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Técnicos exaltam conquista do bicampeonato no vôlei de praia e trabalho na base

Mundial Sub-21

18 de julho de 2017

Robson orienta dupla durante final do Mundial Sub-21

(Divulgação/FIVB)

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 18.07.2017

A conquista do bicampeonato mundial Sub-21 de vôlei de praia, no último domingo (16.07) contou com desempenho irretocável de Duda/Ana Patrícia (SE/MG) e Adrielson/Renato (PR/PB). Fora de quadra, porém, dois personagens tiveram papel fundamental no sucesso das duplas. Os técnicos Robson Xavier e Cida Lisboa foram responsáveis por transmitir conhecimento tático, suporte psicológico e experiência.

Robson Xavier, que coordena um projeto de vôlei de praia em Maringá (PR), conseguiu auxiliar os comandados em um momento difícil na final. O Brasil perdia por 20 a 14 no primeiro set, e muitos poderiam considerar o confronto perdido. Um pedido de tempo do comandante e uma mudança de posição em quadra foram responsáveis por recuperar a confiança de Adrielson e Renato em busca do ouro.

“Começamos a final sentindo mais pressão, então foi um pouco na raça também. Pedimos tempo e disse para eles acreditarem, a ideia era manter a crença de que era possível. Pedi ao Adrielson, que é mais velho e experiente, que ajudasse. Invertemos a posição deles com Renato indo para a saída de rede, e começamos a nos encontrar. As coisas foram acontecendo, uma virada memorável. É algo surreal, inusitado, mas que pode acontecer no esporte. No segundo set controlamos as emoções e o título veio”, analisou Robson.

No naipe feminino, Cida Lisboa esteve ao lado de Duda e Ana Patrícia nos títulos conquistados pela parceria, além de ser responsável por formar e lapidar talentos em Sergipe. A treinadora, que também é mãe de Duda, destacou a química da dupla, que nunca perdeu um jogo. São três torneios disputados (dois Mundiais Sub-21 e uma edição dos Jogos da Juventude), três títulos, 23 vitórias e apenas dois sets perdidos.

“Esse título foi maravilhoso, elas realmente são sensacionais, pois não treinam juntas. Cada uma mora em um estado, mas a química delas é muito boa. A prova está nesse retrospecto de três campeonatos  e três ouros. São muito guerreiras. Aqui foi um torneio diferente, um calor muito forte, a areia estava bastante fofa também, mas elas aguentaram até o final, mesmo tendo uma rotina com torneios do adulto. Estamos muito contentes com tudo, principalmente por ter colocado o Brasil mais uma vez no topo do mundo nas duas categorias”, disse Cida.

Robson Xavier também elogiou o apoio das seleções de base, que passaram períodos de treinamento no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema. A delegação também fez uma semana de preparação nos Estados Unidos, onde disputou torneio contra equipes da categoria, antes de partir finalmente para a China.

“Foi uma conquista única, repetir os títulos nos dois naipes, e os meninos ainda sem perder nenhum set. Uma campanha irretocável. Temos que agradecer ao trabalho da Confederação Brasileira de Voleibol, que nos permitiu extrair o melhor nível destes jovens, a Federação Paranaense de Voleibol, pelo projeto em Maringá, além dos atletas, da comissão técnica, que sempre trabalhou em conjunto. São vários responsáveis por esse feito”, completou.

O Brasil se mantém como maior vencedor do Campeonato Mundial Sub-21, agora com impressionantes 14 títulos, sendo seis no masculino e oito no feminino.

Ana Patrícia e Duda levaram o bicampeonato e se igualam a outras quatro atletas: as brasileiras Bárbara Seixas, Carol Solberg e Taiana, e a suíça Nina Betschart. Já Renato e Adrielson, subiram ao pódio pela primeira vez. O paraibano Renato já era campeão mundial Sub-19, mas jogando ao lado de outro parceiro, Rafael.

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