Em muitas das grandes conquistas da história do voleibol brasileiro aparece o nome de Giovane Gávio. Na última segunda-feira (07.09), o bicampeão olímpico completou 50 anos de muitas vitórias, títulos e fãs espalhados por todo mundo. Ao completar uma idade símbólica, Giovane aproveitou para passar a carreira e a vida pessoal em revisão e a sensação é de dever comprido.
O atual treinador da seleção sub-21 masculina segue cheio de sonhos e projetos e na busca pela evolução do esporte que mudou sua vida. Em entrevista ao site da Confederação Brasileiro de Voleibol (CBV), Giovane Gávio falou sobre a quarentena, reavaliou sua carreira, analisou o momento atual do voleibol e comentou sobre seleção juvenil, sonhos e projetos.
Como o Giovane se vê hoje com 50 anos? Nessa quarentena deu para fazer uma revisão da sua carreira até esse momento?
É uma data bonita, mas de certa forma não muda muita coisa. Sigo com meu trabalho, tento montar um novo projeto, faço as minhas palestras, busco ser útil para alguém e quero transformar vidas. Esse é o meu jeito de ser. Essa data me fez refletir, pensar como foi a minha caminhada ao longo dos anos, as pessoas que foram importantes, agradecer os amigos, treinadores e companheiros que me ajudaram bastante. Ando com passos mais firmes e mais bem acompanhado. A vida nos faz mais experientes. A disposição segue a mesma e os sonhos são grandes.
Você tem diversos momentos inesquecíveis na história do voleibol. O primeiro ouro olímpico em Barcelona e o saque do título do primeiro ouro em mundial são apenas dois exemplos. Quais foram os momentos mais marcantes da sua carreira?
A primeira convocação para seleção brasileira foi muito especial, o primeiro título sul-americano juvenil, depois disso começou tudo. Veio Barcelona, Mundial, Jogos de Atenas, as conquistas como treinador e assim seguimos no esporte. A formação da minha família, meus quatro filhos, isso tudo são motivos de muita alegria. A sensação é de realização plena.
Como você vê o momento atual do voleibol?
Estamos passando por esse desafio que é a pandemia. Ainda vamos entender como isso vai impactar o voleibol, os patrocínios devem diminuir, mas ao mesmo tempo é uma oportunidade de crescimento para entendermos o nosso papel. Acredito que o vôlei é parte da vida dos brasileiros. É também a chance de os times pequenos crescerem e surgirem novas equipes.
Fala um pouco sobre o seu trabalho com a seleção sub-21. Temos uma geração forte para o futuro?
Posso dizer que é um motivo de muito orgulho ser treinador da seleção juvenil. Ter a oportunidade de disputar o Sul-Americano e o Mundial no próximo ano é algo que me motiva. Queremos ir em busca desse título mundial que é o meu maior sonho profissional para 2021. Esse é um grande desafio, mas temos nas mãos uma geração boa. Será um ano de muita construção e crescimento para o vôlei brasileiro.
Podemos esperar o Giovane comandando novamente um time em breve? Como estão seus projetos?
Continuo sempre trabalhando, sou uma pessoa incansável nesse sentido, mas por enquanto não temos nada de concreto em relação a um novo time.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro