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Alison/Álvaro Filho e Guto/Saymon já garante vaga nas oitavas em Moscou

torneio quatro estrelas

15 de agosto de 2019

Saymon (verde) disputa bola na rede com espanhol Herrera

(Divulgação/FIVB)

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 15.08.2019

O Brasil começou a etapa de Moscou (Rússia) do Circuito Mundial de vôlei de praia 2019 já garantindo duas duplas as oitavas de final do torneio masculino. Foram sete partidas nesta quinta-feira (15.08), com cinco vitórias. Alison/Álvaro Filho (ES/PB) e Guto/Saymon (RJ/MS) venceram duas vezes e foram direto às oitavas de final. Já André/George (ES/PB) venceu um jogo e perdeu outro, caindo para a disputa da repescagem.

Evandro e Bruno Schmidt (RJ/DF) acabaram superados na primeira partida e só jogam a segunda rodada da fase de grupos nesta sexta-feira (16.08). Eles precisam de um triunfo contra os norte-americanos Billy Allen e Stafford Slick para seguirem à repescagem da competição. Além da última rodada da fase de grupos e da repescagem, as oitavas de final do torneio masculino também ocorrem nesta sexta.

Guto e Saymon conseguiram os dois triunfos contra times experientes, virando as duas partidas do dia. Na primeira rodada, superaram os espanhóis Herrera/Gavira por 2 sets a 1 (17/21, 21/16, 15/13), em 49 minutos. Horas depois, valendo a primeira posição do grupo, vitória sobre os medalhistas olímpicos Brouwer e Meeuwsen, da Holanda, também no tie-break, com parciais de 17/21, 21/18, 15/9, em 49 minutos.

Os adversários das oitavas serão definidos apenas nesta sexta, após os últimos jogos da fase de grupos. O defensor Guto comentou o bom começo em Moscou e apontou um dos fatores fundamentais nas viradas: assistir diversos lances dos adversários junto à comissão técnica.

“Quando vimos o cruzamento, sabíamos que era uma chave dificílima, times olímpicos, além dos russos. Estudamos muito, acredito que foi o diferencial para termos alcançado as viradas. Assistimos aos jogos deles, observamos cada detalhe. Foram duas partidas muito bonitas de assistir. Viemos de uma eliminação na fase de grupos em Viena, ficamos chateados, mas voltamos mais fortes, nos preparando ainda mais. São jogos definidos em detalhes”, disse.

Alison e Álvaro também tiveram um bom início em Moscou, superando na estreia os russos Sivolap/Yarzutkin por 2 sets a 0 (21/18, 21/18), em 38 minutos. Horas depois, em duelo contra os letões Samoilovs e Smedins, bicampeões do Circuito Mundial em 2013 e 2014, nova vitória em sets diretos, com parciais de 21/16, 21/18, em 41 minutos de duração. Eles aguardam o fim da fase de grupos para saberem quem serão os próximos adversários.

André Stein e George também apresentaram bom volume de jogo e venceram na estreia os chineses Peng Gao e Yang Li por 2 sets a 1 (20/22, 21/14, 15/8), em 43 minutos. No segundo jogo do dia, valendo a liderança do grupo, acabaram derrotados para os belgas Koekelkoren/van Walle por 2 sets a 1 (17/21, 21/19, 15/11), em 54 minutos. Os adversários da repescagem serão conhecidos somente nesta sexta-feira.

Evandro e Bruno Schmidt disputaram apenas uma partida em Moscou, já que os times derrotados na estreia, retornam para a quadra apenas no dia seguinte. Eles foram superados pelos poloneses Rudol/Szalankiewicz por 2 sets a 0 (21/18, 21/19), em 41 minutos. Nesta sexta, precisam vencer time norte-americano para conseguir a vaga à repescagem.

A fase de grupos em Moscou é composta por 32 times em cada naipe, divididos em oito chaves com quatro duplas. Após a disputa da primeira fase, os primeiros colocados vão direto às oitavas de final, enquanto os segundos e terceiros de cada grupo disputam uma rodada eliminatória anterior, da repescagem (Round 1). O torneio segue em formato eliminatório com oitavas, quartas, semifinais e disputas de bronze e ouro.

O Brasil possui ótimo retrospecto em etapas disputadas em Moscou. A cidade já recebeu 13 etapas no naipe masculino e 11 no naipe feminino, com sete medalhas de ouro, 11 de prata e seis de bronze para duplas brasileiras. Na temporada passada, Ágatha/Duda e o então time formado por Alison/André Stein levaram a prata na capital russa.

A competição em Moscou rende cerca de R$ 78 mil para os campeões dos naipes masculino e feminino. Ao todo, o torneio distribui cerca de R$ 1,2 milhão em premiação aos atletas, além de oferecer pontuação alta para o ranking internacional – 800 para os times vencedores (mesmo número para a corrida olímpica brasileira).

Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, contam pontos para a disputa. Cada torneio possui peso correspondente de acordo com o número de estrelas. Além disso, os times podem descartar as piores participações, somando apenas os 10 melhores resultados. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.

A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.

Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro