Em 2024, veio a medalha de ouro olímpica. E o 2025 do vôlei de praia brasileiro começa mirando os pódios do futuro. Desde o dia 6 de janeiro, 56 jovens de 13 a 21 anos estão no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema para o camp de treinamento organizado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Um mês de atividades que, além dos treinos técnicos e físicos, inclui avaliações de preparação física, fisioterapia e fisiologia, e palestras de temas como esporte seguro, prevenção ao doping e uso consciente das redes sociais.
“O monitoramento e o desenvolvimento de novos talentos são constantes no trabalho da CBV. Esses jovens foram identificados em peneiras realizadas pela CBV e em competições de base por todo o Brasil. O Brasil tem tradição imensa no vôlei de praia, é o atual campeão olímpico da modalidade, e o objetivo é manter essa excelência técnica. Mas neste camp o foco vai além da avaliação e do desenvolvimento técnico. Buscamos o crescimento também fora das quadras, com ferramentas que poderão ser usadas ao longo da vida”, explica Jorge Bichara, diretor técnico da CBV.
“O camp tem objetivos de curto, médio e longo prazo. Este ano, temos os Jogos Pan-Americanos Júnior (sub-23) e o Mundial sub-21. No ano que vem, o Mundial sub-19 e os Jogos Olímpicos da Juventude. Mas o principal objetivo é o desenvolvimento dos atletas, para aprimorar a parte técnica e mostrar o que envolve um treinamento completo, com fisioterapia, psicologia, fisiologia. Temos 15 profissionais de comissão técnica trabalhando nesse projeto”, diz Leandro Brachola, coordenador técnico da comissão técnica permanente de vôlei de praia da CBV.
Este é o segundo ano consecutivo que a CBV realiza o camp de janeiro em Saquarema. Dos 56 participantes, 31 são novatos, selecionados na última temporada.
“É uma experiência que não tem nem como descrever. Qualquer atleta do Brasil de vôlei de praia sonha estar aqui. Estamos respirando voleibol. Tudo o que aconteceu no vôlei brasileiro nos últimos anos começou aqui em Saquarema, e ter a oportunidade de treinar no mesmo lugar que campeões olímpicos é único”, disse Lucas, de 17 anos, que veio do Espírito Santo.
“Fiquei muito lisonjeada com a chance dessa experiência. Sei que muitas meninas do Brasil queriam isso e fui uma das escolhidas. Já tinha vindo outras vezes aqui para competir, mas ter sido chamada para treinar oficialmente sendo tão nova me deixa muito feliz”, afirmou Isadora, do Rio de Janeiro, jogadora mais nova do camp, com apenas 13 anos.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro
