Muitos ex-jogadores passam pelo Vôlei Master, mas poucos têm uma medalha olímpica no currículo. Um desses privilegiados é Mônica Rodrigues, prata em Atlanta 1996, que celebrou em quadra, no Centro de Desenvolvimento do Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), os 25 anos do primeiro título de Circuito Mundial com sua parceira com Adriana Samuel, em Santos (1994).
Naquele 20 de novembro, a dupla brasileira superou as americanas Karolyn Kirby e Lia Masakayan, campeãs na cidade do litoral paulista no ano anterior e algozes na final dos Jogos da Boa Vontade, disputados na Rússia, alguns meses antes.
“Do vôlei de praia eu só tenho boas memórias. Ele me deu praticamente tudo que eu tenho e fui muito feliz jogando. Estar aqui 25 anos depois jogando vôlei ainda, que coisa, né? Mas é uma lembrança muito legal que abriu caminho para gente e para o vôlei brasileiro chegar onde chegou”, recordou Mônica, que, no Vôlei Master, é atleta da quadra.
A ex-atleta da seleção brasileira também fez questão de lembrar que Masakayan jogou no sacrifício uma parte do jogo em razão de uma entorse no joelho. Curiosamente, 25 anos depois, ela entra em quadra pela categoria 45+, com sua equipe, AABB Rio no Vôlei Master, na mesma situação, apesar dos contextos bem diferentes.
“Eu tenho uma lesão no calcanhar, mas eu venho pela equipe. Gosto muito das meninas, elas se sentem bem comigo no grupo, então eu venho. Já são 11 anos que jogamos juntas e nunca ficamos fora do pódio”, contou Mônica, que também está “ajudando amigas” treinando no time do Flamengo que disputa a categoria 55+.
“Como esta semana todo mundo é Flamengo, pelo menos até sábado, e eu sou Flamengo também, estou ajudando também (risos)”, brincou, citando a final da Copa Libertadores de futebol, entre Flamengo e River Plate (ARG).
A solidariedade, amizade e diversão são algumas das principais atrações, ao lado do voleibol, claro, em Saquarema. Contudo, Mônica admite que quando a bola viaja no primeiro saque do jogo, a busca é pela vitória e pelos títulos.
“É o espírito do Vôlei Master, eu gosto muito. Tem pessoas que você gosta, mas acaba não conseguindo encontrar durante o ano e revê aqui. Tenho muitas amigas como adversárias, a gente se diverte bastante, mas em quadra a competitividade fala mais alto”, contou Mônica.
Em Atlanta 96, o vôlei de praia estreava nos Jogos Olímpicos e, mesmo com destaque para os brasileiros nos anos anteriores nas competições da modalidade, todos os olhos realmente se voltaram para a decisão brasileira no naipe feminino, entre Mônica/Adriana Samuel e Jackie Silva/Sandra Pires.
“Eu sempre brinco que nós fomos as primeiras medalhistas de prata (risos). De qualquer forma, a Sandra e a Jackie também mereciam muito e a gente formou uma unidade. Eu lembro de uma manchete na época ‘Brasil de Biquíni’. A gente não tinha dimensão daquilo que estávamos vivendo, apenas queríamos jogar e ganhar. Por isso tudo sou muito grata às minhas parceiras, que fizeram parte dessa evolução do esporte”.
Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Brasil manteve a tradição e fez as duas finais, com Alison/Bruno Schmidt sendo ouro e Ágatha/Bárbara Seixas ficando com a prata. Além disso, ambas as parcerias haviam sido campeãs do Circuito Mundial em 2015. Assistindo de fora, Mônica não escondeu a alegria por ter seu nome marcado na modalidade.
“Me sinto muito orgulhosa por eu e Adriana termos sido as pioneiras no Brasil, já que a Jackie já tinha ido para os Estados Unidos na época. Muito orgulho do fato de termos subido degrau por degrau, e agora ver o nível de profissionalismo que o voleibol de praia chegou e saber que construímos isso é muito bom”, contou Mônica Rodrigues.
Para os próximos Jogos Olímpicos, em Tóquio (2020), o Brasil já definiu as duplas que irão representar a seleção: Alison/Álvaro Filho e Bruno Schimidt/Evandro, no masculino, e Ana Patrícia/Rebecca e Ágatha/Duda entre as mulheres.
“Eu acompanho sempre que posso, gosto de assistir. Estou na torcida por eles, apesar de achar uma antecedência muito grande, mas como a regra foi essa, é torcer e esperar que eles possam se preparar com tranquilidade para fazer bonito como o vôlei de praia sempre fez”.
Aos 52 anos, Mônica se diz, acima de tudo, uma apaixonada por esporte e especialmente pelo vôlei de praia – motivo pelo qual sempre poderá ser encontrada no Vôlei Master, até quando o corpo permitir.
“Hoje eu estou mais experiente e acho que consegui mudar o botão. Estou aqui com uma lesão séria, mas me sinto bem porque o time me apoia e incentiva a estar em quadra. Além disso, também gosto muito de esportes e jogo tênis, beach tennis, além do próprio vôlei de praia. Ele sempre foi minha paixão, me dediquei muito, a técnica sempre me encantou e agora vamos seguindo até onde eu conseguir”, finalizou.
Na disputa da categoria 45+ com sua equipe, a AABB Rio, Mônica e suas companheiras venceram as três primeiras partidas pelo grupo A e seguem na briga para manter o ótimo retrospecto.
VEJA OS RESULTADOS DO VÔLEI DE PRAIA (DUPLAS)
http://www.aplicativoscbv.com.br/masterpd2/tabelad.asp
VEJA OS RESULTADOS DO VÔLEI DE PRAIA (QUARTETOS)
http://www.aplicativoscbv.com.br/masterpq2/tabelaq.asp
VEJA OS RESULTADOS DO VÔLEI DE QUADRA
http://www.aplicativoscbv.com.br/masternew/prgT5p.asp
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