Uma em cada quatro brasileiras acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no Brasil entre agosto de 2020 e julho de 2021. Esse número representa 24,4% da população feminina desta faixa etária. Uma realidade tão assustadora não é preocupação apenas das mulheres, como mostram os jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei. Nesta quinta-feira (9.6), eles deram seu apoio à campanha Sinal Vermelho, instrumento de denúncia contra a violência doméstica.
O movimento foi criado em 2020, pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um “X” vermelho na palma da mão é o sinal para que mulheres possam discretamente pedir ajuda em estabelecimentos comerciais – ao ver o sinal, os atendentes devem imediatamente chamar a polícia. No último treino antes da partida contra os Estados Unidos, pela primeira etapa da Liga das Nações, que acontece neste sábado, às 15h, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, jogadores da seleção brasileira reforçaram seu apoio ao combate à violência contra a mulher.
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) também se tornou parceira do projeto. “A CBV quer reforçar o papel do esporte como agente transformador da sociedade. Esporte é informação, educação, inclusão. Apoiar projetos como o “Sinal Vermelho” é utilizar o imenso alcance do voleibol em prol de um mundo melhor, mais justo e menos violento. Os jogadores da seleção masculina dão um grande exemplo ao apoiar essa causa, mostrando que essa é uma questão que só poderá ser combatida com homens e mulheres caminhando lado a lado”, diz Adriana Behar, CEO da CBV.