Uma jovem promessa do vôlei masculino vem surgindo nas categorias de base do Brasil. Victor Cardoso nasceu em Birigui, no interior de São Paulo e, por isso, é chamado por muitos pelo nome da cidade. O ponteiro chega com características importantes para um jogador da sua posição, o que chamou atenção dos treinadores. Nesta temporada, com 18 anos, foi chamado por Nery Tambeiro para a seleção sub-21, que foi campeã da Copa Pan-Americana e terminou em quarto lugar no Campeonato Mundial. Agora, está com Leonardo Carvalho na seleção sub-19, que se prepara para o Mundial de 18 a 27 de agosto, no Bahrein.
“O Victor tem como características principais o alcance de ataque e um bloqueio agressivo, além de um saque viagem forte para jogadores desta categoria. Mesmo sendo um atleta privilegiado fisicamente, ele também tem um bom desempenho em relação a recepção o que é fundamental para um ponteiro”, analisou o treinador da equipe sub-19 do Brasil.
Victor chegou para a seleção mais nova com a experiência de ter atuado como titular da categoria acima nas duas competições. Na primeira, no Canadá, em maio, além de ajudar o Brasil a ser campeão, foi eleito o melhor jogador do campeonato. Depois, no Mundial, na República Tcheca, no final de junho e começo de julho, teve boa participação na campanha que culminou com o quarto lugar.
“O Victor chegou a seleção sub-19 no ano passado e teve uma grande evolução técnica. Em função disso, acabou sendo convocado para a seleção sub-21, onde foi titular da equipe mesmo tendo dois anos a menos. Nesse período junto a seleção sub-21, ele ganhou muita experiência e maturidade, se tornando hoje um atleta mais consistente”, elogiou Leo Carvalho.
Após as duas experiências, o ponteiro, que é atleta do Sesi-SP, conta que foi surpreendido ao ser chamado para seleção sub-21 e que buscou adquirir conhecimento para, agora, ajudar ainda mais a sua verdadeira categoria.
“Disputei o Campeonato Brasileiro e logo em seguida veio a convocação. Não esperava ser chamado para a seleção sub-21. Foi tudo muito rápido e fiquei emocionado. Procurei ao máximo ganhar experiência e percebi que evoluí bastante com o decorrer dos treinamentos. Mesmo sendo mais novo, acho que consegui chegar ao nível dos mais velhos. Fiz a minha parte na Copa Pan-Americano e depois, no Mundial, fizemos uma boa competição”, disse Victor.
Estar concentrado durante longos períodos desde o final de março no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), não é problema algum para o jogador. Segundo ele, nos momentos em que não está em quadra, treinando, o seu passatempo preferido é assistir os treinos das demais seleções que estão presentes no centro de treinamento.
“Quando estamos de folga, procuro assistir as seleções que estiverem treinando, tanto do feminino, quanto do adulto, seja qual for, na busca por me aperfeiçoar cada vez mais. Eu amo jogar vôlei, todos da minha família são ligados ao esporte e isso aqui é a minha vida”, afirmou Birigui, filho e irmão de jogadores de voleibol.
“O meu pai jogou. Ele chegou a pegar a seleção do Mato Grosso do Sul e sempre foi o meu maior incentivador. O meu irmão mais velho, Gilmárcio, hoje com 24 anos, jogou por um período e o do meio, Leonardo, que está com 20, disputou o Mundial Sub-19 em 2015, na Argentina, e também veio para a seleção no ano passado, quando acabou cortado. Somos todos apaixonados por vôlei”, contou Victor.
Sonhos de um jovem atleta
O início da trajetória foi na cidade natal, onde logo obteve destaque. “Comecei a jogar em Birigui e passei a me destacar na região. Em 2014, fiz um bom Campeonato Paulista e fui convocado pela primeira vez para a seleção brasileira sub-17. Na época, foi a realização de um sonho. Sabemos que qualquer atleta, de qualquer modalidade, tem como meta defender o seu país. Foi uma felicidade enorme”, lembrou o atleta.
De lá para cá, continuou sendo chamado para representar o país em diferentes competições. “Estar aqui no CDV é sensacional. Estar ao lado dos nossos maiores ídolos é algo que não dá para descrever. Só de passar pelo Wallace, pelo Lucarelli, e todos os outros, é uma sensação muito legal. E eles nos ajudam bastante. Às vezes estamos treinando e eles ficam assistindo. É muito bacana”.
Sobre o futuro, Victor Birigui é determinado: “Sem dúvida, meu sonho é um dia defender a seleção principal e poder disputar uma edição de Jogos Olímpicos. Sei que, para isso, vou precisar de dedicação, empenho e foco e estou empenhado para isso”, concluiu o ponteiro.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do vôlei brasileiro