Encontro internacional promove debate sobre o intercâmbio profissional no voleibol

Academia do voleibol

20 de outubro de 2020

A conversa desta noite contou com experientes treinadores

(Divulgação)

Na noite desta terça-feira (20.10) o debate na Academia do Voleibol contou com participação internacional. Com o tema voltado para o intercâmbio profissional na modalidade entre brasileiros no exterior e estrangeiros no Brasil, o papo foi entre dois nomes importantes do voleibol. De um lado, Percy Oncken, treinador brasileiro com vasta história nas categorias de base da seleção brasileira, do outro, o argentino Horacio Dileo, treinador do Vôlei Renata (SP), que na semana passada levou o time de Campinas (SP) ao título do Campeonato Paulista.

Eles receberam as boas-vindas de Carlos Rios, presidente do Comitê Nacional de Treinadores (Conat), que também destacou a importância do intercâmbio promovido pela Academia de Voleibol, projeto da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) durante a pandemia da COVID-19, que por meses suspendeu as competições.

“Um projeto que deu certo. Começamos com a intenção de aproximar os profissionais do voleibol durante a pandemia. E trouxe uma forma muito interessante de troca de experiências, informações e vivências. Em nossos encontros já contamos com aproximadamente 80 profissionais do voleibol para conversarem conosco. E hoje não seria diferente com a presença do Percy Oncken e do Horacio Dileo”, disse Carlão.

Percy Oncken, treinador paranaense com 40 anos de carreira, foi descobridor de diversos talentos do voleibol nacional e comandou as equipes sub-21 e sub-19 por duas décadas. Hoje em Portugal, Percy contou sobre as experiências internacionais que teve após sair do comando da base brasileira em 2016.

“O primeiro convite que recebi foi da Federação Colombiana, para comandar a seleção masculina. Fiquei lá por um ano e aprendi muitas coisas. Depois treinei clubes na República Tcheca, a seleção do Qatar, e, atualmente trabalho em Portugal. Em todos esses lugares que passei aprendi que aquele treinador com interesse em explorar oportunidades em outros países precisa estar preparado para entender a cultura local e identificar qual escola de voleibol eles seguem. Além, é claro, de dominar uma língua estrangeira”, comentou Percy.

Há nove anos no Brasil, Horacio Dileo começou a trabalhar no país pelo Minas Tênis Clube. Depois, foi para Campinas comandar o Vôlei Renata. O treinador contou os “segredos” dos treinadores argentinos, que costumam fazer sucesso por onde passam.

“Nós argentinos temos uma grande capacidade de adaptação, assim, conseguimos desenvolver nosso trabalho. É também uma característica dos técnicos argentinos saber identificar as formas de jogar de cada atleta, saber o que cada um pode oferecer e como fazê-los render o máximo. Temos um trabalho muito forte na base local, com os jovens disputando entre 60 e 70 partidas por temporada. O que precisamos melhorar é o nível de competitividade nas competições adultas”, explicou Dileo.

Os professores Luiz Delmar da Costa Lima e João Crisóstomo Bojikina, da Universidade Corporativa do Voleibol, mediaram a conversa e trouxeram questões aos dois convidados da noite. A conversa entre os quatro refletiu as diferentes filosofias dentro da modalidade, e ainda trocaram algumas experiências sobre formas de treinamento, soluções táticas de situações de jogo, e formas de treinar fundamentos diversos.

Esse foi o 47° encontro da Academia do Voleibol, que realiza reuniões virtuais com temas variados sobre vôlei de praia, vôlei de quadra e Conat. O conteúdo fica disponibilizado no Canal Vôlei Brasil (http://canalvoleibrasil.cbv.com.br).

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro