Encarar com frieza momentos de decisão é uma característica da trajetória vitoriosa de Marcelo Negrão. Campeão olímpico nos Jogos de Barcelona 1992 com apenas 19 anos, quando marcou o ace que deu ao Brasil o ouro até então inédito para a seleção masculina, o ex-ponteiro mantém a serenidade mais de três décadas depois, agora fora da quadra. Em busca de seu primeiro título brasileiro como técnico, ele tem o objetivo de levar o Rede Cuca Vôlei (CE) às semifinais da Superliga B Bet7k masculina.
O confronto de abertura da série melhor de três das quartas de final, contra o Maringá Vôlei (PR), acontece neste sábado (23/3), às 21h, no Ginásio Chico Neto, em Maringá (PR). Aos 51 anos, Marcelo Negrão se encanta com a oportunidade de transmitir ensinamentos. “Estou vivendo uma experiência muito boa, pois tenho um grupo de atletas extremamente comprometido, o que facilita o meu trabalho. Para seguir evoluindo, converso com colegas que são referências como treinadores, como Marcos Miranda, Paulo Coco e Josenildo de Carvalho”, diz Marcelo Negrão.
Avançar às semifinais significaria um passo importante rumo a um objetivo maior, já que os dois finalistas da Superliga B Bet7k masculina asseguram o direito de disputar a Superliga 2024/2025. O Rede Cuca (CE) já viveu a experiência na temporada 2022/2023, mas não conseguiu se manter. Agora, trabalha para retornar à elite.
O currículo do campeão olímpico como atleta totaliza cinco títulos nacionais: 1995/1996 (Olympikus/Telesp) e 2002/2003 (Ulbra/Canoas) da Superliga, e 1989/90, 1990/1991 e 1991/1992 (Banespa) da Liga Nacional. Feitos que orgulham o ex-jogador, mas não o deixam satisfeito: “Meu objetivo é ajudar a elevar o nível do Nordeste no cenário nacional. Considero a Superliga B Bet7k uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento do nosso esporte em mais cidades do Brasil”.
A equipe cearense se classificou para os playoffs na terceira colocação geral, após nove vitórias em 11 partidas, e terá o direito de decidir a vaga na semifinal em casa, em caso de empate na série. Já o Maringá Vôlei (PR) avançou em sexto lugar, com seis triunfos e cinco resultados negativos. “Vai ser uma disputa difícil, pois o Maringá Vôlei é uma equipe versátil, com grandes jogadores, ainda mais diante da sua torcida. Sabemos que vamos precisar jogar muito bem e aproveitar as oportunidades para sair com a vitória”, completa Negrão.
No Maringá Vôlei (PR), preparação intensa
Do lado paranaense, o técnico Aldori Gaudêncio Junior garante que a preparação tem sido intensa para o primeiro desafio das quartas de final. Como também está à frente do Unilife Maringá Vôlei (PR) na Superliga Bet7k feminina, o treinador conta com uma forte rede de apoio para manter o elenco 100% focado.
“Os treinamentos da semana foram específicos para essa partida. Chegaremos bem aguerridos. Tudo o que venho aprendendo no voleibol vai contribuir para alcançarmos os nossos objetivos. Conto com a parceria e o suporte de grandes profissionais ao meu lado para dar conta de tudo”, explica Aldori.
SUPERLIGA B BET7K MASCULINA 2024
QUARTAS DE FINAL
PRIMEIRA RODADA
23/3 (SÁBADO) JF Vôlei (MG) x Brasília Vôlei (DF), às 20h, no ginásio Municipal Jornalista Antônio Marcos, em Juiz de Fora (MG)
23/3 (SÁBADO) Maringá Vôlei (PR) x Rede Cuca Vôlei (PE), às 21h, no ginásio Chico Neto, em Maringá (PR)
SEGUNDA RODADA
29/3 (SEXTA-FEIRA) Rede Cuca Vôlei (PE) x Maringá Vôlei (PR), às 18h30, no ginásio Cuca José Walter, em Fortaleza (CE)
29/3 (SEXTA-FEIRA) Brasília Vôlei (DF) x JF Vôlei (MG), às 20h, no Sesi Taguatinga Norte, em Taguatinga (DF)
TERCEIRA RODADA (SE NECESSÁRIO)
31/3 (DOMINGO) Brasília Vôlei (DF) x JF Vôlei (MG), às 17h, no Sesi Taguatinga Norte, em Taguatinga (DF)
31/3 (DOMINGO) Rede Cuca Vôlei (PE) x Maringá Vôlei (PR), às 18h, no ginásio Cuca José Walter, em Fortaleza (CE)
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro