A seleção brasileira feminina de vôlei é campeã do Grand Prix pela 12ª vez. A equipe do treinador José Roberto Guimarães venceu, neste domingo (06.08), a Itália na final por 3 sets a 2 (26/24, 17/25, 25/22, 22/25 e 15/8), em 2h08 de jogo, em Nanjing, na China. O resultado corou o início do ciclo olímpico da nova geração do voleibol brasileiro em uma campanha marcada pela superação. A Sérvia ficou com a medalha de bronze ao vencer a China por 3 sets a 1 (25/22, 20/25, 25/23 e 25/21).
Com o resultado, o time verde e amarelo aumentou o número de conquistas em relação a segunda seleção com mais títulos. Enquanto as brasileiras venceram pela décima segunda vez (1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2013, 2014, 2016 e 2017), os Estados Unidos, segunda equipe com mais conquistas, têm seis.
A oposta Tandara e a ponteira Natália tiveram atuações destacadas e foram as maiores pontuadoras entre as brasileiras , com 22 acertos cada. A central Bia, com 12 pontos, também pontuou bem pelo time verde e amarelo. Apesar da derrota, a Itália teve a maior pontuadora do confronto, a oposta Egonu, com 29 acertos.
Ao final do confronto, a oposta Tandara comentou sobre a jornada das brasileiras na edição 2017 do Grand Prix que foi coroada com o 12º título do Brasil.
“A final em cinco sets representou o que foi o nosso Grand Prix. Enfrentamos muita dificuldade durante toda a competição e nunca deixamos de acreditar. Os percalços que passamos nos deram mais força e hoje somos um grupo mais forte e unido. Hoje tivemos altos e baixos, mas a união prevaleceu e, principalmente, no tie-break entramos em quadra muito determinadas. O grupo está de parabéns por toda a competição”, disse Tandara.
O treinador José Roberto Guimarães fez uma análise da participação do Brasil no Grand Prix.
“Começar com vitória é sempre muito bom, mas estávamos preparados para tudo. Sabíamos da dificuldade que íamos enfrentar. Jogamos com um time jovem e com poucas jogadoras que tinham sido efetivamente titulares em competições como o Grand Prix. Temos um time em formação que teve pouco tempo de treinamento. Tudo isso foi difícil e nos ajustamos durante o Grand Prix. Ainda temos muito o que melhorar e precisamos treinar bastante. Fechamos muito bem, saímos de situações complicadas e ficamos com o título do Grand Prix”, analisou José Roberto Guimarães , que ainda enalteceu o trabalho do seu assistente técnico, Paulo Coco.
“O trabalho de toda a comissão técnica e das jogadoras foi espetacular. A luta, a dedicação, o tempo que eles se dedicaram para enfrentar as dificuldades foi incrível. Tenho que agradecer todos, mas preciso fazer um agradecimento especial ao Paulo Coco. Ele foi de uma lucidez, colaboração e leitura incríveis. O que ele passou para mim e as jogadoras no dia a dia foi sensacional”, ressaltou José Roberto Guimarães.
Desembarque
O time verde e amarelo desembarcará no Brasil no voo JJ 8071 (Latam Airlines) às 4h50 desta terça-feira (08.08) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Seleção do Grand Prix
O Brasil ainda teve outros motivos para comemorar neste domingo. A ponteira Natália foi eleita a melhor jogadora da competição e a segunda melhor ponteira e a central Bia ficou com o prêmio de melhor jogadora da sua posição.
A campeã olímpica Natália fez questão de ressaltar a força do grupo para a conquista do Grand Prix.
“Depois de tudo que passamos nesse Grand Prix, a final tinha que ser decidida no tie-break. Enfrentamos viagens longas, fuso horários, cansaço, e no final, o espírito dessa equipe prevaleceu para sermos campeãs. Estamos crescendo e aprendendo juntas. O grupo todo está de parabéns e esses prêmios individuais são para a equipe porque eu não joguei sozinha. Tenho que agradecer as jogadoras e comissão técnica por todo o apoio que recebi durante o Grand Prix”, explicou Natália.
A central Bia também destacou a alegria a união do grupo verde e amarelo.
“A palavra que define a nossa campanha é felicidade. Mesmo nos momentos difíceis nunca perdemos a alegria e a união. Tivemos que vencer os nossos três jogos em casa para nos classificarmos para a Fase Final e na etapa decisiva revertemos um resultado adverso na estreia para a China. Agora é virar a página e pensar no Sul-Americano que é classificatório para o Mundial”, afirmou Bia.
O JOGO
O Brasil começou melhor e foi para a primeira parada técnica com quatro de vantagem (8/4). Com Tandara pela pipe, o time verde e amarelo fez 11/7. Numa boa sequência de saques da central Adenízia, o Brasil abriu cinco pontos (14/9) e o técnico da Itália pediu tempo. A paralisação fez bem as italianas que encostaram no marcador (14/12). O time verde e amarelo foi para o segundo tempo técnico com três de vantagem (16/13). Se aproveitando dos erros do Brasil, a Itália deixou tudo igual no marcador (16/16). O final da parcial foi disputado ponto a ponto. Bem no saque, a Itália abriu dois pontos (20/18). Quando o placar estava 23/22 para as italianas, o treinador José Roberto Guimarães colocou a central Carol para bloquear no lugar da levantadora Roberta. A substituição fez efeito e as brasileiras viraram o marcador fechando o primeiro set por 26/24.
O início do segundo set foi equilibrado. Bem no saque, a Itália abriu três pontos (7/4). A Itália se destacava no bloqueio e a diferença no marcador subiu para quatro pontos (15/11). Quando as italianas fizeram 19/13, o treinador José Roberto Guimarães pediu tempo. O saque italiano dificultava a recepção das brasileiras e a diferença no placar subiu para seis pontos (21/15). A Itália seguiu melhor até o final e venceu o segundo set por 25/17.
O Brasil voltou melhor para o terceiro set e fez 2/1. O set continuou equilibrado. Com Egonu bem no ataque e no saque, as italianas abriram dois pontos (7/5). Quando o placar estava 8/5 para as italianas, o treinador José Roberto Guimarães trocou as ponteiras. Entrou Rosamaria e saiu Drussyla. O time verde e amarelo cresceu de produção e empatou (8/8). O set ficou disputado ponto a ponto. Se aproveitando dos erros do Brasil, as italianas abriram três pontos (13/10). As europeias foram para o segundo tempo técnico com cinco de vantagem (16/11). Quando a Itália abriu sete pontos (18/11), o treinador José Roberto Guimarães voltou a parar o jogo. Numa sequência de saques da ponteira Rosamaria, o Brasil encostou (20/17) e o treinador da Itália pediu tempo. Em seguida, a atacante fez mais dois pontos de saque (20/19). Bem no saque e no bloqueio, o time verde e amarelo virou o marcador (22/21). As brasileiras foram melhores no final da parcial e venceram o terceiro set por 25/22.
A Itália fez os três primeiros pontos da quarta parcial. As italianas foram para o primeiro tempo técnico com três de vantagem (8/5). Bem no saque, a Itália abriu cinco pontos (11/6). Quando o placar estava 14/8 para a Itália, o treinador José Roberto Guimarães trocou as levantadoras. Entrou Macris e saiu Roberta. A Itália foi para o segundo tempo técnico com seis de vantagem (16/10). Depois de um longo rally, o time verde e amarelo diminuiu a diferença no marcador para quatro pontos (16/12). Quando as italianas fizeram 18/12 foi a vez do treinador José Roberto Guimarães pedir tempo. A paralisação fez bem as brasileiras que encostaram (19/16). A Itália segurou a vantagem até o final da parcial e venceu o quarto set por 25/22.
O quinto set começou equilibrado (3/3). Depois de um longo rally, o Brasil abriu três pontos (6/3). Bem no saque e no bloqueio e, com Tandara e Natália definindo no ataque, o time verde e amarelo foi melhor até o final e venceu o quinto set por 15/8 e o jogo por 3 sets a 2.
SELEÇÃO DO GRAND PRIX
MVP: Natália Pereira (Brasil)
Melhor levantadora: Ding X. (China)
Melhor ponteira: Zhu (China)
2ª melhor ponteira: Natália (Brasil)
Melhor central: Bia (Brasil)
2ª melhor central: Rasic (Sérvia)
Melhor oposto: Boskovic (Sérvia)
Melhor líbero: De Gennaro (Itália)
EQUIPES:
Brasil – Roberta, Tandara, Natália, Drussyla, Bia e Adenízia. Líbero – Suelen
Entraram – Carol, Amanda, Monique, Gabi, Macris, Rosamaria
Técnico – José Roberto Guimarães
Itália – Malinov, Egonu, Bosetti Caterina, Bosetti Lucia, Chirichella, Folie. Líbero – De Gennaro.
Entraram – Loda Sara, Bonifacio Sara
Técnico – Mazzanti Davide
ÁRBITROS:
1º – Jiang.L. (CHN)
2º – Mokry.J. (SVK)
GALERIA DE FOTOS:
http://worldgrandprix.2017.fivb.com/en/group1/schedule/7766-italy-brazil/post
Grand Prix
1ª semana – Ancara (Turquia)
07.07 – Brasil 3 x 0 Bélgica (25/22, 25/23 e 25/18)
08.07 – Brasil 0 x 3 Sérvia (19/25, 20/25 e 19/25)
09.07 – Brasil 3 x 2 Turquia (24/26, 25/17, 25/18, 22/25 e 15/13)
2ª semana – Sendai (Japão)
14.07 – Brasil 3 x 0 Sérvia (26/24, 25/17 e 25/22)
15.07 – Brasil 0 x 3 Tailândia (22/25, 21/25 e 27/29)
16.07 – Brasil 2 x 3 Japão (22/25, 24/26, 25/19, 25/20 e 15/17)
3ª semana – Cuiabá (Brasil)
Ginásio Aecim Tocantins
20.07 – Brasil 3 x 0 Bélgica (28/26, 25/19 e 25/20)
21.07 – Brasil 3 x 1 Holanda (25/17, 25/14, 18/25 e 25/19)
23.07 – Brasil 3 x 1 Estados Unidos (25/20, 25/13, 18/25 e 25/18)
Fase Final – Nanjing (China)
02.08 – Brasil 0 x 3 China (22/25, 17/25 e 27/29)
03.08 – Brasil 3 x 2 Holanda (25/27, 25/23, 22/25, 25/22 e 15/11)
Semifinal
05.08 – Brasil 3 x 1 Sérvia (20/25, 25/23, 25/14 e 25/23)
Final
06.08 – Brasil 3 x 2 Itália (26/24, 17/25, 25/22, 22/25 e 15/8)
AS CAMPEÃS
# 1 MARA FERREIRA LEÃO (MARA)
Meio de rede – 1,88m – 77 kg – 26/07/91 – Naturalidade: Sabinópolis (MG)
# 2 MACRIS CARNEIRO (MACRIS)
Levantadora – 1,7,8m – 68 kg – 03/03/89 – Naturalidade: Santo André (SP)
# 3 NAIANE DE ALMEIDA RIOS (NAIANE)
Levantadora – 1,79m – 63 kg – 29/11/94 – Naturalidade: Belém (PA)
#4 –ANA CAROLINA DA SILVA (CAROL)
Meio de rede – 1,83m – 73 kg – 08/04/91 – Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
# 5 ADENÍZIA APARECIDA DA SILVA (ADENÍZIA)
Meio de rede – 1,86m – 64 kg – 18/12/86 – Naturalidade: Ibiaí (MG)
# 7 ROSAMARIA MONTIBELLER (ROSAMARIA)
Oposta – 1,85m – 76kg – 09/04/94 – Naturalidade: Nova Trento (SC)
# 9 ROBERTA DA SILVA RATZKE (ROBERTA)
Levantadora – 1,85m – 68kg – 28/04/1990 – Naturalidade: Curitiba (PR)
# 11 TANDARA ALVES CAIXETA (TANDARA)
Oposto – 1,84m – 87kg – 30/10/88 – Naturalidade: Brasília (DF)
#12 NATÁLIA ZILIO PEREIRA (NATÁLIA)
Ponteira – 1,83m – 76kg – 25/04/1989 – Naturalidade: Ponta Grossa (PR)
#13 AMANDA FRANCISCO (AMANDA)
Ponteira – 1,80m – 62kg – 16/08/1988 – Naturalidade: Recife (PE)
#14 GABRIELLA SOUZA (GABI)
Líbero – 1,75m – 69kg – 14/12/1993 – Naturalidade: Niterói (RJ)
#16 DRUSSYLA COSTA (DRUSSYLA)
Ponteira – 1,82m – 73kg – 01/07/1996 – Naturalidade: João Pessoa (PB)
#17 SUELEN PINTO (SUELEN)
Líbero – 1,66m – 81kg – 04/10/1987 – Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
#20 ANA BEATRIZ CORREA (BIA)
Central – 1,87m – 70kg – 07/02/1992 – Naturalidade: Sorocaba (SP)
#21 MONIQUE PAVÃO (MONIQUE0
Oposta – 1,78m – 67kg – 31/10/1986 – Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
COMISSÃO TÉCNICA
Chefe da delegação: Leonídio Pasquali
Técnico: José Roberto Guimarães
Auxiliares: Paulo Coco e Cláudio Pinheiro
Preparadores físicos: José Elias Proença e Fábio Correia
Médico: Júlio Nardelli
Fisioterapeuta: Fernando Fernandes
Estatístico: Fábio Simplício
Massagista: Eustáquio Junio Rocha da Silva
Auxiliar de treinamento: Fabiano Marques
O Banco do Brasil é patrocinador oficial do voleibol brasileiro