Rio Grande do Sul, (25/22, 25/23 e 25/21) em 1h34
Jogo 16 – Rio de Janeiro 2×3 Paraná, (24/26, 25/18, 30/32, 25/22 e 14/16) em 2h42

QUINTA RODADA (sexta-feira – 11.03)
DISPUTA DE 7º LUGAR
Jogo 17 Distrito Federal x Mato Grosso, às 10h00
DISPUTA DE 5º LUGAR
Jogo 18 Santa Catarina x Minas Gerais, às 10h00
DISPUTA DE 3º LUGAR
Jogo 19 Rio Grande do Sul x Rio de Janeiro, às 12h30 – CBVTV
FINAL
Jogo 20 São Paulo x Paraná, às 14h30 – CBVTV

 

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