A chance de conquistar a medalha de ouro na competição mais importante da temporada e, de quebra, garantir o Brasil no torneio de vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. É com essa missão que nove duplas brasileiras desembarcam no México para disputar, a partir desta sexta-feira (6.10), a Copa do Mundo 2023. Três foram medalhistas da edição do ano passado do evento: Duda/Ana Patrícia (ouro), Vitor Felipe/Renato (prata) e André/George (bronze). Além deles, brigam pelo título Bárbara Seixas/Carol Solberg, Andressa/Vitória, Tainá/Vic, Ágatha/Rebecca, Evandro/Arthur Lanci e Pedro Solberg/Guto.
As vagas olímpicas conquistadas pelo Brasil serão preenchidas pelas duas duplas mais bem classificadas pelo ranking olímpico brasileiro, no dia 10 de junho de 2024. Para chegarem até o desafio mexicano, que dá 1.600 pontos ao campeão da Copa do Mundo, o caminho das duplas brasileiras não foi fácil, com muito treino, viagens e preparação física.
“A Copa do Mundo é a competição mais importante deste ano, uma prévia dos Jogos de Paris. O Brasil chega à competição com duplas de muita qualidade e bem preparadas. É uma competição que vale uma vaga olímpica em cada gênero, por isso a CBV acompanhou de perto as duplas com possibilidade de classificação. A comissão técnica permanente, comandada pelo técnico campeão olímpico Leandro Brachola, esteve presente nas etapas do Circuito Mundial. Demos apoio logístico, com passagens, hospedagem e alimentação para jogadores e técnicos dentro dos critérios estabelecidos nesta temporada, além de abrir o Centro de Treinamento de Saquarema para a preparação das duplas. É um trabalho contínuo até os Jogos e a Copa do Mundo é uma etapa importante dessa caminhada”, avalia Guilherme Marques, gerente de vôlei de praia da CBV.
Criada pela CBV em março de 2022, a comissão técnica permanente do vôlei de praia tem como supervisor técnico Leandro Brachola, medalha de ouro no Rio 2016 com Alison/Bruno Schmidt, que esteve presente em 10 etapas do Circuito Mundial. Completam o time o fisiologista Hélvio Afonso, os fisioterapeutas Eduardo Ruhling e Vinícius Marques, o analista de desempenho Adriano Roza e o assistente Tiago Costa. O trabalho é feito em parceria com as duplas e suas comissões técnicas ao longo da temporada. “Temos um banco de dados com análises das principais duplas do mundo, com quase 1700 jogos analisados. São quase 700 horas de material em vídeo, além de relatórios de cada equipe com 45 páginas em média”, explica Brachola. “Disponibilizamos os relatórios, o apoio dos fisioterapeutas, trocamos informações e experiências. O diálogo com todos os envolvidos é fundamental. As equipes classificadas para a Copa do Mundo mostraram evoluções e são muito competitivas’.
Uma das duplas brasileiras mais experientes na competição é formada por Bárbara Seixas, prata no Rio 2016, e Carol Solberg, que vai para sua oitava Copa do Mundo. A parceria de três anos tem como treinadora Letícia Pessoa, prata com Adriana Behar/Shelda (Sydney 2000 e Atenas 2004) e Alison/Emanuel (Londres 2012). “Estamos sempre em contato com a comissão técnica permanente da CBV. Essa estrutura é muito importante, especialmente a presença dos fisioterapeutas. A Copa do Mundo é a competição mais importante do ano e, além das duplas brasileiras, temos times muito fortes dos Estados Unidos e da Alemanha. Nosso foco é a classificação olímpica e a disputa da Copa do Mundo é fundamental neste caminho. Nossa equipe é muito experiente, mas este é apenas um dos fatores que podem decidir uma partida”, destaca Letícia Pessoa.
A Copa do Mundo de vôlei de praia reúne 48 duplas de cada gênero. Na primeira fase, foram divididas em 12 grupos de quatro times que jogam entre si na primeira fase. Os dois primeiros de cada grupo e os quatro melhores terceiros avançam direto para a fase eliminatória. Os outro oito terceiros colocados jogam a repescagem que classificará os vencedores dos jogos para a etapa seguinte. A partir dessa fase, todos os jogos são eliminatórios até a decisão.
TABELA DOS BRASILEIROS NA FASE DE GRUPOS
Horário de Brasília
6/10 (SEXTA-FEIRA)
Grupo D – 18h30 – André/George x Jawo/Koita (Gâmbia) – Tlaxcala
Grupo C – 19h30 – Ágatha/Rebecca x Ittliger/Borger (Alemanha) – Apizaco
Grupo F – 19h30 – Carol Solberg/Bárbara Seixas x Nnoruga/Franco (Nigéria) Tlaxcala
Grupo I – 23h – Evandro/Arthur Lanci x Galindo/Aguirre (México) – Apizaco
7/10 (SÁBADO)
Grupo L – 0h – Vitor Felipe/Renato x Schachter/Dearing (Canadá) – Huamantla
Grupo A – 13h – Duda/Ana Patrícia x Rivas Zapata/Chris (Chile) – Huamantla
Grupo B – 17h30 – Andressa/Vitória x Paulikiene/Raupelyte (Lituânia) – Huamantla
Grupo K – 17h30 – Tainá/Vic x J. Dong/Wang (China) – Tlaxcala
Grupo G – 17h30 – Pedro Solberg/Guto x Ha Likejiang/Wu Jiaxin (China) – Apizaco
Grupo D – 19h30 – André/George x Popov/Reznik (Ucrânia) – Tlaxcala
Grupo F – 22h – Carol Solberg/Bárbara Seixas x Ishii/Mizoe (Japão) – Tlaxcala
Grupo C – 23h – Ágatha/Rebecca x Albarran/Vidaurrazaga (México) – Apizaco
8/10 (DOMINGO0
Grupo A – 14h – Duda/Ana Patrícia x Ahtiainen/Lahti (Finlândia) – Huamantla
Grupo G – 14h – Pedro Solberg/Guto x Banco/Garcia (Guatemala) – Apizaco
Grupo I – 15h – Evandro/Arthur Lanci x Alayo/Diaz (Cuba) – Apizaco
Grupo K – 17h30 – Tainá/Vic x Alix/Harward (EUA) – Tlaxcala
Grupo B – 22h – Andressa/Vitória x Akiko/Yurika (Japão) – Huamantla
9/10 (SEGUNDA-FEIRA)
Grupo L – 0h – Vitor Felipe/Renato x Abicha/El Azhari (Marrocos) – Huamantla
Grupo D – 0h – André/George x Trevor Crabb/Brunner (EUA) – Tlaxcala
Grupo A – 14h – Duda/Ana Patrícia x Placette/Richard (França) – Huamantla
Grupo F – 14h – Carol Solberg/Bárbara Seixas x Ludwig/Lippmann (Alemanha) – Tlaxcala
Grupo I – 14h – Evandro/Arthur Lanci x Perusic/Schwiner (República Tcheca) – Apizaco
Grupo G – 15h – Pedro Solberg/Guto x Cheri/Ahmed (Catar) – Apizaco
Grupo B – 17h30 – Andressa/Vitória x Nuss/Kloth (EUA) – Huamantla
Grupo L – 23h – Vitor Felipe/Renato x Sarabia/Virgen (México) – Huamantla
10.10 (TERÇA-FEIRA)
Grupo C – 0h – Ágatha/Rebecca x Hughes/Cheng (EUA) – Apizaco
Grupo K – 0h – Tainá/Vic x Müller/Tillmann (Alemanha) – Tlaxcala
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