Na noite desta segunda-feira (07.12), a Academia do Voleibol abordou a Aprendizagem Motora aplicada ao voleibol. O convidado desta semana foi o Doutorando Leandro Dutra, que também é instrutor da Comissão Nacional de Treinadores, a Conat, e apresentou resultados de pesquisas que vem realizando na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A Academia de Voleibol é um projeto realizado pela Conat e tem como objetivo difundir conhecimento e trocar experiências durante a pandemia da COVID-19. Uma das principais bandeiras levantadas é a produção de conteúdo científico por parte dos treinadores brasileiros.
No âmbito da Aprendizagem Motora, Leandro Dutra abordou especialmente dois pontos: Estrutura de Prática, tema sobre o qual está estudando em seu Doutorado, e Estabelecimento de Metas, tema que abordou em sua tese de Mestrado.
– Dentro da Estrutura de Prática, a gente tem como possibilidade, quais as formas ou a ordem de apresentar essa estrutura para os jovens. Para alguns aprendizes, com nível de habilidade mais baixo, ele precisa de um determinado tipo de ordem para facilitar o aprendizado. Para pessoas mais experientes, ele precisa de outro tipo para melhorar o desempenho – explicou o instrutor.
Nesse sentido, Leandro Dutra destacou que é preciso pensar a Estrutura de Prática pensando em uma progressão de maior repetibilidade a menor repetibilidade de acordo com o nível de habilidade. Assim, sujeitos menos experientes começariam com mais práticas em blocos, passando depois para práticas seriadas, chegando a uma maioria de práticas aleatórias com a evolução de se desempenho.
Ainda sobre a Estrutura de Prática, o Doutorando falou sobre o espaçamento da prática e apresentou estudos que mostram que a prática maciça, ou seja, com menor intervalo entre os exercícios, teriam resultados melhores no aprendizado do que atividades com intervalo maior, a prática distribuída.
Para finalizar, o instrutor abordou a importância do Estabelecimento de Metas, que também influenciam o desempenho do aprendizado. Ele destacou a necessidade de as metas serem específicas e desafiadoras, mas realistas. E sugeriu também mesclar metas individuais com de grupo para uma interação maior do sistema.
– O estabelecimento de metas tem que ser pensando também no nível de habilidade. Sempre meta específica e desafiadora. Pensar em exercícios com metas individuais e com metas em grupos – completou.
O encontro contou ainda com a participação dos professores Luís Delmar da Costa Lima, o Duda, e João Crisóstomo Marcondes Bojikian, que também abordaram pontos relevantes à discussão.
Esse foi o 53° encontro da Academia do Voleibol, que realiza reuniões virtuais com temas variados sobre vôlei de praia, vôlei de quadra e Conat. O conteúdo fica disponibilizado no Canal Vôlei Brasil (http://canalvoleibrasil.cbv.com.br).
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro