Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 17.06.2019
O Brasil inicia nesta terça-feira (17.06) a participação no 17° Campeonato Mundial Sub-21 de vôlei de praia, que nesta temporada acontece na cidade de Udon Thani (Tailândia). A delegação brasileira é composta por quatro duplas, duas em cada naipe, e busca manter o histórico de resultados positivos – o país é o atual campeão dos dois gêneros e o maior vencedor do torneio, com 14 títulos entre homens e mulheres.
No naipe feminino, Thamela e Ingridh (ES/PR), comandadas pelo técnico Marcelo Carvalhaes, disputam o classificatório em busca de uma das últimas quatro vagas à fase de grupos. Elas terão que vencer três jogos eliminatórios para avançarem na competição. A estreia na rodada 1 será contra as espanholas Aina Munar e Sofia González, às 22h30 desta segunda – manhã de terça-feira na Tailândia. Ingridh, que disputará o primeiro mundial, comentou a expectativa.
“É uma sensação indescritível ter essa chance, aquela coisa de querer dar meu melhor, representar meu país. É algo novo, todas as meninas já disputaram um mundial de base, e eu estou estreando. Muitas vezes eu nem acredito que estou aqui, é um sonho realizado. O trabalho feito em Saquarema foi incrível, é experienciar o alto nível e o profissionalismo total, viver o que as meninas que estão disputando a corrida olímpica estão vivendo. Treinamos em três períodos, realizamos os exercícios específicos de academia, temos a recuperação com fisioterapia e criogenia, alimentação. Vamos muito bem preparadas e acreditando que, acima de tudo, já deu certo”, disse Ingridh, defensora da dupla.
Já Vitoria e Victoria (RJ/MS) estão garantidas direto na fase de grupos e entram em quadra a partir de quinta-feira (20.06). Os grupos são divulgados na noite de quarta, após o final do classificatório, quando os 32 times são finalmente definidos.
No naipe masculino, quem entra em quadra primeiro é a dupla Lázaro Lyan e Gabriel Zuliani (GO/PR), que disputa o classificatório, nos mesmos formatos do naipe feminino: três jogos eliminatórios para ficar entre os quatro ‘sobreviventes’. O primeiro compromisso do time comandado pelo técnico Robson Xavier será às 23h20 desta segunda – manhã de terça na Tailândia – contra os canadenses Steven Abrams e Joshua Timukas.
Já os irmãos gêmeos Rafael e Renato entram direto na fase de grupos, a partir de quinta-feira. Renato já tem títulos de campeão mundial Sub-19 e Sub-21, e pela primeira vez fará parceria com o irmão em um mundial de base. Ele comentou a expectativa e espera que as experiências anteriores nos torneios de base possam auxiliar dentro de quadra.
“Estou muito feliz em poder representar o Brasil em mais uma competição internacional. Estamos com as melhores expectativas possíveis. Esperamos ter uma adaptação boa ao clima, ao fuso e jogarmos bem. Disputei outros mundiais de base, espero que essa experiência ajude dentro de quadra. Rafael também já disputou torneios, mas por já ter vivido algumas coisas e ter rodado um pouco mais, vou tentar ajudá-lo. Nos conhecemos muito bem, temos um entrosamento muito bom e vamos buscar apresentar nosso melhor, a preparação em Saquarema foi excelente e nos ofereceu toda base necessária”, destacou.
Cada país pode ter até duas duplas inscritas no torneio, uma já classificada direto na fase de grupos, e outra que disputará o classificatório, rodada eliminatória anterior que define as últimas quatro vagas disponíveis. Após o classificatório, os 32 times são divididos em oito grupos de quatro, jogando entre si. Os três melhores avançam para a fase de ‘mata-mata’.
As duplas realizaram a preparação com períodos de treinamento no Centro de Desenvolvimento de Voleibol, em Saquarema (RJ). O último ocorreu no dia 3 deste mês, com apoio de profissionais de preparação física, fisioterapia, nutrição, além do estudo de vídeos. O processo também foi realizado em parceria com os centros de treinamento locais.
Na última edição do torneio, em 2017, o Brasil foi campeão nos dois naipes, com Adrielson/Renato (PR/PB) e Duda/Ana Patrícia (SE/MG). O Brasil é o país com mais conquistas, tendo vencido 14 títulos, sendo seis no masculino e oito no feminino (veja todos os campeões abaixo). É também o único país que conseguiu um bicampeonato nos dois naipes.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro