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CBV faz balanço da participação do voleibol brasileiro nos Jogos Olímpicos de Paris

Duda e Ana Patrícia levaram o ouro no vôlei de praia, e a seleção feminina conquistou o bronze na quadra

11 de agosto de 2024

Duda e Ana Patricia conquistaram a medalha de ouro em Paris 2024

(Luiza Moraes/COB)

Durante duas semanas, Paris foi sede de mais uma edição dos Jogos Olímpicos. E o voleibol marcou presença no pódio do maior evento esportivo do planeta, com o ouro de Duda/Ana Patrícia na praia e o bronze da seleção feminina na quadra.

“Tivemos um ciclo olímpico atípico, mais curto. Estamos muito felizes com as duas medalhas. O ouro de Duda e Ana Patrícia, duas das melhores jogadoras do mundo, coroa o talento do voleibol de praia brasileiro, e o trabalho realizado pelas duplas e suas comissões técnicas com o time do Leandro Brachola, supervisor técnico da CBV. Além do Brasil, apenas os Estados Unidos chegaram à fase eliminatória com duas duplas de cada gênero. Na disputa feminina de vôlei, temos um grupo de equipes muito niveladas. Claro que sempre entramos nas competições pensando no ouro, mas é muito importante ter o Brasil no pódio olímpico. Agora vamos analisar o que funcionou e o que eventualmente precisa ser ajustado. Para a CBV, Los Angeles 2028 já começou”, diz Radamés Lattari, presidente da CBV.

A preparação do vôlei para os Jogos Olímpicos incluiu a utilização de dois Centros de Treinamento de altíssimo nível. No Brasil, o Centro de Treinamento do Voleibol Enel Saquarema. Na França, o CT na região de La Moselle, fruto de uma parceria com o governo da região. Duda e Ana Patrícia, por exemplo, fizeram temporadas de treinamento em Saquarema e finalizaram a preparação para Paris 2024 no CT francês.

“Planejamento e trabalho foram os pilares do projeto do voleibol para Paris 2024. Durante os três anos do ciclo olímpico, o apoio da CBV às duplas de vôlei de praia incluiu o custeio das despesas de passagem, hospedagem e alimentação para as três primeiras do ranking de cada gênero, extensivo ao técnico e a mais um integrante da comissão técnica. Dois fisioterapeutas da CBV acompanharam as duplas nas etapas Elite do Circuito Mundial. Na reta final da preparação para Paris, as parcerias classificadas realizaram estágios de preparação individualizados em Saquarema e na Europa”, explica Jorge Bichara, diretor técnico da CBV.  “Na quadra, a CBV acompanhou de perto os atletas durante as temporadas de clubes. Enviamos profissionais de fisioterapia, nutrição e preparação física para diversos países da Europa, para que desenvolvessem trabalhos específicos com alguns jogadores. Também contamos com a parceria dos clubes brasileiros no monitoramento dos jogadores que disputam a Superliga. Essas ações ajudaram a prevenir lesões e fizeram com que os atletas se apresentassem em melhores condições físicas, permitindo que os treinadores tivessem o grupo sempre à disposição”.

O ouro e o bronze em Paris foram muito comemorados, mas o foco da CBV já são os ciclos olímpicos de Los Angeles 2028 e Brisbane 2032. “Enquanto nossos atletas competiam em Paris, o Centro de Saquarema recebia duplas de vôlei de praia de base e a seleção feminina sub-19 para treinamentos específicos”, diz Radamés Lattari. “Renovamos a parceria com La Moselle e teremos o CT europeu até o fim de 2028. Este ano, retomamos o projeto da seleção de novos masculina, que realizou uma temporada de treinamentos na França e disputou uma competição na Coreia. Nos últimos dois anos, desenvolvemos projetos específicos para a base, como as clínicas de fundamentos para levantadores e líberos, e o “Mentalidade Vencedora”, com palestras realizadas por medalhistas olímpicos. O olhar sobre a base é constante. Queremos que nossos jovens talentos se desenvolvam tecnicamente, mas também mentalmente”.