Passados os primeiros dias após o fim dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a CEO da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Adriana Behar, fez, nesta quinta-feira (12.08), junto ao presidente e ao vice da entidade, Walter Pitombo Laranjeiras e Radamés Lattari, uma primeira avaliação dos resultados.
O Brasil voltou com uma medalha de prata com a seleção feminina e, segundo a Diretora Executiva, a perspectiva era por mais conquistas, sim.
“Os resultados do Brasil nos Jogos Olímpicos foram bons. O do voleibol, não, com exceção da seleção feminina de quadra, que obteve um excelente 2º lugar, melhorando, em muito, o resultado no Rio. Temos que enfrentar a realidade e usar informação de qualidade para fazer um diagnóstico e mudar o jogo rápido para o próximo ciclo olímpico. A nossa expectativa vinha baseada nos resultados anteriores, que estavam, de fato, sendo muito bons. Chegamos com algumas duplas de praia entre as primeiras do ranking – nossas duplas femininas disputaram a final do Major de Gstaad, último torneio antes das Olimpíadas – e as seleções de quadra vindo de um título e um segundo lugar na Liga das Nações. É claro que esperávamos por mais medalhas, mas é do esporte.”, afirmou Adriana Behar.
A CBV atuou de forma ativa na preparação das quatro duplas e das duas seleções, proporcionando toda a estrutura e suporte necessários. Vale lembrar, inclusive, que a própria Adriana, assim que assumiu, manteve contato com todas as duplas, para saber da preparação, e só obteve respostas positivas.
Os brasileiros de um modo geral sofreram um impacto gerado pela pandemia, algo que não pode ser descartado, e que prejudicou a preparação de todos, mas, isto não é encarado como justificativa para os resultados.
A experiência desta edição dos Jogos Olímpicos, inclusive, vem sendo aproveitada como aprendizado e será inserida no planejamento estratégico elaborado pela CEO junto com sua diretoria. Com cerca de cinco meses à frente da CBV, Adriana Behar tem muitos projetos e novidade. (veja quadro no pé da matéria)
“Temos um novo ciclo pela frente, dessa vez mais curto, onde temos de buscar um planejamento bem rebuscado. Estamos fazendo uma análise sobre o que pode ser melhorado e trazendo pessoas experientes para nos ajudar nesse trabalho para o futuro”, explicou a Diretora Executiva.
Na última quarta-feira (11.08), Behar já apresentou Marcelinho Elgarten, ex-levantador medalhista olímpico, como reforço entre o quadro de colaboradores. Marcelinho chega para acrescentar, colocando à disposição toda a experiência como atleta de alto rendimento.
“Estamos traçando novos caminhos com um olhar de negócios utilizando os produtos que temos – quadra, praia e CDV – dentro de uma visão mais comercial. Em paralelo a isso há um reforço na área de estratégia e governança. É prioridade para a CBV se desenvolver neste momento através de um novo modelo”, afirmou Adriana Behar.
PROJETOS E INOVAÇÕES:
- Na parte técnica, a Criação de Grupos de Trabalho, com atletas e/ou técnicos vitoriosos, para que possam dar sugestões e participar do planejamento, buscando um maior desenvolvimento da base e do vôlei brasileiro
- Ter como missão da CBV, para o próximo ciclo olímpico, ser um prestador de serviços de alta qualidade para que o ecossistema do voleibol brasileiro floresça como referência nacional e internacional não só em termos de resultados esportivos, mas, também, governança, inserção social, desenvolvimento e geração de negócios
- Visar que a CBV seja superavitária e que gerencie bem os seus riscos para poder investir no desenvolvimento do esporte. É necessária uma mudança de cultura na entidade, instituir centros de custos e lucros, fazer um balanço transparente de ativos e passivos entre todas as partes interessadas
- Reforçar o papel das nossas Federações no fomento e desenvolvimento do voleibol em todo o país. A capilaridade de nossas federações é um fator potencial de transformação social do Brasil, além de fundamental para a descoberta de jovens talentos do voleibol
- Utilizar o voleibol no desenvolvimento de projetos sociais e de pesquisa. O potencial do voleibol para captação de recursos internacionais e de leis nacionais de incentivo para pesquisa de ponta é substancial. Tanto para o desenvolvimento da modalidade, como para as áreas de saúde, educação e gestão em geral, dado que cada vez mais se comprova a influência do esporte na qualidade de vida da população
- Seguindo um caminho de transformação digital da atualidade, utilizar mais o marketing digital e as redes sociais, buscando aumentar a base de fãs do voleibol brasileiro, principalmente o público jovem. Entre elas, uma novidade será trazer para a CBV as NFT’s (tokens não-fungíveis), que são uma nova tendência na indústria esportiva mundial, com casos de sucesso como na NBA, permitindo novas formas de interação entre organizações esportivas, atletas e fãs, trazendo novas fontes de receitas e experiências a todos os participantes
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro