Não faltou emoção nas semifinais do torneio feminino do Open de Fortaleza (CE). O público presente na arena montada no Aterro da Praia de Iracema, na tarde deste sábado (23.02), teve uma amostra do porquê o vôlei de praia brasileiro é o melhor do mundo. Maria Elisa/Carol Solberg (RJ) e Ágatha/Duda (PR/SE), venceram os respectivos jogos e se enfrentam pelo título na capital cearense.
A decisão acontece na manhã deste domingo (24.02), às 11h, com transmissão ao vivo do SporTV 2. A decisão do bronze entre Talita/Taiana (AL/CE) e Bárbara Seixas/Fernanda Berti (RJ) começa às 10h, e também será televisionada.
Campeãs do Circuito Brasileiro 17/18, Maria Elisa e Carol (RJ) ainda buscam o primeiro título em uma etapa na temporada atual. Elas chegaram à final em Fortaleza depois de uma partida muito disputada contra Talita/Taiana (AL/CE). No duelo Maria e Carol venceram por 2 sets a 1 (21/18, 21/23 e 24/22).
“Vencer um jogo assim é maravilhoso, é para isso que a gente treina. Tenho um preparador físico (Júlio Noronha) que me cobra muito, ‘pega no meu pé’. Não tenho mais 20 anos de idade, então, terminar um tie-break como esse me sentindo tão bem é motivo de agradecimento. Tenho uma comissão técnica maravilhosa, o Luciano Kioday é um treinador incrível, o trabalho da nossa psicóloga também é muito importante. Estou muito feliz por voltar a disputar uma final do Circuito Brasileiro”, comentou Maria Elisa.
Para Carol Solberg a vontade de vencer faz diferença. A atleta conta que na última etapa a dupla ainda não estava no ritmo ideal, o que pesou no resultado. Carol agora afirma que ela e a parceira vieram à Fortaleza mais focadas.
“Eu acho que toda etapa é importante ir acelerando, ganhando ritmo. Na etapa passada ainda não estávamos tão preparadas, tínhamos vindo de um treinamento forte de pré-temporada, ainda não estávamos totalmente focadas no Circuito Brasileiro. E nesta etapa a gente chegou querendo muito, muito focadas em ter um desempenho bom. É ótimo voltar a disputar uma final, voltar a sentir essa energia e vivenciar esses jogos incríveis. Amo jogar aqui, a torcida é muito participativa, faz barulho. A gente trabalha, treina para esses momentos. Apesar da tensão do tie-break, é muito legal sentir isso”, disse a jogadora.
A segunda semifinal do torneio feminino também não deixou arrefecer os ânimos dos torcedores. Ágatha e Duda venceram Bárbara Seixas e Fernanda Berti no tiebreak (21/14, 18/21 e 15/13). A medalhista olímpica e campeã mundial Ágatha, avaliou a campanha da dupla nesta etapa em Fortaleza.
“Da etapa anterior para esta a diferença é nítida no nível dos times. E isso vai acontecer ainda mais conforme nos aproximamos do início do Circuito Mundial. Todos os times já estão com mais pegada. A tendência é que os jogos fiquem mais difíceis. O que tem o lado bom que nos dá muito mais ritmo de jogo no Circuito Internacional. Os dois últimos jogos aqui foram mais em cima de mim, usei muito a minha experiência. Usei as minhas ferramentas. A gente troca muita informação durante o jogo e isso nos leva adiante”, contou Ágatha.
O Circuito Brasileiro 18/19 conta com sete etapas, começando em setembro de 2018 e seguindo até abril deste ano. Na primeira etapa da temporada, disputada em Palmas (TO), Hevaldo/Arthur Lanci (CE/PR) e Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) ficaram com a medalha de ouro. Já na segunda parada, disputada no mês de outubro, em Vila Velha (ES), títulos para Guto/Saymon (RJ/MS) e Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ).
Em Campo Grande (MS), em novembro do ano passado, ouro de Pedro Solberg/Bruno Schmidt (RJ/DF) e Ágatha/Duda (PR/SE). Já em janeiro deste ano, na retomada do tour em São Luís (MA), títulos para Ricardo/Álvaro Filho (BA/PB) e Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE). Ainda serão disputadas etapas em Natal (RN), em março, e João Pessoa (PB), em abril.
Além das duplas campeãs de cada etapa, também existem os campeões gerais da temporada, somando a pontuação obtida nos sete eventos. A competição distribui R$ 45 mil às duplas campeãs dos dois naipes, e todos os times na fase de grupos são premiados. Ao todo, são distribuídos quase R$ 500 mil por etapa.
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