Não é segredo para ninguém que para ser atleta profissional é preciso ter talento. No caso de alguns jogadores de voleibol há também outros talentos fora das quadras que são dignos de nota… musical! Em iniciativa da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) durante a pandemia da COVID-19, que suspendeu as competições esportivas em todo o mundo, representantes da quadra e da praia tiveram a chance de mostrar os dotes musicais em duas edições do programa Vôlei em Casa, com os episódios Craque Musical I e II.
Ao longo de pouco mais de dois meses a CBV promoveu a primeira temporada do Vôlei em Casa, que, em 14 episódios, reuniu grandes nomes do voleibol para relembrar momentos importantes na história do esporte, discutir cuidados com o retorno, além de mostrar o talento musical de alguns craques. O projeto foi transmitido ao vivo pelo canal da entidade no YouTube, e comandado pelo jornalista Bruno Laurence. Na abertura e no encerramento o tema foi a música, com a presença de oito nomes do voleibol brasileiro. E, além do entretenimento do público, que pôde ver uma outra faceta dos ídolos, os próprios participantes aproveitaram a oportunidade para formar parcerias e – por que não? – “tietar” mesmo.
Um dos participantes que mais angariou novos fãs ao mostrar as habilidades com a voz e o violão foi Rhendrick, levantador do Sada Cruzeiro (MG). O jovem jogador do time mineiro foi influenciado pelo pai na paixão pela música e domina diversos instrumentos.
“A minha influência vem do meu pai, que sempre tocou em banda, em trio elétrico. Então eu e meus irmãos aprendemos aos poucos com ele, fomos criados no meio disso tudo. Desde criança queríamos pegar o violão e o cavaquinho, foi algo meio natural. Eu me identifico mais com o violão, mas sei um pouco de cavaco e guitarra entre os instrumentos de corda. Como minha família é pagodeira, eu também conheço uns de percussão também”, contou Rhendrick.
ASSISTA AO PRIMEIRO EPISÓDIO DO CRAQUE MUSICAL
O desempenho de Rhendrick no primeiro episódio rendeu convite para uma segunda participação e elogios do campeão olímpico de vôlei de praia Bruno Schmidt, que também esteve em ambos programas.
“Fiquei muito impressionado com o talento do Rhendrick, muito bom na voz e no violão, deu gosto de ver, ficou muito agradável de ouvir, uma grande revelação para mim. Ter participado do ‘Craque Musical’ foi muito legal, adorei a ideia. Foi uma oportunidade de me reunir com amigos do voleibol e descontrair em pouco mais de uma hora e meia. Foi uma das coisas mais divertidas que fiz nesta quarentena”, disse Bruno Schmidt, que, no Craque Musical, apresentou suas habilidades com o saxofone.
Outra a aparecer em dose dupla no Craque Musical, a ponteira Ellen, hoje no Kale 1957, da Turquia, mostrou o que sabe com o violão e com o teclado. A atleta iniciou na música por meio da participação de grupos na igreja, e hoje faz sucesso entre as companheiras nas equipes por onde passa.
“Eu comecei na música dentro da igreja. Esse meio gospel incentiva muito sobre tocar instrumentos e cantar, então, desde bem nova me interessei demais. Na música eu encontro um lugar de paz. É um tipo de terapia. Então, entre um treino e outro, a música está sempre presente. As meninas dos times que eu defendo acabam descobrindo e passam a pedir para eu cantar”, revelou Ellen.
ASSISTA AO SEGUNDO EPISÓDIO DO CRAQUE MUSICAL
A participação nas duas edições do Craque Musical serviu para aproximar os três atletas que, até então, ainda não tinham tido oportunidade de se falar, o que conseguiram fazer por meio da música.
“Fiquei muito feliz por ter participado deste programa e dividir o espaço com campeões olímpicos de quadra e praia. Fiquei contente pelo carinho com que me trataram. Também foi muito legal receber elogios do Bruno Schmidt. Ele toca muito bem o sax, se diverte, dá para ver que ele ama fazer isso. Eu fiquei muito agradecido por ter participado, não vejo a hora de participar de mais um”, declarou Rhendrick.
O primeiro episódio do Craque Musical, que abriu a temporada do ‘Vôlei em Casa’, foi ao ar no dia 1º de junho, e contou com Bruno Schmit, Rhendrick, Ellen Braga, a campeã olímpica Paula Pequeno, a central do Itambé/Minas, Carol Gattaz, e Tainá, atleta do vôlei de praia. O bis aconteceu no dia 17 de julho, e, além do trio já mencionado, teve a participação do central Brunão, nos teclados e a central Mari Aquino, cantando à capela.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro