De Saquarema, (09.03)
A única vez em 20 anos que uma equipe fora do sexteto tradicional do voleibol brasileiro conseguiu invadir o pódio do Campeonato Brasileiro de Seleções Infantojuvenil Masculino – Divisão Especial, foi em 2014, com o Distrito Federal. Em 2016 o Mato Grosso poderia ter conseguido ao menos lutar por uma medalha, mas falhou no jogo decisivo e viu a vaga cair no colo do Rio Grande do Sul. Além dos gaúchos, Rio de Janeiro e São Paulo já classificados antecipadamente, os paranaenses conquistaram a vaga e vão lutar pelo título.
Nesta quarta-feira (09.03), a 3ª rodada do CBS Infantojuvenil Masculino – Divisão Especial realizado no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), poderia ter tido histórias diferentes, com cenários prováveis que se apresentavam nas tábuas de classificação.
GRUPO DA MORTE
Os paulistas, campeões em 2015, entraram em quadra com a classificação e o primeiro lugar na Chave A garantida. Mas não aliviaram para Minas Gerais, que precisava de uma vitória por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 para se classificar. No primeiro set a seleção de São Paulo demonstrou que entrou para vencer, fechando a parcial em 33/31. Minas Gerais virou, venceu o segundo set por 25/21 e o terceiro por 25/20.
A queda de produção no quarto set foi visível na equipe de Minas Gerais e São Paulo fechou a parcial com tranquilidade em 25/13. A essa altura, Minas precisaria vencer, mas contar com um jogo terminando no quinto set entre Paraná e Santa Catarina. Para facilitar a vida e as contas de paranaenses e catarinenses, São Paulo venceu o quinto set por 15/13, fechando o jogo em 3 sets a 2, chegando aos oito pontos. Os mineiros ficaram com quatro pontos.
Paraná e Santa Catarina entraram em quadra com chances de classificação. O Paraná precisava apenas vencer, já os catarinenses precisavam fazer 3 sets a 0 para conseguir a vaga na semifinal. No primeiro set a seleção de Santa Catarina entrou focada à vencer e fechou em 25/22.
Para acabar com as chances de classificação dos adversários, o Paraná abriu vantagem no segundo set e fechou em 25/13. A essa altura, aos catarinenses só interessava a vitória para terminar em terceiro lugar no grupo e fugir de um possível clássico que se desenhava no jogo da morte. Com o sonho do título, os paranaense tinham mais ânimo, e venceram o terceiro set por 25/19, e o quarto set por 25/20, fechando o jogo em 3 sets a 1, comemorando a vaga na semifinal, já que os paranaenses chegaram aos cinco pontos, deixando catarinenses na última colocação com apenas um ponto ganho.
CHAVE B
No grupo B, o Rio de Janeiro já estava com a primeira colocação garantida e enfrentava o Rio Grande do Sul, que havia perdido para o Mato Grosso, e jogava com a responsabilidade de vencer para não depender de combinação de resultados para passar à semifinal. Mato Grosso com grandes chances de buscar a classificação e Distrito Federal que ainda sonhava com a vaga acompanhavam do lado de fora a batalha que se travava em quadra.
No primeiro set, o Rio de Janeiro mostrou que as duas vitórias não eram por acaso. A seleção carioca mostrou qualidade técnica para fechar em 25/22. Com esse set, o Mato Grosso precisava apenas vencer o seu jogo por 3 sets a 0 para ficar com a segunda vaga no grupo.
Num set bastante equilibrado, em que muitas vezes o Rio Grande do Sul liderou o placar, o detalhe no final foi preponderante para que o Rio de Janeiro abrisse vantagem e fechasse a parcial em 25/23, fazendo 2 sets a 0. A essa altura, até mesmo uma vitória por 3 sets a 1 do Mato Grosso o credenciaria para a semifinal.
Mas existe um ditado no sul do país que rege a garra do povo gaúcho: ‘Não tá morto quem peleia’. A seleção do Rio Grande do Sul foi buscar o placar, venceu o terceiro set por 25/20, e ainda se manteve vivo na luta pela vaga. O set ganho pelos gaúchos tirou Distrito Federal da briga pela vaga na semifinal. A briga ficou ainda melhor quando os gaúchos fecharam também o quarto set, em 25/23, empatando a partida em 2 sets a 2.
No quinto set, prevaleceu a qualidade coletiva do Rio de Janeiro, que fechou em 15/13, fechando o jogo em 3 sets a 2. Com o resultado, o Rio de Janeiro chegou aos oito pontos na liderança, os gaúchos marcavam quatro pontos, e Mato Grosso somava três pontos e ainda jogaria com o Distrito Federal.
No confronto derradeiro da fase classificatória, apenas um interessado na vitória para a classificação: Mato Grosso. Uma vitória por qualquer placar classificaria os matogrossenses às semifinais. Mas com o desenrolar do jogo a vaga foi se esvaindo.
O Distrito Federal venceu o primeiro set por 25/19, o segundo set por 26/24. Restava ao Mato Grosso virar o jogo, e até demonstrou que poderia, ao vencer o terceiro set por 25/17. No quarto set o sonho acabou com a apito final com o placar favorável ao Distrito Federal em 25/15, fechando o jogo em 3 sets a 1. Pior que perder a vaga na semifinal, os candangos ultrapassaram os matogrossenses na tábua de classificação, nos pontos average, o terceiro critério de desempate. Do lado de fora, os gaúchos comemoraram a vaga nas semifinais.
SEMIFINAIS
São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. As quatro seleções semifinalistas só estiveram envolvidas em semifinais uma única vez nas últimas 21 edições de Campeonatos Brasileiros de Seleções, na categoria Infantojuvenil masculino. E justamente na mais antiga edição deste período, em 1995, o Rio Grande do Sul conquistou o título, com o Rio de Janeiro como vice, e o Paraná em terceiro lugar, deixando os paulistas fora do pódio.
Os paulistas são os maiores vencedores deste período. São 10 títulos conquistados em 12 finais disputadas (96, 97, 00, 01, 03, 04, 10, 11, 14 e 15). Nos dois últimos anos São Paulo foi o campeão vencendo o Rio de Janeiro na final.
Atrás dos paulistas aparecem justamente os gaúchos, que passaram à duras penas para as semifinais. Os gaúchos somam quatro conquistas (95, 99, 06 e 13) dentre as sete finais que já disputaram.
Os cariocas possuem apenas dois títulos, atrás inclusive dos mineiros que possuem três conquistas. A seleção do Rio de Janeiro venceu em 1998 e 2002, mas já disputou 11 finais.
Os paranaenses são os que possuem os números mais acanhados do quarteto semifinalista. A seleção do Paraná possui apenas um título, conquistado em 2008, e esteve em apenas quatro finais, perdendo uma final para cada um dos semifinalistas (São Paulo em 2001, Rio de Janeiro em 2002 e Rio Grande do Sul em 2006).
Tradicionais rivais, São Paulo (1º colocado da Chave A) pega o Rio Grande do Sul (2º colocado da Chave B) às 16h00.
Já o Rio de Janeiro (1º colocado da Chave B) enfrenta o Paraná (2º colocado da Chave A), com jogo programado para iniciar às 17h30.
Nos jogos que decidem a permanência na elite do voleibol brasileiro, Distrito Federal e Santa Catarina jogam às 13h00. Minas Gerais e Mato Grosso medem forças às 14h30. Os vencedores destes dois jogos asseguram também vaga na Taça Sami Melinski, na categoria infantil, que será realizada no segundo semestre de 2016. Os perdedores, vão disputar a 1ª Divisão do CBS em 2017.
Todos os jogos terão transmissão da CBVTV.
FORMATO DE DISPUTA
Na Divisão Especial oito seleções participantes formam duas chaves e jogam entre si, as duas melhores campanhas avançam para as semifinais, as demais disputam de 5º a 8º lugar. As duas piores campanhas caem para a 1ª Divisão em 2017. As seis melhores campanhas, além da manutenção na elite, garantem vaga para a Taça Sami Melinski na categoria infantil, que será realizada no segundo semestre.
CHAVES
Chave A:. São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina
Chave B: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso.
TABELA
PRIMEIRA RODADA (segunda-feira – 07.03)
Jogo 01 – São Paulo 3×1 Santa Catarina, (19/25, 25/15, 25/23 e 25/19) em 2h04
Jogo 02 – Minas Gerais 2×3 Paraná, (19/25, 22/25, 25/19, 23/25 e 11/15) em 2h27
Jogo 03 – Rio de Janeiro 3×0 Mato Grosso, (25/20, 25/13 e 25/18) em 1h24
Jogo 04 – Rio Grande do Sul 3×1 Distrito Federal, (25/22, 23/25, 25/19 e 25/22) em 2h06
SEGUNDA RODADA (terça-feira – 08.03)
Jogo 05 – São Paulo 3×1 Paraná, (25/22, 19/25, 25/19 e 25/20) em 1h51
Jogo 06 – Minas Gerais 3×2 Santa Catarina, (26/28, 25/16, 26/28, 25/22 e 17/15) em 2h46
Jogo 07 – Rio de Janeiro 3×0 Distrito Federal, (27/25, 25/19 e 25/17) em 1h34
Jogo 08 – Rio Grande do Sul 1×3 Mato Grosso, (25/20, 23/25, 20/25 e 22/25) em 2h05
TERCEIRA RODADA (quarta-feira – 09.03)
Jogo 09 – São Paulo 3×2 Minas Gerais, (33/31, 21/25, 20/25, 25/13 e 15/13) em 2h20
Jogo 10 – Paraná 3×1 Santa Catarina, (22/25, 25/13, 25/19 e 25/20) em 1h49
Jogo 11 – Rio de Janeiro 3×2 Rio Grande do Sul, (25/22, 25/23, 20/25, 23/25 e 15/13) em 2h26
Jogo 12 – Distrito Federal 3×1 Mato Grosso, (25/19, 26/24, 17/25 e 25/15) em 1h44
QUARTA RODADA (quinta-feira – 10.03)
DISPUTA DE 5º A 8º LUGAR
Jogo 13 – Distrito Federal x Santa Catarina, às 13h00 – CBVTV
Jogo 14 – Minas Gerais x Mato Grosso, as 14h30 – CBVTV
SEMIFINAIS
Jogo 15 – São Paulo x Rio Grande do Sul, às 16h00 – CBVTV
Jogo 16 – Rio de Janeiro x Paraná, às 17h30 – CBVTV
QUINTA RODADA (sexta-feira – 11.03)
DISPUTA DE 7º LUGAR
Jogo 17 Perdedor do jogo 13 x Perdedor do jogo 14, às 10h00
DISPUTA DE 5º LUGAR
Jogo 18 Vencedor do jogo 13 x Vencedor do jogo 14, às 10h00
DISPUTA DE 3º LUGAR
Jogo 19 Perdedor do jogo 15 x Perdedor do jogo 16, às 13h00 – CBVTV
FINAL
Jogo 20 Vencedor do jogo 15x Vencedor do jogo 16, às 14h30 – CBVTV
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro
