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Cérebros dos finalistas, William e Marcelinho são peças fundamentais em quadra

Especial: Levantadores

2 de abril de 2015

Em um time de vôlei, a responsabilidade dos levantadores pode ser considerada um pouco maior, especialmente nos momentos de decisão. Fazer a escolha pelo atacante certo, no momento adequado e acertar a bola ideal para ele pontuar, são alguns dos detalhes que podem fazer toda a diferença no resultado de um jogo. E é com esse compromisso que William, do Sada Cruzeiro (MG) e Marcelinho, do Sesi-SP, entram sempre em quadra. Dessa vez, o empenho dos dois vai ser na busca pelo título da Superliga masculina de vôlei 14/15, no dia 12 de abril, no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte (MG).

Com 35 anos, o paulistano William Arjona chega com o moral de ter sido o melhor levantador do primeiro turno, do segundo turno e, também, de toda a fase classificatória – de acordo com as estatísticas oficiais da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Um dos principais ídolos da torcida cruzeirense e um dos maiores destaques da Superliga 14/15, William relembra a final da temporada passada, quando o seu time ganhou o título justamente em cima do Sesi-SP, como um dos momentos mais marcantes vividos na competição.

“A final do ano passado foi incrível. Estávamos em casa, com o Mineirinho cheio, e conquistar aquele título foi muito bacana. Mas, sem dúvida, o momento mais marcante foi quando peguei a minha filha, Nina, no colo, ainda na quadra. Ela estava com sete meses e pude comemorar aquela conquista com ela bem perto. Foi tudo muito marcante”, contou William Arjona, que está em sua quinta temporada com o Sada Cruzeiro, responsável pelo seu repatriamento da Argentina.

O adversário da decisão preocupa, já que, segundo o experiente levantador, o time vem embalado, como já era esperado. “O Sesi-SP tem um timaço. Eles tiveram alguns problemas ao longo da competição, mas sabíamos que a hora que encaixasse ia ser complicado. E encaixou”, destacou o levantador do Sada Cruzeiro, que, nesta final, vai enfrentar um velho conhecido na armação das jogadas.

“Comecei vendo o Marcelinho jogar. É o meu tutor. Ele era o titular e eu, o terceiro levantador na conquista do título da Superliga em 1996, pelo Suzano. Aquele começo foi muito importante e lembro muito bem dessa fase. Acredito que muito da minha construção como levantador partiu dele. Toda a minha referência vem dali. É um levantador que sente muito bem o jogo e sabe em quem colocar a bola na hora certa. Com o tempo, ele só melhora. Levantar uma bola na entrada ou na saída, é obrigação, mas ter esse feeling é a principal característica de um bom levantador”, explicou William.

Aos 40 anos, o jogador mais velho da Superliga é, também, um dos mais experientes. Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim/08, o carioca Marcelinho tem inúmeros títulos acumulados ao longo da carreira com a seleção brasileira. Nas competições nacionais, o levantador foi campeão antes mesmo da nomenclatura Superliga. Na temporada 93/94, quando ainda era Liga Nacional, Marcelinho venceu com o time de Suzano (SP). E foi pelo mesmo time que ele conquistou seu primeiro título na Superliga, em 96/97, já mencionado por William Arjona.

“Aquele título foi muito marcante, pois todos os outros atletas do time eram da seleção e fui colocado em xeque por ser um levantador jovem. Fui bem na temporada e, depois disso, fui convocado. Mas, tenho outros momentos especiais na Superliga. Agora, nessa semifinal contra o Taubaté/Funvic, também vivemos um bom momento. Tivemos alguns altos e baixos durante a Superliga, e conseguimos fazer dois bons jogos contra ales, com um padrão de jogo melhor”, destacou Marcelinho, melhor levantador da fase semifinal da Superliga 14/15.

Apesar de haver um destaque para os jogadores de sua posição, o levantador não assume a responsabilidade sozinho. E Marcelinho faz questão de destacar os méritos do adversário que terá pela frente na disputa do título da Superliga 14/15.

“Acho que a responsabilidade é igual para todos os jogadores, mas, claro, é importante contar com um levantador experiente. Acredito que o Sada Cruzeiro, sem o William, não seria um time tão espetacular. Ele tem muita precisão, leitura de jogo muito boa e é imprevisível. Hoje, na minha opinião, o Wiliam é o melhor levantador do Brasil. Mas, nosso time também é muito bom e há sempre uma motivação enorme por estar em uma final, com jogo único, na busca por um título. Vamos com tudo”, garantiu Marcelinho.

SUPERLIGA MASCULINA 14/15

FINAL

12.04 (DOMINGO) – Sada Cruzeiro (MG) x Sesi-SP
HORÁRIO: Mineirinho, em Belo Horizonte (MG)
TRANSMISSÃO: TV Globo e SporTV

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do vôlei brasileiro