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Brasil derrota a Itália e é campeão

Ouro em casa

21 de agosto de 2016

Brasil chegou ao terceiro ouro em seis finais olímpicas

(Inovafoto/CBV)

Na quarta final consecutiva de Jogos Olímpicos, o Brasil conquistou a quarta medalha, desta vez, de ouro e em casa, na primeira edição do campeonato mais importante do calendário esportivo em solo brasileiro. A equipe dirigida pelo técnico Bernardinho se tornou tricampeã olímpica neste domingo (21.08) ao bater a Itália na grande final por 3 sets a 0 (25/22, 28/26 e 26/24), em 1h37 de jogo, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

As três primeiras medalhas de ouro haviam sido conquistadas em Barcelona/92, sob o comando de José Roberto Guimarães, e em Atenas/04, já com Bernardinho. Além disso, o Brasil conquistou a prata olímpica em Los Angeles/84, Pequim/08 e Londres/12.

O Brasil chegou para a disputa da final com seis vitórias – sobre México, Canadá, França, Argentina e Rússia – e dois resultados negativos, sofridos para a própria Itália e para os Estados Unidos, na fase classificatória.

Após a cerimônia de premiação, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) divulgou os melhores dos Jogos Olímpicos e o Brasil teve quatro representantes. O levantador Bruninho foi eleito o melhor da sua posição, Wallace foi o melhor oposto, Lucarelli, o melhor ponteiro e Serginho foi eleito o melhor líbero e o melhor jogador da competição. Os melhores centrais foram Birarelli, da Itália, e Volvich, da Rússia. E o outro ponteiro eleito foi Russel, dos Estados Unidos.

Além do melhor oposto dos Jogos Olímpicos, Wallace foi o maior pontuador da decisão, com 20 acertos. O ponteiro Lipe, com 11, também pontuou bem pelos brasileiros. Na Itália, o oposto Zaytsev foi o maior pontuador, com 17 pontos.

Em sua nona participação em Jogos Olímpicos, como jogador, assistente-técnico e treinador, Bernardinho conquistou, neste domingo, sua sexta medalha. Para o treinador, de todos, o principal momento é curtir a felicidade de um ginásio inteiro.

“A minha medalha de ouro é estar ali atrás e poder ver os rapazes em cima do pódio e toda a torcida gritando é campeão. Isso, para mim é único. Ouvir o hino nacional, a bandeira subindo, todos chorando, porque é algo muito emocionante, tanta coisa represada, essa vontade de ser o campeão que a torcida esperava, é a imagem que eu guardo. O metal representa tudo que esses momentos te trazem. Mas, o momento final de tudo isso é único. Tenho tantos anos de carreira no esporte, tantos títulos e momentos marcantes, mas uma fotografia como essa na minha memória, não existe por ser em casa. Esse é o verdadeiro ouro”, afirmou.

Um dos principais símbolos desta seleção campeã olímpica, o líbero Serginho disputou sua quarta final de Jogos e conseguiu a segunda medalha de ouro com a vitória deste domingo contra a Itália. O jogador, eleito o MVP da competição, comentou sobre a conquista e momentos de dificuldade na campanha brasileira.

“Quero descansar, curtir meus filhos e minha casa. Eles (filhos) ficavam me cobrando para ser novamente campeão olímpico e não devo mais nada para ninguém. Eu e os jogadores tivemos uma conversa muito legal antes da partida contra a França e falei que estava me sentindo como se tivesse em uma UTI. Eu avisei que ia lutar para sair daquela condição e que eles iriam me ajudar. Os jogadores entenderam isso. Essa foi minha última Olimpíada e eles me ajudaram a me tornar bicampeão olímpico. Foi muito gratificante participar desse grupo”, afirmou Serginho.

O atacante Wallace, que foi eleito o melhor oposto dos Jogos Olímpicos, comentou sobre a atuação dos brasileiros no duelo contra a Itália.

“A Itália começou na frente em todos os sets e nós buscamos o resultado. Isso é muito difícil. Tivemos tranquilidade de armar as jogadas e sacar taticamente bem. Acredito que esse grupo amadureceu de 2012 até aqui. Nossa atitude dentro de quadra mudou a partir da partida com a França. Muitas pessoas não acreditavam em nós. Fomos ganhando os jogos e a torcida sempre nos apoiando em todos os momentos. Fico feliz de conseguirmos retribuir esse carinho da torcida com essa medalha de ouro. A felicidade é muito grande, todo o trabalho e o sacrifício valeram a pena”, disse Wallace.

O levantador Bruninho lembrou a superação que o grupo passou durante a competição e chamou a atenção para a força do grupo.

“Histórias como a dessa medalha de ouro acontecem somente no esporte. Estávamos a beira do abismo e conseguimos dar essa volta por cima. Depois de quatro anos sem conquistar um título grande e sendo tachados de geração que só bate na trave e não consegue vencer, veio essa medalha de ouro na frente do nosso povo. Isso é muito trabalho, suor e sacrifício e esse grupo merece demais tudo isso”, afirmou Bruninho.

O JOGO

A Itália marcou o primeiro ponto da partida e o Brasil devolveu, deixando tudo igual (1/1). Os italianos pontuaram bem e fizeram 4/1. O time da casa encostou em 4/3. No ace de Lipe, os brasileiros empataram: 6/6. A Itália voltou a abrir e fez 9/6. A diferença se manteve em 11/8. Com mais um ponto de saque, desta vez com Lucarelli, a seleção brasileira encostou no placar de novo (11/10). Depois de grande defesa de Bruninho e uma bola bem disputada, Wallace pontuou e deixou tudo igual em 12 pontos. Lipe explorou o bloqueio adversário e o Brasil assumiu o comando do placar: 13/12. No ace de Maurício Souza, 15/12. Lipe ainda fez 16/12 e a Itália pediu tempo. Bem no saque, desta vez pontuando com Wallace, o Brasil chegou a 18/14. Contando com erros dos donos da casa, os italianos diminuíram a desvantagem para 19/17. No bloqueio duplo de Maurício Souza e Evandro, 22/19. O placar foi para 22/21. Lucarelli acertou o saque e levou o Brasil a 24/21. Na sequência, fechou em 25/22.

Assim como no primeiro set, a Itália começou melhor e de novo fez 4/1. O Brasil encostou em 4/3. Com Lucão, mais uma vez o time da casa chegou no placar em 6/5. No erro dos donos da casa, a Itália voltou a abrir (8/6). No bloqueio de Wallace, a seleção brasileira chegou ao ponto de empate: 9/9. NA sequência, o time mandante colocou dois a frente (13/11) e foi a vez dos italianos pedirem tempo. No ace de Lipe, 14/11. A Itália buscou a reação e deixou tudo igual em 14/14. O set teve novo empate em 16/16 e, com Maurício Souza, o Brasil colocou um de vantagem. As equipes passaram a trocar pontos, com mais um empate em 19 pontos. Os italianos colocaram o placar a favor deles no ace de Zaytsev (21/20) e Bernardinho pediu tempo. Em um final de set bem disputado, os times fizeram 22/22. O Brasil fez 24/22 e os italianos fizeram 24/24. No bloqueio, a Itália fez 25/24. O Brasil empatou. No bloqueio, os donos da casa fizeram 27/26 e, no ace de Maurício Souza, fechou em 28/26.

Em vantagem nos sets, a seleção brasileira começou bem e colocou um de vantagem em 5/4. Depois, foi a vez dos italianos abrirem um de diferença em 7/6. O Brasil voltou a pontuar e, no bloqueio de Lipe e Lucão, marcou 9/8. Na largadinha de categoria de Maurício Souza, o time verde e amarelo fez 13/11. O adversário buscou e deixou tudo igual em 13/13. No erro do Brasil, os italianos colocaram um de vantagem (16/15) e Bernardinho parou o jogo com pedido de tempo. Com Maurício Souza bem no saque, a equipe brasileira empatou: 17/17. Quando o time verde e amarelo fez 19/18, o adversário pediu tempo. Wallace fez 20/19. Na bola de segunda de Bruninho, o Brasil chegou a 22/21. No final, vitória brasileira por 26/24.

EQUIPES

BRASIL – Bruno, Wallace, Lucão, Maurício Souza, Lipe e Lucarelli. Líbero – Serginho

Entraram – William, Evandro, Maurício Borges

Técnico: Bernardinho

ITÁLIA – Gianelli, Zaytsev, Buti, Birarelli, Lanza e Juantorena. Líbero – Colaci

Entraram – Rossini, Antonov, Sotille

Técnico: Gianlorenzo Blegini

GALERIA DE FOTOS

http://2016.cbv.com.br/midia/galeria-de-imagens/item/25696-rio-de-janeiro-rj—21.08.2016—jogos-olimpicos—brasil-x-italia–.html

Partidas do Brasil na fase classificatória dos Jogos Olímpicos do Rio

Dia 07.08 – (11h35) – Brasil 3 x 1 México (23/25, 25/19, 25/14 e 25/18)
Dia 09.08 – (22h35) – Brasil 3 x 1 Canadá (24/26, 25/18, 25/22 e 25/17)
Dia 11.08 – (22h35) – Brasil 1 x 3 Estads Unidos (20/25, 23/25, 25/20 e 20/25)
Dia 13.08 – (22h35) – Brasil 1 x 3 Itália (25/23, 23/25, 22/25 e 15/25)
Dia 15.08 – (22h35) – Brasil 3 x 1 França (25/22, 22/25, 25/20 e 25/23)

Quartas de final

Dia 17.08 – (22h15) – Brasil 3 x 1 Argentina (25/22, 17/25, 25/20 e 25/23)

Semifinal

Dia 19.08 – (22h15) – Brasil 3 x 0 Rússia (25/21, 25/20 e 25/17)

Final

Dia 21.08 – (13h15) – Brasil 3 x 0 Itália (25/22, 28/26 e 26/24)

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