Academia do Voleibol encerra temporada 2020 com apresentação sobre o projeto Vôlei Campinas

Fechando um ciclo

15 de dezembro de 2020

Carlão, Maurício, Maroni, Márcia e André no último programa de 2020

(Divulgação)

Ao longo de sete meses a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) utilizou o meio virtual para aproximar os profissionais que trabalham com a modalidade em encontros para difundir conhecimento e trocar experiências. Assim foi a Academia do Voleibol, projeto que surgiu durante a paralização das competições em razão da pandemia da COVID-19, e se consolidou como uma importante plataforma de aprendizado para aqueles com interesses profissionais e acadêmicos dentro do vôlei e vôlei de praia. Na noite desta segunda-feira (14.12), o projeto chegou ao 54º episódio e encerrou a série de eventos em 2020.

O tema do último programa do ano foi o projeto do Vôlei Campinas, que está em atividade há 10 anos. E, para falar a respeito de todos os aspectos que envolvem a viabilização e manutenção da equipe os convidados foram os campeões olímpicos André Heller e Maurício Lima, embaixadores do time, e Fernando Maroni, um dos gestores.

O presidente da Comissão Nacional de Treinadores (Conat), Carlos Rios, o Carlão, abriu a apresentação desta noite. Carlão fez um rápido balanço da Academia do Voleibol ao longo de 2020 e deu as boas-vindas aos convidados.

“Conseguimos preencher o ano de 2020 com muito conhecimento e aprendizado em diversas áreas do voleibol. Foi um projeto que teve muito êxito, envolvemos toda a comunidade do nosso vôlei. Trouxemos técnicos, atletas, e outros profissionais para falar aqui, apresentar artigos científicos, pesquisas e outras palestras de muito interesse. Hoje, para fecharmos bem o ano, vamos apresentar um caso de sucesso no voleibol nacional que é o projeto do Vôlei Campinas”, disse Carlão.

Sobre o projeto de Campinas, Fernando Maroni fez uma introdução ao tema, apresentou o histórico do time e os pilares em que ele se respalda.

“Começamos em 2010. O projeto foi criado pela ESM, uma empresa de marketing esportivo, que viu a necessidade de desenvolver um modelo esportivo no interior paulista. O projeto se divide em três pilares. Temos um braço social, onde atendemos por volta de 600 crianças por ano. Temos o fomento às categorias de base com jovens entre 14 e 20 anos. E, claro, o time de alto rendimento”, contou Maroni.

Na apresentação os palestrantes trouxeram dados interessantes sobre o projeto do Vôlei Campina, entre eles o fato do time contar com a segunda maior média de público da Superliga Banco do Brasil, e que traz um retorno de mídia 12 vezes maior que o investimento feito. No âmbito social a equipe é a maior doadora de alimentos em Campinas e região.

Um dos embaixadores do projeto, o campeão olímpico André Heller, contou como chegou ao clube como atleta logo no início em 2010, e acabou se tornando uma figura importante também fora das quadras.

“Eu fiz a minha transição de carreira aqui no time de Campinas. Antes de parar de jogar eu já tinha conversas com a diretoria, com o Fernando. Em 2014, eu fiz a minha última partida um dia e poucos dias depois já estava em reuniões e conversas para tocar o time e o projeto em si, a pensar junto. Busquei outras fontes de conhecimento antes mesmo de encerrar a carreira de atleta, e tudo que estudei, os cursos que fiz, me levaram por esse caminho”, comentou André Heller.

Integrante do projeto desde a gênesis, Maurício Lima destacou a importância dos três pilares dentro da equipe. O ex-levantador falou como o desenvolvimento da base e as ações em prol da comunidade são aspectos fundamentais para a manutenção do Vôlei Campinas.

“Em 2010 eu fui convidado para ajudar a montar o time de voleibol. E estou até hoje, o que é muito satisfatório, poder ver aonde chegamos, como tudo se desenvolveu. O nosso braço social é um aspecto muito importante do todo, e isso é motivo de orgulho. Nós somos um time competitivo, mas poder fazer mais pelo esporte, desenvolver a base e apoiar a comunidade ao nosso redor é algo maior, deixar esse legado é nossa missão mais importante”, avaliou Maurício Lima.

O papo seguiu com mais detalhes do projeto, ambições futuras e próximos passos. Fernando Maroni encerrou a participação contando sobre o trabalho da base e as projeções para o próximo ano.

“Nosso intuito é servir à comunidade, e, claro, dar retorno aos nossos patrocinadores, fomentar a prática do voleibol e criar oportunidade para os novos talentos iniciarem a carreira no esporte profissional. Temos agora um processo em curso de peneira on-line, para selecionar meninos de todo o Brasil para testes práticos em Campinas em janeiro. Estamos sempre trabalhando para seguir trilhando neste caminho do voleibol como ferramenta para marketing e mobilização social”, concluiu Maroni.

A professora Márcia Albergaria, da Universidade Corporativa do Voleibol, que também é uma das responsáveis pela realização da Academia do Voleibol, participou da conversa e finalizou o encontro agradecendo a participação dos convidados e fez um balanço da temporada.

“Eu sou muito grata a todos que se envolveram neste projeto, foi bastante produtivo. Fizemos mais de 50 encontros, contamos com muitas participações importantes. Tivemos contribuições importantes para o voleibol. Agradeço aos gestores e funcionários da CBV que foram incansáveis na produção e apoio ao nosso projeto. Conectamos profissionais de todas as partes do país. Agradeço ao Carlão e aos instrutores que passaram por aqui”, disse Márcia.

Esse foi o 54° encontro da Academia do Voleibol, que realiza reuniões virtuais com temas variados sobre vôlei de praia, vôlei de quadra e Conat. O conteúdo fica disponibilizado no Canal Vôlei Brasil (http://canalvoleibrasil.cbv.com.br). As atividades agora terão um recesso e, em janeiro, a nova temporada trará novos debates e palestras.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro