Confederação Brasileira de Voleibol inaugura sede própria no Rio de Janeiro

Vôlei brasileiro de casa nova

4 de abril de 2023

Evento foi realizado após a Assembleia Geral Ordinária da entidade, no Rio de Janeiro

(Dhavid Normando/FVImagem/CBV)

Vídeo da nova sede da CBV 

Fotos do evento de inauguração da nova sede da CBV 

O vôlei brasileiro ganhou uma nova casa. Uma sede própria, colorida, funcional. Um lugar para recordar e celebrar a vitoriosa história dos craques da quadra e da praia. E para planejar o futuro que virá, de forma transparente, responsável e inclusiva. Localizada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a nova sede da Confederação Brasileira de Voleibol foi inaugurada nesta terça-feira (4/4). Antes do evento, foi realizada a Assembleia Geral Ordinária da entidade, em um hotel no mesmo bairro.

“Garantir que a CBV tenha sua sede própria foi uma grande conquista da gestão do presidente Toroca. Uma decisão que desonera nossa folha mensal e que pode ser tomada graças a uma gestão responsável. Será um espaço de inclusão, conversa e muito trabalho. Que relembra a história vitoriosa do vôlei brasileiro e estará sempre aberta a atletas, técnicos, integrantes das Federações, árbitros e todos aqueles que fazem parte do mundo do voleibol”, diz Radamés Lattari, presidente em exercício da CBV.

Na nova sede, se destaca um mosaico que relembra todas as participações olímpicas do vôlei de quadra e de praia, e títulos mundiais de base. Também foram homenageados os técnicos olímpicos e os brasileiros que integram o Hall da Fama do Voleibol. Conforme aprovado na Assembleia Geral Ordinária, com apenas duas abstenções, a nova sede receberá o nome do presidente Walter Pitombo Laranjeira, o Toroca.

Estiveram presentes no evento de inauguração nomes como os atletas olímpicos Bernard Rajzman, Ana Richa, Bárbara Seixas, Fernandão, Rebecca, Paula Hernandez, Lenice e Maria Elisa; o técnico da seleção brasileira masculina, Renan Dal Zotto, e os técnicos medalhistas olímpicos Wantuil Coelho e Letícia Pessoa; o ex-presidente do COB e da CBV, Carlos Arthur Nuzman; o diretor geral do COB, Rogério Sampaio; o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani; o senador Carlos Portinho; o deputado federal Felipe Carreras, presidentes de Federações; e jornalistas.

CBV realiza a AGO 2023 no Rio de Janeiro

  • Contas de 2022 aprovadas
  • Eleição de um Conselho Fiscal com um terço das vagas ocupadas por mulheres
  • Modernização do Código de Conduta e Ética
  • Criação de um Conselho de Ética totalmente independente
  • Modernização na redação do estatuto, sem mudança em relação aos procedimentos que já eram adotados

Nesta terça-feira também foi realizada a Assembleia Geral Ordinária de 2023 da CBV, reunindo representantes das 27 Federações do vôlei nacional, representantes das Comissões de Atletas de quadra e de praia, e representantes dos clubes. Na ocasião, a CBV elegeu, pela primeira vez na história, um Conselho Fiscal com um terço de mulheres em sua composição.

Todos os documentos apresentados na reunião foram enviados aos participantes entre os dias 3 e 20 de março. “A CBV preza por uma gestão transparente e de diálogo. Toda a documentação oficial e os temas que seriam discutidos na AGO foram enviados com antecedência aos participantes, para que todos pudessem ter amplo conhecimento. Essa iniciativa torna o debate mais produtivo e permite que os presidentes das Federações possam tirar dúvidas antes mesmo da realização da reunião”, explica Radamés Lattari, que apresentou o relatório das atividades da entidade em 2022.

A Diretora Administrativa Financeira, Luciana de Oliveira, apresentou o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do período e o documento foi aprovado com apenas uma abstenção.

O novo Conselho Fiscal da CBV, órgão independente com funções de consulta, fiscalização e assessoramento, foi eleito na AGO por unanimidade. Pela primeira vez na história, a CBV exigiu em regimento que as chapas inscritas tivessem um terço de mulheres em sua composição.

A atual administração da CBV também propôs que o Código de Conduta e o Código de Ética da entidade se tornassem um só documento, mais moderno e com olhar mais abrangente sobre pautas atuais. O documento foi criado dentro de um programa de complience, com ações institucionais para a prevenção, detecção e punição de fraudes e atos de corrupção. Assim, a CBV mantém suas ações em conformidade com as leis, e dissemina uma cultura de integridade e valorização de comportamentos éticos.

Será criado um Canal de Denúncias disponível 24 horas por dia pelo site da CBV e por telefone. O Comitê de Ética passa a ser um órgão totalmente independente, composto por cinco integrantes, sendo ao menos duas mulheres. Nenhum integrante poderá ter vínculo esportivo ou econômico com a CBV nos dois anos anteriores a sua entrada no grupo. A proposta foi aprovada por unanimidade.

Foram também sugeridas propostas para modernização e melhor entendimento do Estatuto da CBV, com foco na modernização, na adequação à legislação vigente e no atendimento às exigências do programa GET/COB e às melhores práticas de governança. O item que versa sobre o caso de vacância do cargo de presidente passa a deixar claro que cabe ao vice-presidente eleito pela Assembleia substituir o presidente em impedimentos e licenças e, no caso de vacância permanente do cargo, assumir a presidência em caráter efetivo até o final do mandato. Não houve qualquer mudança em relação aos procedimentos que já eram adotados pela CBV, apenas a ajustes da redação do artigo, que evita dubiedade e interpretações múltiplas. Outro ponto importante foi a inserção do Comitê de Ética entre os poderes da CBV. A proposta foi aprovada com 22 votos a favor, nove contra e duas abstenções.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro