pATROCINADOR OFICIAL

Recuperado de cirurgia, medalhista olímpico Thiago Alves comemora boa fase na Superliga B

Entrevista da Semana

12 de fevereiro de 2020

Thiago Alves comemora ponto em partida do Vedacit Vôlei Guarulhos

(Divulgação/Vedacit Vôlei Guarulhos)

Medalhista olímpico nos Jogos de Londres, Thiago Alves está feliz na Superliga B masculina de vôlei. É na competição que dá acesso à elite do voleibol brasileiro que o ponteiro está vivendo a chance de recomeçar depois de quase dois anos longe das quadras em decorrência de uma cirurgia no ombro direito.

Atuando no líder da Superliga B, Vedacit Vôlei Guarulhos (SP), Thiago vem ajudando a equipe na campanha de três vitórias em três jogos disputados. O ponteiro, inclusive, foi dono do Troféu VivaVôlei no segundo compromisso do time paulista.

Em entrevista exclusiva ao site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Thiago Alves conta sobre como foi passar pelo momento mais difícil da sua carreira, como se reestruturou e a satisfação em estar de volta, fazendo o que mais ama.

Você operou e ficou um longo período longe das quadras? Como foi encarar esse período e principalmente superar esse momento?

Eu fiquei praticamente dois anos sem jogar, porque quando fui operar já estava há oito meses parado, e depois teve mais o período da cirurgia. Nos últimos dois anos e três meses eu joguei três ou quatro jogos. Foi difícil, o período mais difícil foi antes da cirurgia, quando não sabia se meu caso era cirúrgico ou não. Eu tinha dificuldades, sabia que tinha problema no ombro, mas não sabia de fato o que eu tinha. Depois quando eu operei, comecei a fazer a recuperação, foi tudo mais tranquilo porque eu sabia dos objetivos, das rotinas, a motivação voltou para trabalhar. Eu sabia que eu tinha um caminho longo, porque sabia que tinha que fazer uma cirurgia bem feita e uma recuperação melhor ainda. Eu tinha todo um planejamento, primeiro achar um lugar para treinar com bola e depois uma equipe para eu poder voltar jogar. Esse período de dois anos e pouco, muita coisa aconteceu, tentei diversas equipes e agora estou contente no Vedacit Vôlei Guarulhos para disputar a Superliga B.

Como está sendo vivenciar uma rotina um pouco diferente, agora na Superliga B, em um time com jogadores menos experimentados do que você estava acostumado?

No período de recuperação fiquei dois meses na equipe de Blumenau, mas não tinha a condição ideal de jogo. Fiquei no banco, fiz algumas vezes um fundo de quadra, mas pouco. Então, tive uma experiência recente de como é estar em uma equipe de Superliga B, apesar de não jogar, eu acompanhava os jogos no ginásio ou pela internet. Com isso, estou bem por dentro de como é e não acho que seja um campeonato fácil. Com certeza, ao longo da minha carreira tive contato, treinei e joguei contra jogadores de nível de seleção, seleção internacional, mas eu me adaptei rápido depois de tanto tempo parado para mim está tudo excelente. Cada dia é um desafio, é assim que eu vejo. Não penso no passado. A cada dia que estou ali quero melhorar e testar coisas novas. Eu penso na minha evolução diária, semanal, mensal e agora que voltei a jogar, vejo que consigo evoluir e dar passos maiores ainda. É nisso que a minha cabeça está centrada neste momento.

Você considera essa a oportunidade que precisava para mostrar que está recuperado?

Eu considero que é a oportunidade que eu precisava. Não escondo de ninguém que tentei primeiro várias equipes na Superliga A primeiro, mas eu precisava é jogar independentemente de A ou B ou mesmo fora do Brasil. Depois de uma cirurgia, é preciso jogar. Era o mais importante depois da cirurgia, já que a última etapa dessa evolução é o ritmo de jogo. Estou bem contente porque aqui estou tendo essa oportunidade de estar em quadra e testar o trabalho de meses em quadra após a cirurgia.

Você acredita voltar ao seu melhor nível?

Eu treinei em quatro clubes diferentes, depois fiquei um mês parado em casa, e estou há dois meses no Vedacit Vôlei Guarulhos. Eu vejo que eu preciso disso, sinto que estou evoluindo, não sei aonde eu posso chegar, mas o que posso garantir é que estou crescendo e contente com o que estou vendo no dia a dia. Vou trabalhar para ver até onde eu posso chegar. Só de não ter as dores e as limitações que eu tinha antigamente já é um motivo de alegria e satisfação imensas.

Considera essa uma fase feliz da sua vida?

Considero uma fase feliz, porque aqui encontrei um lugar bom para trabalhar, gostei muito tanto dos meus companheiros, quanto das pessoas que ficam fora da quadra. É um time unido, fechado, e, principalmente, trabalhador. A gente rala bastante no dia a dia. Também gostei muito da estrutura, vejo que o nosso patrocinador, a Vedacit, as pessoas que estão envolvidas estão lutando para que a equipe consiga o acesso e que a Vedacit tenha uma história, uma trajetória no voleibol. Vejo que eles estão pensando a longo prazo e estou feliz de ver o ânimo de todos, dentro e fora de quadra, um vai contagiando o outro, então estou muito contente com quem e aonde estou.

– Qual é o seu o objetivo depois da Superliga B? Já sabe?

Eu tento viver a cada dia, mas é claro que eu quero, cada vez mais, mostrar que estou de volta e recuperado, e poder voltar para o cenário do vôlei nacional ou internacional. Voltar a fazer o que eu mais amo por mas alguns anos, não sei quantos anos, principalmente, voltar a fazer bem, sem dor e sem limitação. Isso é o que me dá mais prazer.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro