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Separadas nesta temporada, Michelle e Monique superam saudade com o celular nas mãos

Agora, adversárias

20 de novembro de 2014

Por sete oportunidades, Michelle e Monique estiveram lado a lado profissionalmente, defendendo o mesmo time. Desta vez, na Superliga feminina de vôlei 14/15, as gêmeas estão em times diferentes. Michelle é atleta do Brasília Vôlei, e Monique, do Sesi-SP. Não é a primeira vez que elas se separaram, mas a rotina distante não se torna habitual para nenhuma das duas. Para superar a saudade, o telefone celular tem sido o melhor amigo das atletas.

“Essa é a quarta temporada que jogamos separadas. Passamos mais tempo juntas do que distantes ao longo da carreira no vôlei. Conversamos muito e eu sempre tive na Michelle muito mais do que a minha irmã. Ela sempre foi a minha melhor amiga perto de mim. São horas de ligação para tentar diminuir essa saudade. Hoje mesmo já ficamos 40 minutos no telefone. Sem contar que o whatsapp é usado o tempo todo”, contou a oposto Monique.

Michelle também declara a necessidade que sente de saber tudo sobre o cotidiano da irmã. “Sempre adoramos fazer tudo juntas e estamos sentindo muita saudade uma da outra. Eu, particularmente, sinto muita falta dela nos treinamentos. Sempre que ela via que eu fazia algo errado, me corrigia, e vice-versa. Sempre conversamos muito sobre o que poderia ser feito para melhorar o time“, disse a ponteira Michelle.

As duas têm uma irmã mais velha, Danielle, e também são bem apegadas à primogênita. Mas não escondem que é um sentimento distinto. Por isso, Michelle e Monique já chegaram a usar apenas um dos dois quartos de um apartamento.

“É uma saudade diferente. Se pudéssemos, eu e a Monique passaríamos 24h do dia juntas. Para ter uma ideia, já chegamos a morar em um apartamento de dois quartos e usamos um só para ficar o tempo todo juntas”, se divertiu Michelle.

A troca de opiniões está quase sempre relacionada ao vôlei, esporte que não foi o único praticado pelas gêmeas – elas também fizeram balé, jazz, tênis e natação. Mas, os assuntos são amplos. Tudo que uma faz, a outra tem total direito de se saber.

“Ela me liga para saber o que eu achei do jogo dela e eu faço o mesmo quando o meu passa na TV”, disse Monique.
Com o casamento de Monique, os programas passaram a ser em grupo. Monique vai com Guiga e Michelle com o namorado, Rafael. “Sempre que dá, marcamos de sair todos juntos”, contou Michelle.

Para fechar o contrato

A preferência por atuar no mesmo time nem sempre pode ser priorizada. Desta vez, as duas estão sentindo esse fato e nem querem pensar em como vai ser o confronto entre Sesi-SP e Brasília Vôlei.

“Quando o time fala que tem interesse nas duas, ficamos muito felizes, mas acontece em algumas temporadas de ter que separar, caso desse ano. Mesmo que não quiséssemos, teve que ser dessa forma. Aqui no Sesi-SP já tinham fechado com as ponteiras, e o Brasília já tinha a oposto. Nem gosto de pensar em jogar contra o Brasília. É sempre muito complicado jogar contra a Michelle”, contou Monique.

“Eu prefiro jogar ao lado dela, mas tivemos opções diferentes esse ano e temos que entender quando isso acontece. Precisamos pensar no que vai ser bom profissionalmente para cada uma”, destacou Michelle.

Sexta-feira feliz

Amanhã vai ser um dia especial para as duas. Dia de reencontro. A última vez que se viram foi no aniversário, no dia 31 de outubro. Cerca de 20 dias longe nem parece tanto, mas para elas é um sacrifício.

“Amanhã a Michelle joga no Pinheiros e o nosso jogo é em casa, no Sesi-SP mesmo. Vai dar para ela terminar o jogo dela e vir ver o meu. Depois, vamos conseguir sair para jantar e é conversa para a noite toda”, programou Monique.

O jantar não deve ser só com as duas, já que as amizades são sempre as mesmas. “A maioria das pessoas que eu conheço, quando ficam sabendo que eu tenho uma irmã gêmea, querem conhecer para ver se somos iguais. Com isso, acabamos fazendo as mesmas amizades e tendo quase sempre as mesmas companhias”, concluiu Michelle.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do vôlei brasileiro