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Tour nacional vira referência e explica sucesso brasileiro no Circuito Mundial

nível alto

13 de fevereiro de 2017

Circuito Brasileiro é composto por nove etapas

(Divulgação)

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 13.02.2017

Olhar para o sucesso brasileiro no último final de semana, nas etapas do Circuito Mundial e Circuito Sul-Americano, passa também por entender como os resultados foram obtidos. E o Circuito Brasileiro é a chave para compreender como um mesmo país saiu com ouro e prata, nos dois naipes, em um torneio com a presença de diversos atletas olímpicos.

Manter um calendário extenso, oferecendo premiação e permitindo que os times se estruturem, é uma das explicações. O Circuito Brasileiro – elite do esporte no país – é composto por nove etapas, cada uma pagando R$ 420 mil em prêmios, além do Superpraia, que reúne os melhores times do ano e oferece o dobro do prêmio de uma etapa normal. 

Para o maior campeão da história do Circuito Mundial, o ídolo Emanuel, que venceu o giro internacional por dez temporadas, o segredo está mesmo ‘dentro de casa’. Não por acaso o paranaense é também o maior vencedor do Circuito Brasileiro, campeão por nove vezes.

"Eu tenho plena consciência de que os resultados do Brasil no Circuito Mundial são consequência do trabalho desenvolvido no Circuito Brasileiro. Principalmente porque, quando o tour internacional se encerra, outros países não têm a mesma frequência de torneios. Os times brasileiros se mantêm em atividade, e em alto nível. Os times recém-formados, por exemplo, tiveram seis etapas nacionais desde os Jogos Olímpicos do Rio até agora, e puderam aumentar entrosamento e corrigir detalhes", analisou.

Além dos ouros de Larissa/Talita e Álvaro Filho/Saymon e das pratas de Ágatha/Duda e Evandro/André Stein no Major Series dos EUA, o Brasil conquistou outras quatro medalhas no Sul-Americano, com ouro para Vitor Felipe/Jô e Ana Patrícia/Rebecca, prata para Tainá/Victoria e bronze para Arthur/George. Resultado destacado pelo campeão olímpico Emanuel, que hoje é presidente da Comissão de Atletas de Vôlei de Praia.

"Foram 14 duplas brasileiras em competições internacionais neste fim de semana, somando o Circuito Sul-Americano. Nenhum outro país tem 14 duplas de ponta, não apenas participando, mas brigando pelas primeiras colocações e possibilitando a conquista de oito medalhas, isso é um número muito significativo graças ao apoio da CBV e dos patrocinadores".

No ano de 2016 a CBV organizou impressionantes 40 etapas em 11 torneios diferentes, uma média superior a três por mês. Foram realizados 3.829 jogos no total, com 52 transmissões de TV (SporTV e TV Globo). Para isso, foram pagos R$ 10.308.820 em premiações, incluindo as quatro etapas internacionais disputadas no país. 

"Os circuitos brasileiros têm dois grandes méritos. Mantêm as duplas já profissionais em competição de alto nível durante vários meses, com Challenger, Nacional e Open, e também permite o desenvolvimento de novos talentos, com Sub-19, Sub-21 e Sub-23. O alto nível começa na base, passa pela afirmação nacional e vai até os Jogos Olímpicos. Com uma estrutura para detectar e apoiar jovens talentos", destacou Fulvio Danilas, diretor de Vôlei de Praia da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).

O apoio aos times também é parte fundamental do processo, com passagens aéreas para oito duplas (quatro em cada naipe) nas etapas do Circuito Mundial, incluindo uma para comissão técnica. Em Fort Lauderdale, por exemplo, foram 24 passagens. Comitê Olímpico do Brasil (COB) e Ministério do Esporte foram apoiadores fundamentais na preparação das duplas durante todo ciclo olímpico, fornecendo profissionais de alta capacidade e bolsas aos atletas que disputaram a Rio 2016. 

Emanuel também ressaltou a quebra de paradigmas do vôlei de praia brasileiro. Privilegiar qualidade, e não apenas aspectos físicos. Exemplos não faltam, como Bruno Schmidt, campeão olímpico e duas vezes seguidas melhor do mundo, Álvaro Filho, medalhista pan-americano e melhor atleta do Mundial de 2013, e Guto, eleito ‘novato do ano’ em 2016.

"Eu acho que hoje nosso circuito nacional é mais técnico, produzindo jogadores com capacidade de saques e ataques versáteis. No Circuito Mundial os atletas estrangeiros são mais altos e fortes, e o Brasil acaba levando vantagem por ter mais opções de improvisação. O Álvaro Filho é um exemplo disso, era o jogador mais baixo dos oito semifinalistas em Fort Lauderdale e foi o maior pontuador da final".

O Brasil é atualmente o vencedor de todos os Campeonatos Mundiais em todas as categorias. Em 2016 o país conquistou o ouro olímpico, World Tour Finals, sete etapas do Circuito Mundial, Circuito Sul-Americano e Campeonatos Mundiais Sub-21 e Sub-19 entre os homens. As mulheres tiveram a prata olímpica, além de quatro ouros em etapas do Circuito Mundial, Campeonatos Mundiais Sub-21 e Sub-19, e Circuito Sul-Americano.

ETAPA MACEIÓ (AL)
A próxima etapa do Circuito Brasileiro acontece já neste final de semana, em Maceió (AL), na Praia de Pajuçara. As duplas que estiveram em Fort Lauderdale entram em ação de sexta-feira (17.02) a domingo (19.02). Antes, de terça (14.02) a quinta-feira (16.02) ocorre a disputa do Circuito Banco do Brasil Nacional, divisão de acesso ao Open. Os jogos ocorrem na Av. Dr Antonio Gouveia, altura do nº 170, com entrada franca à torcida.

Os times participantes e a tabela da 7ª etapa do Circuito Brasileiro com os horários da primeira rodada já estão disponíveis no site da CBV, no link http://www.aplicativoscbv.com.br/circuitobb/tabelas_o.asp A imprensa interessada em realizar a cobertura da etapa deve enviar pedido de credenciamento com nome completo, função, veículo e RG para o e-mail ‘imprensa@volei.org.br’. A retirada das credenciais será realizada na própria arena, na sala de imprensa, a partir de sexta-feira, das 9h às 19h.

Os profissionais deverão apresentar-se com o crachá funcional do veículo pelo qual trabalham ou com uma carta de solicitação de credenciamento em papel timbrado do mesmo, assinado pelo chefe de reportagem ou editor. Os jornalistas Renan Rodrigues (21 99290-4767) e Rogério Lauback (21 99429-7157) realizarão o credenciamento e auxiliarão a imprensa.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro