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CBV realiza reuniões para apresentar estratégia e novas diretrizes de marketing

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22 de setembro de 2021

Representantes da CBV e dos clubes masculinos reunidos na segunda-feira

(Divulgação)

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) se reuniu nesta semana com os representantes dos clubes participantes da Superliga de vôlei 2021/2022. Além de discutir questões relativas a tabela e regulamento da competição masculina, os encontros tiveram o objetivo de dividir a estratégia e diretrizes de marketing para os clubes dos dois gêneros.

“Esse alinhamento, primeiro no nível conceitual e estratégico é fundamental. Porque acho que tudo que a gente fizer no nível operacional, no nível tático, vem depois disso. Algumas discussões que, pelo que eu tinha entendido, historicamente tomavam muito tempo, mudam de figura quando a discussão deixa de ser no nível do ‘O quê?’ e passa a ser no nível do ‘Por quê?’. A gente alinhando o porquê daquilo, as coisas se tornam um pouco mais fáceis. O que senti é que os clubes estavam na mesma página e com uma visão compartilhada muito parecida com aquela que a gente tem, que é de fazer de fato o voleibol como produto, como negócio, crescer de modo a dar mais sustentabilidade para a liga, uma liga maior, uma liga mais forte. Mesmo assim, colocar as ideias é muito mais fácil do que colocar em prática. Como primeira reunião foi muito bom, mas como pontapé inicial para um trabalho muito difícil, muito longo, que está por vir”, declarou Marcelo Hargreaves, diretor da Superliga e de Novos Negócios da CBV, que comandou as duas reuniões.

A reunião da Superliga masculina, na segunda-feira (20.09), aconteceu de forma híbrida, com alguns representantes de clubes e da Comissão Nacional de Atletas presentes na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), e outros participantes acompanhando de forma online. O encontro do torneio feminino, que já havia tido tabela e regulamento discutidos anteriormente, foi apenas virtual.

“Na reunião de hoje a CBV atendeu pleitos antigos e importantes dos clubes. Nos mostrou também modificações que só valorizam a Superliga. Vimos que há uma visão de futuro e crescimento da competição, um entendimento das necessidades dos participantes. Todo o esforço da equipe da CBV é digno de parabéns”, elogiou Jarbas Soares, gestor do projeto do Itambé Minas (MG), atual campeão feminino.

Presidente do Vedacit Vôlei Guarulhos (SP), Anderson Marsili também saiu muito satisfeito do encontro. “Acho que é um momento ímpar para o voleibol. As peças que foram agregadas com a Adriana, o Radamés, o Marcelinho (Elgarten), e isso capitaneado pelo Marcelo, que trouxe essa visão de todos cuidarem do voleibol, não um clube individualmente. Foram horas muito proveitosas. Talvez, para mim, a reunião mais importante que o voleibol nacional de clubes já teve, dentro da Superliga”, disse Anderson Marsili.

 

Entre as novidades apresentadas pela CBV, visando, prioritariamente, o desenvolvimento e sustentabilidade do voleibol e da Liga estão:

– Maior investimento em marketing e comunicação dos produtos da CBV, com a Superliga tratada como dois produtos diferentes: Superliga Feminina e Superliga Masculina;

– Estratégia de comunicação mais focada no rejuvenescimento da base de fãs através de mídias digitais e conteúdo direcionado;

– Maior comunicação entre o ecossistema: clubes, atletas, federações, patrocinadores e, principalmente, os fãs.

– Flexibilização para clubes da Superliga poderem expor marcas dos seus patrocinadores de segmento financeiro nas propriedades de quadra, além de fazer ativações com o público nos seus ginásios;

– Novo mapa de quadra com mais propriedades de mídia e reorganização da divisão com os clubes.

“A impressão da reunião foi a melhor possível. É a primeira reunião nossa com a nova gestão, com o Marcelo, e a gente sai daqui altamente otimista com tudo que foi falado aqui, com as ideias, com o que foi proposto. Tinha vários temas que eram pleito dos clubes já de longa data e que a gente já percebeu uma abertura. A própria pré-reunião, a visita do Marcelo aos clubes, a gente encarou de uma maneira extremamente positiva, querendo ouvir bastante. A impressão é a melhor possível e fico bastante animado também para a temporada nova”, afirmou Luís Carlos Sales, supervisor do Sada Cruzeiro (MG).

O supervisor do Osasco São Cristóvão Saúde, Antônio Berardino, também se mostrou satisfeito com o exposto na reunião desta terça-feira.

“Hoje foi uma ótima demonstração de novos caminhos que começam a ser trilhados na Superliga. A mudança da mentalidade em relação a alguns segmentos, outrora bloqueados, mostra preocupação da entidade com os clubes que disputam a Superliga. Estamos felizes com os novos caminhos e vamos caminhar juntos nesta empreitada”, disse Beradino.

O campeão olímpico Gustavo Endres, atualmente integrante da Comissão de Atletas e presente no encontro da segunda-feira a convite da CBV, fez um balanço positivo do encontro.

“Foi uma reunião fantástica. Desde quando eu era gestor ainda, participei de várias reuniões, e essa acho que foi a melhor. Era realmente o que a gente precisava ouvir. Acho que todas as equipes da Superliga queriam isso, uma gestão diferente, uma relação melhor entre as equipes. Um database para saber quem são os fãs do voleibol, identificar isso e, juntos, criar processos e produtos para esse pessoal, e atingir um público mais jovem. É um país que a gente sabe que o futebol é o primeiro esporte, mas o voleibol tem o seu lugar, e com esse tipo de gestão, a gente com certeza vai melhorar a cada ano e conseguir ter um esporte muito mais profissional”, destacou Gustavo.

O gestor do projeto do Dentil/Praia Clube (MG), André Lelis, foi um dos mais entusiasmados com as novidades.

“Fiquei muito impressionado com o que foi apresentado nesta reunião de hoje. Mudanças significativas foram pensadas em prol do produto voleibol. Conseguimos avanços importantes

como os desbloqueios de alguns segmentos da Superliga, o que futuramente ajudará a manutenção dos clubes. O aumento do aproveitamento do espaço de quadra, garantia de transmissão de todos os jogos estão entre os destaques”, contou Lelis.

Ricardo Navajas, gestor do Farma Conde Vôlei (SP), também ficou com boas expectativas para a temporada após a reunião.

“A expectativa é boa. Foi bem democrático, todos têm uma abertura para ouvir os clubes, achei muito interessante. É gente do meio, gente que é do vôlei. Então facilita bastante para nós que estamos vivendo de voleibol”, completou Navajas.

A Superliga masculina de vôlei 21/22 começa no dia 23 de outubro com a participação de Azulim/Gabarito/Uberlândia (MG), Funvic/Educacoin/Natal (RN), Apan/Eleva/Educacoin (SC), Brasília Vôlei (DF), Fiat/Gerdau/Minas (MG), Montes Claros América Vôlei (MG), Goiás Vôlei (GO), Sada Cruzeiro (MG), Sesi-SP, Vedacit Vôlei Guarulhos (SP), Vôlei Renata (SP) e Farma Conde Vôlei (SP).

No dia 29 de outubro, terá início a Superliga feminina de vôlei 21/22, com a participação de Brasília Vôlei (DF), Curitiba Vôlei (PR), Dentil/Praia Clube (MG), Pinheiros (SP), Fluminense (RJ), Itambé/Minas (MG), Osasco São Cristóvão Saúde (SP), Country Club Valinhos (SP), Unilife-Maringá (PR), Barueri Volleyball Club (SP), Sesc RJ Flamengo (RJ) e Sesi Vôlei Bauru (SP).

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro