Durante muitos anos, a torcida brasileira se acostumou a vibrar com Ricardo e suas conquistas nas quadras de vôlei de praia, que incluem três medalhas olímpicas: ouro em Atenas 2004, prata em Sydney 2000 e bronze em Pequim 2008. Nesta semana, depois de pouco mais de dois anos, ele voltou a competir no Brasil, mas agora em função diferente. Na etapa Challenge de Itapema do Circuito Mundial, o baiano estreou como técnico da dupla Evandro/Álvaro Filho, atual campeã do Circuito Brasileiro. Neste sábado, em Itapema, serão disputadas as oitavas e as quartas de final da competição. As partidas decisivas serão no domingo, com transmissão do sportv. A entrada na arena montada na Meia Praia é gratuita.
“A energia é incrível. Poder voltar e vivenciar tudo que tive durante mais de 25 anos é mágico. É como se eu estivesse voltando a competir, mas agora como um atleta diferente, um atleta fora da quadra. Passo um pouco da minha visão de atleta para eles e também a parte técnica. Estrear com um time brasileiro em uma etapa do Circuito Mundial no Brasil está sendo um desafio muito bom. Pela história que tenho como atleta, as pessoas acreditam que eu possa ajudar esses atletas nessa nova função”, afirmou Ricardo.
O novo trabalho foi anunciado esta semana. O convite partiu de Álvaro, amigo e ex-parceiro. “Foi uma surpresa e vai ser um desafio muito bom. Fiquei muito feliz porque é um supertime e acreditaram no meu trabalho. Aumentou ainda mais a minha responsabilidade. Eles são os atuais campeões brasileiros, é um time já formado e bem treinado. Conheço o Álvaro desde os 14 anos, tenho uma amizade grande com ele”, contou.
A migração da quadra para o banco foi feita aos poucos por Ricardo, e incluiu uma mudança para os Estados Unidos para ajudá-lo a “não querer ficar jogando, jogando, jogando e atrasar a transição”. Com a pandemia da covid-19, a preparação para virar treinador se intensificou.
“Desde a minha última competição no Brasil, ao lado do Vitor Felipe, eu tive dois anos de muito estudo, me dedicando a esse momento. Fiz todos os cursos que poderia fazer para ser certificado e atuar da forma correta. Estou mais preparado na parte teórica e na parte prática, que foi toda vivência que tive em quadra”.
Além da dupla brasileira, Ricardo já vinha treinando desde o fim do ano passado os italianos Enrico Rossi e Adrian Carambula, que passaram o início do ano trabalhando em João Pessoa (PB).
“Nesse início, a gente vai trabalhar como uma equipe só. Durante toda minha vida, nos ciclos olímpicos em que participei, sempre tive outro time me ajudando na preparação. Teremos dois grandes times elevando o nível de treino e se ajudando”, explicou Ricardo.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro