Aos 36 anos, a oposta Sheilla voltou ao voleibol depois de uma pausa para o nascimento das filhas Liz e Ninna que completaram recentemente um ano. A atacante não disputava uma partida oficial desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Esse ano, a atacante foi convocada pelo treinador José Roberto Guimarães para a disputa do Sul-Americano e da Copa do Mundo. Foi a sua volta às quadras depois de três anos. Na sequência, a bicampeã olímpica, natural de Belo Horizonte (MG), retornou ao Itambé/Minas depois de 15 anos. O fato de estar perto da família pesou na decisão da jogadora. Sheilla demonstra felicidade por estar novamente dentro de quadra na busca de novos objetivos. Pela primeira vez desde 2014, a jogadora disputa a Superliga.
A atacante tem atualmente uma vida diferente e divide o tempo entre a maternidade e as quadras de voleibol. Sheilla ainda tem muitos sonhos nas quadras. A busca por mais uma medalha olímpica está nos planos da atacante, mas para isso a atacante sabe que uma boa participação na Superliga é fundamental. Em entrevista ao site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), a atacante falou sobre Superliga, seleção brasileira, maternidade, sonhos e objetivos para os próximos anos.
1) Como está sendo esse seu retorno à Superliga? Na sua opinião qual o nível da competição até o momento?
“Estou muito feliz de estar de volta à Superliga. Ainda tenho altos e baixos, mas acredito que estou confiante e no caminho certo. A Superliga está bem equilibrada esse ano. É difícil apontar somente dois times favoritos e vejo várias equipes brigando pelas primeiras posições o que é positivo”.
2) Como é a sua rotina de mãe e atleta? É muito difícil ficar longe das suas filhas durante as viagens e os compromissos com o Itambé/Minas?
“É uma loucura e estou me adaptando. Posso dizer que é bem gostoso e não passava pela minha cabeça. Eu treino de manhã e na volta quero dar atenção para elas e quando vejo já tenho que voltar para o segundo treinamento. O dia inteiro é bem cheio. Ficar longe delas é muito difícil. Prefiro nem falar sobre isso ainda mais neste momento de viagens da Superliga”.
3) O quanto a maternidade mudou a Sheilla como ser humano?
“Mudei muito com a maternidade. Você aprende que a prioridade não é mais você e sim os seus filhos. Passei a ter mais empatia com tudo e você quer ser uma pessoa melhor para ser exemplo para elas. Eu sei que as minhas filhas vão estar ao meu lado e acredito que isso só me fez bem como ser humano”.
4) Qual seu objetivo para a Superliga?
“Meu objetivo pessoal é evoluir, crescer e voltar a minha melhor forma física. Já o objetivo do Minas é tentar chegar à final e ganhar o título novamente mesmo sabendo do equilíbrio da competição queremos estar em todas as finais esse ano”.
5) Como a Sheilla se vê hoje fisicamente?
“Estou melhorando a cada dia. Ainda não estou na forma que eu quero chegar, mas vou continuar evoluindo”.
6) Qual o momento mais marcante que você viveu na Superliga?
“Tiveram três momentos muito marcantes. Meu primeiro título no Mineirinho com o Minas na temporada 2001/2002, a segunda conquista dessa vez jogando como titular também foi no Mineirinho, mas dessa fez pelo Rio. Foi muito legal porque relembrei minha primeira conquista e nesse ano quando vi as minhas filhas pela primeira vez em uma partida me assistindo”.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro