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Com nome de celebridade, levantador maranhense é o mais novo em quadra no CBS

Caçula

23 de março de 2017

Marcos Van Basten do Maranhão

(MPIX/CBV)

Com nome de jogador de futebol e pouca altura, o levantador reserva da seleção do Maranhão é o jogador mais novo do Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-20 Masculino da 1ª divisão. Único atleta nascido em 2001, Marcos Van Basten, com 1m69, vai para os jogos com uma camisa de manga comprida por baixo do uniforme por causa do suor.

De Imperatriz no Maranhão, cidade que fica a mais de 600 km de distância da capital São Luís e faz divisa com Tocantins, Van Basten conta que seu maior sonho é um dia poder ser treinado pelo técnico Bernardinho. Viciado em voleibol ele assiste a todas as competições brasileiras e internacionais pela televisão e se espelha nos levantadores Bruninho e Gianelli da Itália.

O garoto é sobrinho de Getúlio Melo, treinador da seleção do Maranhão. Há mais de 15 anos na profissão, Melo já foi estagiário de Bernardinho na seleção Brasileira e falou sobre o menino para ele. “Eu era pequeno, tinha uns 8 ou 9 anos, tinha até um vídeo dele falando sobre mim. A sensação é muito boa, porque é o melhor treinador do Brasil, talvez do mundo e ele sabe quem eu sou, então para mim é bem gratificante”, diz Van Basten.

O jovem atleta conta que praticamente nasceu dentro de uma quadra de vôlei. Apesar do pai sempre ter tentado levar o menino para o caminho do futebol, ele ajudava seu tio a recolher as bolas dos treinamentos e começou a jogar vôlei com 5 anos. Van Basten considera seu tio um segundo pai. E Melo tem um orgulho estampado nos olhos quando fala das conquistas do sobrinho. “Ele apesar de novo já tem uma certa experiência, foi  vice-campeão Brasileiro da segunda divisão em 2016 e foi vice-campeão Brasileiro escolar também, ele tem tudo para ser uma revelação”.

Van Basten entra pouco no time titular, mas sabe que isso serve para ele amadurecer e evoluir cada vez mais no seu jogo. “Ano passado a minha bola nem chegava na ponta e agora já está chegando”, explica o levantador. “Eu queria jogar mais, ninguém está satisfeito na reserva, mas eu entendo que o treinador tem que dar preferência para os mais velhos”.

Muito descontraído e falante, o menino não fica tímido por ser o mais novo. Está sempre no meio de todas as brincadeiras com os outros jogadores e diz que participar do CBS é uma das melhores sensações para ele.

 “Eu acho bom demais, porque eu tenho 16 anos e vim para um campeonato de sub-20, da 1ª divisão, que não é pouca coisa, então não importa se eu sou o que mais sofro com os mais velhos. Estar nesse ambiente, poder entrar na quadra e defender o meu estado é a melhor coisa”, diz o jovem bem humorado.  

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro