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Nota de pesar – Fernando Tovar

9 de janeiro de 2025

(Divulgação/CBV)

Com imenso pesar, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) recebeu nesta quinta-feira (9/1) a notícia do falecimento de Fernando Tovar. 

Tovar marcou a história do esporte como um dos pioneiros da organização e desenvolvimento do vôlei de praia brasileiro, como diretor da CBV para a modalidade. Foi chefe de equipe do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996, quando Jackie Silva/Sandra Pires e Mônica/Adriana Samuel fizeram uma dobradinha histórica, conquistando ouro e prata para o Brasil. Além disso, foi supervisor da seleção feminina de quadra, em 1983. 

“Tovar foi o primeiro diretor de vôlei de praia da CBV, a pessoa que pavimentou o caminho de vitórias trilhado pelo Brasil na modalidade. Foi o responsável pela criação e desenvolvimento do Circuito Brasileiro e demais campeonatos, e realizou um trabalho fundamental para a conquista das históricas medalhas de 1996 e de todas as outras que vieram depois.  Além de um profissional excepcional. Tovar era um irmão que a vida me deu. Um grande amigo. É uma perda imensa para o esporte brasileiro, mas seu legado ficará para sempre” diz Radamés Lattari, presidente da CBV. 

Em homenagem a Fernando Tovar, a CBV fará um minuto de silêncio antes de todas as partidas da Superliga de quinta-feira a sábado. 

Jackie Silva, ouro nos Jogos de Atlanta-96  – “O Tovar esteve presente na época em que o vôlei de praia decolou como modalidade. Ele era uma voz de comando forte, muito disciplinador. Foi importante ter ele presente nos Jogos de Atlanta, em 1996. Ele dava espaço para os atletas falarem e existia uma troca que ajudava a todos. Uma curiosidade é que o Tovar foi meu professor de natação no Fluminense, antes de eu me tornar jogadora de vôlei. Ele foi um símbolo na briga por mais espaço para o vôlei de praia brasileiro. Desejo muita força para toda a família nesse momento”.

Sandra Pires, ouro nos Jogos de Atlanta-96 – “O Tovar participou do pioneirismo do vôlei de praia. Não é fácil ser pioneiro de nenhuma modalidade. Ele estava sempre presente, do nosso lado. Ele fez parte da nossa história, de momentos que só nós lembramos. São muitas histórias, o voleibol é uma família. Conheço a Elvira (esposa), a Priscila (filha) e sempre tivemos uma convivência. É um dia triste. Fico com as lembranças da nossa convivência intensa e do nosso resultado histórico em Atlanta. Por muitos anos também convivemos na CBV. Tenho um carinho muito grande por ele e toda a sua família. Que ele tenha uma passagem de muita paz”.

Mônica Rodrigues, prata nos Jogos de Atlanta-96 – “O Tovar foi uma pessoa muito importante para o vôlei de praia e para mim, pois se tornou um grande amigo. Lembro que fomos jogar uma etapa em Cabo Frio, bem no início das competições no Brasil, e amanheceu ventando demais. Eu e Adriana perguntamos se ia ter jogo, e ele respondeu: “Lógico! Quem joga na praia, joga com qualquer tempo”. Aprendemos a lição e nunca deixamos de jogar por causa do clima. Jogamos com vendaval de 70 km/h, com a quadra coberta de granizo… em todas as situações. Em Atlanta 96, o técnico não podia entrar na quadra nem para o treino. Chamei o Tovar, que como chefe de equipe podia entrar, e ele foi com a maior disposição ajudar no treino. Ele era assim. Um cara de coração gigante. Sentiremos saudade, mas ficam muitas lembranças maravilhosas”.