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Ágatha e Bárbara com sensação de gratidão e dever cumprido pela prata

emoção

18 de agosto de 2016

Brasileiras com a medalha de prata dos Jogos

(Renan Rodrigues/CBV)

No Rio de Janeiro (RJ) – 18.08.2016

Uma medalha com sabor de trabalho. Ágatha e Bárbara Seixas destacaram o orgulho pela conquista da prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (18.08), em coletiva de imprensa no Espaço do Time Brasil, na zona Oeste da cidade. A dupla comentou a grande jornada até o pódio e revelou mais detalhes sobre a decisão.

A campanha das brasileiras contou com cinco vitórias e duas derrotas, recolocando o país em uma final do torneio feminino do vôlei de praia após 12 anos. A última havia sido a prata de Adriana Behar e Shelda em Atenas, 2004. Bárbara comentou a conquista e se disse feliz e agradecida pela conquista nas areias de Copacabana.

"Trazer uma medalha para o Brasil é e sempre será motivo de alegria. Claro que o atleta tem uma visão muito crítica, quer sempre se superar, dar seu melhor. Colocar em prática tudo que se dedica e treina. Mas conquistar essa medalha exigiu muito de nós, nosso potencial como time, individualmente, também. Tivemos que jogar ao mais alto nível. É uma sensação de muita alegria, realização, gratidão e dever cumprido", disse a carioca.

Parte importantíssima da conquista, a comissão técnica foi constantemente citada pelas atletas. Ricardo de Freitas é o treinador – e também marido de Bárbara -, mas outras dez pessoas trabalharam diariamente para que o sonho da medalha se tornasse realidade. Ágatha comentou a relação, já que é casada com o preparador físico do time, Renan Rippel.

"O lado difícil é que a gente vive intensamente o vôlei dentro de casa, tenta separar, mas é difícil. Passa muitas viagens, semanas treinando. Acabamos falado muito disso. Mas o lado positivo é ver a entrega deles, querer que a gente vença. Se doarem demais. Nós só representamos o time inteiro em quadra. E conquistar tudo que conquistamos ao lado deles, juntos, é incrível", disse a paranaense, que completou.

"Essa questão de serem nossos maridos chama a atenção, mas não dá para deixar de falar de toda a equipe, pessoas que se entregaram tanto, seria até injusto só falar dos dois, são 11 pessoas, equipe que é como uma família", destacou Ágatha.

O gerente de seleções de vôlei de praia da Confederação Brasileira de Voleibol e chefe de delegação, Franco Neto, que disputou os Jogos de Atlanta, comentou sobre a força do esporte nos Jogos Olímpicos e o crescimento que a modalidade conquistou nos últimos anos.

"Vários fatores identificam o Brasil como potência no vôlei de praia. A formação de grandes ídolos, grandes conquista em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais, vários torneios internacionais. O clima tropical, o litoral grande que facilita a prática do esporte, isso facilita. E as conquistam fazem com que criemos ídolos. O trabalho da CBV junto do Comitê Olímpico Brasileiro, as competições anuais nas categorias Sub-19, 21 e 23, circuito nacional mais forte do mundo. É um conjunto de fatores que faz o país ser referencia no esporte", destacou.

Esta é a 12ª medalha do vôlei de praia brasileiro nos Jogos: duas de ouro, sete de prata e três de bronze. O número ainda aumentará para 13 medalhas na madrugada de sexta-feira (19.08), já que Alison e Bruno Schmidt estão na decisão do torneio masculino, contra os italianos Nicolai e Lupo, às 00h. 

Confira outros trechos da coletiva:

Planejamento

"Sabíamos que no início do ano não íamos estar na melhor forma, não tivemos bons resultados. E o atleta quer vencer sempre. Mas tivemos calma, sabíamos que o objetivo era agosto, que nossa melhor forma física seria agora. Tivemos que ter consciência disso, entender o momento e o processo. Felizmente deu certo, superamos grandes times pela prata" – Ágatha.

Decisão contra as alemãs

"Elas sacaram bem, isso dificultou nosso jogo, deixou elas confortáveis na estratégia, na virada de bola. Talvez pudéssemos ter mudado um pouco a estratégia pelo vento forte, mas isso não significa que venceríamos. Elas fizeram uma grande partida e mereceram vencer" – Ágatha.

"O vôlei de praia cresceu de uma maneira absurda, hoje não existe um favoritismo absoluto de Brasil e EUA, como era no passado. Ele está cada vez mais profissional e detalhista. Temos outras potencias e países que estão brigando de frente" – Bárbara.

Base na Urca

"Para nós foi importante pelo jeito como trabalhamos. As meninas são muito focadas, concentradas, gostam de ter o espaço delas, com poucas distrações. Todo o pessoal do COB e do Exército estava sempre pronto a nos ajudar em tudo. A equipe inteira unida nas atividades e durante todos os jogos foi um diferencial pra nós. A presença deles foi fundamental, e isso não seria possível com todos na Vila" – Ricardo Freitas (técnico).

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro