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Primeira semana de Laboratório de detecção de novos talentos avalia 39 jovens

Nova geração

17 de janeiro de 2019

Participantes do laboratório conversaram com a bicampeã olímpica Fabi

(Divulgação/CBV)

De olho no futuro da modalidade, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), realiza no primeiro mês do ano o Laboratório de Detecção de Talento com jovens de todo o país. Nesta semana, entre os dias 14 e 21, 39 atletas participam do processo de avaliação no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ).

No naipe feminino, 20 meninas entre 13 e 14 anos estão sendo avaliadas. Elas foram selecionadas a partir de observações feitas por representantes das comissões técnicas das seleções de base do Brasil em competições como os Jogos Escolares, os Campeonatos Brasileiros de Seleções (CBS) e Campeonatos Brasileiros Interclubes (CBI), além da plataforma de vídeos disponibilizado no site da CBV. A catarinense Helena Wenk, de 13 anos e 1,97 de altura, foi descoberta por um desses vídeos.

“Meu treinador falou para todas as meninas que treinavam lá comigo em Joinville, que a CBV agora iria avaliar atletas pelos vídeos. E meu sonho sempre foi ser uma jogadora profissional. Então juntei alguns vídeos meus de competições, pedi para um amigo do meu pai editar e enviei. Fiquei muito feliz de ter sido chamada, esta é uma oportunidade maravilhosa. Os treinamentos são bem puxados, e eu prefiro assim, estou aprendendo muitas coisas que levarei para o resto da vida”, contou Helena.

A altura da jovem impressiona, e a busca por novos talentos e de alta estatura se reflete na média entre as 20 participantes, que chega a 1,85m. No naipe masculino são 19 rapazes entre 14 e 15 anos, e o número é ainda mais notável, 1,95m, com destaque para o central Maicon dos Santos, do Rio de Janeiro, que mede 2,10 com apenas 14 anos.

“Desde pequeno meus pais me incentivaram a jogar vôlei, e na rua as pessoas também me perguntam se eu jogo, por causa da minha altura. Ser profissional como o Giba, por exemplo, é o meu sonho. A experiência de conhecer o CDV, estar com amigos, é muito bom. Cheguei mais nervoso, e agora, depois de praticar um pouco, me senti mais à vontade”, comentou Maicon.

A diversidade na origem dos atletas também chama a atenção. Nesta primeira semana há atletas de 13 Unidades da Federação. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Distrito Federal, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Ceará e Amazonas têm representantes nos treinos no CDV. E esta variedade é vista com bons olhos por Luiz Carlos Rodrigues da Silva, o Kadillac, assistente técnico da seleção sub-19 masculina do Brasil. Para o treinador, o trabalho feito pelos clubes e as competições nacionais tem dado frutos.

“É muito importante termos a oportunidade de observarmos esses jovens de perto, e dá-los uma vivência no ambiente da seleção. Hoje temos uma grata surpresa deste grupo, que mostra muito potencial. Essa geração está aqui para ser avaliada e formará a seleção sub-18 no Sul-Americano de 2020. Então temos bastante tempo para trabalhar, mas eles têm um nível de voleibol bastante interessante, com grande potencial, sinal que os clubes estão também fazendo um bom trabalho. Ainda temos mais jogadores para serem observados nas competições de base como os Jogos Escolares, os Campeonatos Brasileiros Interclubes e os Campeonatos Brasileiros de Seleções”, avaliou Kadillac.

Para incentivar ainda mais os jovens atletas, nesta quarta-feira (16.01), eles tiveram a oportunidade de conhecer e conversar um pouco com a bicampeã olímpica Fabi, que visitou o CDV e mexeu com os ânimos da garotada. A ex-atleta aproveitou para passar um pouco da experiência no voleibol, e respondeu as perguntas da nova geração.

“É muito rico poder trocar experiências com quem está começando. Eu me espelhei em alguns ídolos do esporte, e, hoje, ser inspiração para eles me dá a sensação de que a minha missão está cumprida no voleibol. Fiquei impressionada com o potencial dos meninos e meninas que estão aqui. E acredito que estamos no caminho certo”, falou Fabi.

O laboratório continua na próxima semana com mais 40 participantes. Entre as meninas serão avaliadas mais 20 atletas, desta vez nascidas entre 2002 e 2003. E 20 meninos nascidos de 2001 a 2004 compõem o grupo.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro