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Serginho se despede das quadras

Muito obrigado!

17 de maio de 2020

Serginho tem quatro medalhas olímpicas na carreira

(Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

A noite de sábado (16.05) pegou os fãs e admiradores do voleibol de surpresa com uma notícia impactante. Sim, porque quem gosta de vôlei, admira Sérgio Escadinha. E foi o maior líbero da história do voleibol brasileiro que chegou com a notícia que ninguém queria receber: o anúncio de sua aposentadoria. Através de um post nas mídias sociais, Serginho avisou que parou. Chegou ao fim uma carreira de imenso sucesso e que deu muitas alegrias ao Brasil.

Quatro finais olímpicas seguidas, com duas medalhas de ouro, também bicampeão mundial, tricampeão da Copa do Mundo, nove vezes campeão da Liga Mundial, campeão pan-americano, diversas vezes campeão sul-americano, campeão de Superliga, mais do que campeão na vida. O currículo de Serginho é gigante. A vida de Serginho é exemplo.

Sérgio Dutra dos Santos, hoje com 44 anos, nasceu no Paraná e se mudou com a família ainda criança para São Paulo, onde se tornou um dos representantes mais importantes de Pirituba, na zona norte da cidade. O vôlei foi a opção para enfrentar as dificuldades da vida. O vôlei salvou o jovem Serginho de situações de risco onde caíram muitos de seus amigos na época.

O vôlei tornou Serginho um atleta profissional, proporcionou que o jogador conhecesse o mundo, aprendesse sobre novas culturas, fizesse muitos amigos, formasse uma família feliz e se tornasse, ao longo dos anos, a principal referência na posição de líbero. Muito trabalho e dedicação todos os dias na quadra, aliado ao talento e méritos próprios fizeram com que Sérgio Escadinha se tornasse o maior.

Hoje, dia seguinte ao anúncio de sua aposentadoria, o bicampeão olímpico afirmou: “Chegou o momento. Quem viu o Serginho, quem viu a seleção brasileira com o Serginho, viu. Agora é só por vídeo”.

Serginho contou como foi o processo de decisão. “Depois do Rio, eu pensei que precisava parar, encontrar uma forma de parar, e desde 2016 as pessoas não deixavam. Sempre tive um desafio diferente, novo, para cumprir e sempre fui um cara que aceitou todos os desafios”, explicou o líbero.

A pandemia da COVID-19 acelerou o fim da carreira de Serginho que entrou em quadra pela última vez em 7 de março, quando seu time, Pacaembu/Ribeirão Preto (SP) virou o jogo e venceu o Fiat/Minas (MG) por 3 sets a 2 em jogo válido pela Superliga Banco do Brasil.

Além de homenagens de muitos atletas do vôlei, que jogaram ao seu lado e mesmo os que nunca tiveram essa chance, Serginho recebeu o agradecimento do presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca. “Serginho é um ídolo da nossa modalidade e o voleibol brasileiro agradece por tudo que ele fez e segue representando para o nosso esporte”, disse Toroca.

Satisfeito com tudo que viveu no vôlei, Serginho espera propagar seus conhecimentos. “Voleibol é o que eu sei fazer e quero passar isso adiante. Não quero morrer com tudo que aprendi. Hoje posso parar, posso encerrar a carreira, relembrar de tudo e saber que valeu a pena. Meu choro hoje é de felicidade. A partir de agora, quem quiser lembrar de mim, jogue voleibol. Só isso”, finalizou o maior líbero da história do Brasil.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro